Enquanto norte-americanos e europeus já têm novos imunizantes à disposição, no Brasil não existe previsão para compra de vacinas.
O aumento de casos da Covid-19 voltou a deixar em alerta a população e os profissionais da saúde. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo já apresentam tendência de crescimento.
Entre as causas apontadas, estão a presença de subvariantes do covid-19, como a BQ.1, e a flexibilidade nas medidas de prevenção, como a volta das aglomerações, a falta do uso de máscaras e de higienização. É o que confirma o infectologista do Hospital IGESP, Marcos Antônio Cyrillo.
“Houve aumento no número de casos leves, moderados e graves (internados em UTIs), isso acontece porque diminuímos as medidas não farmacológicas, além do isolamento e realização de testes e isso quer dizer que precisamos ficar em alerta, por a tendência ser de crescimento semana a semana” explica o especialista.
Na última semana, o Observatório Covid-19 da Fiocruz voltou a orientar o uso de máscaras em locais fechados, com pouca ventilação ou aglomeração de pessoas. A ação de obrigatoriedade das máscaras já está sendo retomada em outros países, e para o médico, o Brasil deve em breve retomar medidas mais robustas em relação a isso.
Vacinas
Especialistas afirmam que a melhor medida de proteção contra o coronavírus é a vacina, sendo fundamental completar o esquema de imunização, incluindo a 2ª dose de reforço. O infectologista do Hospital IGESP ressalta que a preocupação é em relação ao fato de que as subvariantes da Ômicron respondem menos aos imunizantes disponibilizados no Brasil.
Cyrillo aponta dois caminhos a serem tomados no país: “a 5ª dose com a vacina disponível ou trazer os imunizantes chamados de bivalentes da Moderna, ou Pfizer, eficientes contra as novas variantes. Os norte-americanos e os europeus já estão tomando, e por aqui não temos previsão para aquisição de vacinas”, finaliza o infectologista.
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens (atrás apenas do câncer de pele não-melamona). Ele se caracteriza pelo crescimento descontrolado de células anormais que formam tumores.
No Brasil, estima-se 70 mil novos casos por ano e este número pode aumentar devido ao envelhecimento da população.
É um câncer silencioso que pode levar a óbito se não diagnosticado precocemente e tratado corretamente.
O que é a próstata?
É uma glângula do sistema genital masculino, localizada na frente do reto e embaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina).
Fatores de risco
Obesidade: Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata.
Idade: A próstata apresenta um aumento natural com o passar da idade em quase todos os homens, e tanto a incidência de câncer quanto a mortalidade aumentam signitivamente após os 50 anos.
Histórico familiar: Homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos possuem maior risco de apresentarem a doença.
É importante observar também outros fatores como os ambientais (poluição e exposição a substâncias químicas) e agentes infecciosos (casos de histórico de doenças sexualmente transmissíveis).
Converse com o seu médico.
Sinais e sintomas
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas, porém os mais comuns são:
Dificuldade e demora em começar/terminar de urinar;
Sangue na urina;
Diminuição do jato de urina;
Necessidade de urinar mais vezes durante o dia/noite.
Obs.: Esses sinais não são exclusivos do câncer de próstata e podem surgir em doenças benignas do trato genital e urinário do homem.
Sobre o diagnóstico
O diagnóstico do câncer de próstata é feito com a combinação dos exames de toque e sangue (PSA), além de exames de imagens e biópsia.
Toque retal: O exame permite ao médico palpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença). Apesar de alguns homens terem enorme resistência em realizar, o exame é rápido e indolor.
Dosagem de PSA: Exame de sangue que avalia a quantidade de antígeno prostático específico, uma proteína dosada no sangue, cujos valores alterados se correlacionam com condições benignas ou malignas da próstata.
Como prevenir?
Consultar seu médico regularmente;
Ter uma alimentação balanceada;
Manter o peso corporal adequado;
Praticar atividade física;
Evitar bebidas alcoólicas;
Não fumar.
#JuntosSomosMaisFortes
Fonte: INCA (Instituto Nacional de Câncer) e Drª Tânia de Fátima Moredo (Oncologista do Hospital IGESP)
Muito além do câncer de mama, o Outubro Rosa inspira cuidados com a saúde da mulher como um todo. Mapear e controlar fatores de risco e estimular a prevenção de doenças com hábitos saudáveis, melhoram o bem-estar e a qualidade de vida.
Conhecer o seu corpo e estar atenta às mudanças que acontecem no organismo, podem salvar vidas, como é o caso do câncer de mama que na maioria das vezes, é descoberto pelas próprias mulheres e quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances de cura.
A campanha Março Azul-Marinho tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e dos cuidados com o câncer colorretal. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a doença atinge 40 mil pessoas por ano no Brasil. Entretanto, uma pesquisa feita em 2021, pela farmacêutica Bayer em parceria com a consultoria IQVIA, com 80 médicos oncologistas e 401 pessoas, evidencia que ainda há muita falta de conhecimento por parte da população sobre essa neoplasia.
Esse tipo de câncer atinge as células do intestino grosso e pode ser especificado também como câncer de cólon ou de reto. Essa doença atinge mulheres e homens na mesma proporção, sendo a segunda causa de neoplasia maligna em ambos os grupos no Brasil. Em crianças, é uma doença rara, sendo presente apenas em casos de síndromes hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar, por exemplo.
Sintomas
No início, a doença pode ser silenciosa e não apresentar sinais. Porém, há casos em que os seguintes sintomas são frequentes, persistentes e sem causa aparente: alteração do hábito intestinal, como diarreia, constipação ou estreitamento das fezes; sensação de nunca estar com o intestino vazio e sempre necessitando evacuar mais; sangramento nas fezes, com sangue vermelho brilhante; fezes muito escuras ou pretas; cólicas ou dor abdominal persistente; fraqueza e fadiga; perda de peso; e anemia.
Diagnóstico
O câncer colorretal costuma formar ulceração no intestino que sangra. Esse sangue pode ser detectado em um exame chamado pesquisa de sangue oculto nas fezes, que pode identificar sangramento no intestino e sugerir uma doença inflamatória ou uma neoplasia maligna. Entretanto, esse exame não é específico para diagnóstico de câncer de intestino, pois, mesmo durante uma disenteria, pode haver sangue nas fezes.
Para confirmar a doença, são feitos em conjunto o exame físico, a colonoscopia e a biópsia. Como parte do exame físico, o médico apalpa o abdômen em busca de massas ou órgãos aumentados e, se necessário, realiza o exame de toque retal. Já a colonoscopia é o exame do intestino grosso. É usado um instrumento chamado colonoscópio, que possui o formato de um tubo fino. Com luz, câmera, lentes e pinças, ele é capaz de visualizar a parte interna do intestino, permitindo realizar procedimentos como biópsia e cauterização de lesões.
Por fim, a biópsia é o exame definitivo para diagnóstico do câncer colorretal. Durante esse procedimento, o médico remove um pequeno pedaço do intestino com lesão suspeita e o envia para um laboratório de anatomia patológica, onde o patologista firma o diagnóstico de câncer ou o exclui.
Fatores de risco e prevenção
Existem fatores de risco modificáveis e não modificáveis. Os modificáveis são: tabagismo, obesidade e sobrepeso, inatividade física, dieta pobre em fibra e grãos e com muita gordura, carnes vermelhas e processadas (como salsicha e salame, por exemplo), além de ingestão de bebidas alcoólicas.
Os não modificáveis são: histórico familiar de câncer colorretal, alguma síndrome genética com predisposição a doença (como Síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar), pólipos adenomatosos no intestino, idade acima dos 50 anos (e quanto mais velho, maior o risco) e doença inflamatória intestinal (como retocolite ulcerativa e Doença de Crohn).
Quase sempre o câncer colorretal se inicia com um pequeno pólipo no intestino. Por isso, como medida preventiva é importante realizar a consulta médica periódica.
Tratamento
O planejamento do tratamento depende de quão avançada está a doença. Após o diagnóstico, o médico pede exames complementares para saber o estadiamento da doença. Com isso, o especialista classifica de zero (0) a 4 (IV), sendo zero uma doença inicial e quatro quando está disseminada em outros órgãos.
Em casos de doença inicial, o tratamento pode ser feito pela remoção cirúrgica do segmento intestinal comprometido e, algumas vezes, com a própria colonoscopia, sem a necessidade de cirurgia. Nos demais estágios, sempre que possível, será realizada a cirurgia. A quimioterapia será indicada de acordo com critérios mais complexos: algumas vezes para prevenir a volta da doença, e em outros casos para tratar a doença disseminada. No câncer de reto, é frequente o uso da radioterapia, antes ou após a cirurgia, além da quimioterapia.
Por Dra. Tânia Moredo, coordenadora do serviço de Oncologia do Hospital IGESP.
A doença de Crohn é uma enfermidade inflamatória séria, que pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo. Essa doença afeta predominantemente o intestino delgado (íleo) e o intestino grosso (cólons), mas também pode surgir em qualquer parte do trato gastrointestinal.
Afetando predominantemente os jovens, a sua causa ainda não é conhecida, mas há indícios de que seja causada por problemas no sistema imunológico, que fazem com que o intestino tenha uma reação inflamatória excessiva diante de algumas substâncias ou bactérias.
Alguns fatores podem estar relacionados com a doença de Crohn, como histórico familiar da enfermidade, ser de origem judaica ou ter parentescos com pessoas da Europa Ocidental. O hábito de fumar e mulheres que tomam anticoncepcionais também têm mais chances de desenvolver a doença.
Conheça os sintomas de Crohn
Os sintomas podem ser intermitentes (aparecer e desaparecer), até se tornarem permanentes. Os mais comuns são:
Diarreia;
Cólicas abdominais;
Febre;
Falta de apetite;
Perda de peso;
Presença de sangue nas fezes.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pela suspeita clínica, de acordo com os sintomas persistentes, e pelo exame físico. Exames de sangue trazem informações indiretas a respeito da doença de Crohn e podem qualificar determinadas complicações.
A colonoscopia com biópsia e avaliação do íleo terminal é o melhor recurso para o diagnóstico do Crohn. Exames de raio x, tomografia ou ressonância Magnética também podem ser solicitados pelo médico para ajudar a entender a extensão e a gravidade da doença, assim como controlar seu tratamento.
Existe tratamento para a doença de Crohn?
Sim, apesar de cura não ser possível em muitos casos, essa doença possui tratamentos que ajudam a reduzir a inflamação e aliviar os sintomas. Os medicamentos prescritos pelo médico ajudarão a eliminar a diarreia e dores abdominais, amenizar a inflamação do intestino e a modificar o modo que o sistema imunológico funciona.
Além dos medicamentos, alguns hábitos são determinantes para auxiliar no tratamento:
Parar de fumar, para que os sintomas não retornem;
Beber muito líquido;
Ingerir suplementos de ferro, cálcio e Vitamina D;
Evitar o consumo de nozes, frutas e verduras cruas quando estiver em crise;
Diminuir os laticínios quando estes provocarem sintomas;
Medicamentos outros devem ser prescritos sob orientação do médico, pois alguns podem desencadear crises;
Evitar o estresse.
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A Doença Falciforme (DF) é uma das alterações genéticas de maior incidência no Brasil. De característica hereditária, causa alterações nos glóbulos vermelhos do indivíduo, fazendo com que percam a elasticidade e dificultem a circulação e a chegada de oxigênio nos tecidos do organismo. Pode manifestar-se clinicamente desde o primeiro ano e durar por um longo período, até mesmo durante a vida toda. Saiba como prevenir crises da doença falciforme.
Geralmente, os sintomas mudam de acordo com o perfil de cada paciente. Idade e, principalmente, os hábitos e estilo de vida são fatores determinantes. A gravidade da doença varia em cada organismo e pode levar a morte, porém, na maioria dos casos, acontece devido suas complicações, como infecções, anemia hemolítica e microinfartos.
Principais sinais e complicações causados pela Doença Falciforme:
Anemia crônica e icterícia;
Crises de dor;
Infecções;
Sequestro Esplênico Agudo;
Acidente Vascular Isquêmico (em crianças e adolescentes);
Úlcera de perna.
Tratamentos e métodos preventivos
O exame de eletroforese de hemoglobina é um dos métodos mais comuns para o diagnóstico da doença e, o quanto antes identificá-la, mais rápido será iniciado o acompanhamento multidisciplinar por hematologistas, cardiologistas, neurologistas, entre outros.
Conciliar um estilo de vida saudável, exames e vacinação em dia, controle da hipertensão arterial, além de acompanhamento nutricional, são fundamentais para prevenção à doença.
O câncer de mama é a neoplasia maligna, isso é, um tumor de crescimento rápido, formado por células que se apresentam de forma diferente daqueles presentes do tecido normal, que se origina nas mamas.
As mamas são glândulas localizadas na parte anterior do tórax. São compostas por tecido adiposo e conjuntivo. Como homens e mulheres possuem mamas, o câncer de mama afeta ambos os sexos, felizmente menos de 1% dos casos de mama ocorrem em homens.
Assim como os outros tipos de cânceres, múltiplos fatores são responsáveis por seu aparecimento de tal forma, que uma célula normal da mama pode sofrer o processo de carcinogênese, se tornando maligna, e dar origem ao câncer de mama. Uma vez formado, o câncer de mama pode se espalhar para os gânglios linfáticos ou para outros órgãos distantes, processo que chamamos de metástases.
Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?
O câncer de mama não possui uma causa única. Um fator de risco não determina o câncer isoladamente, mas aumenta as chances de uma pessoa ficar doente de câncer.
Fatores de risco que não podem ser alterados:
O risco para ter câncer de mama aumenta conforme a idade; a partir dos 50 anos, possuem um maior risco de desenvolver o câncer de mama, devido às próprias alterações biológicas;
Mutações genéticas. Mulheres que herdam certos genes, como BRCA1 e BRCA2 correm maior risco de câncer de mama e de ovário;
Histórico reprodutivo. Os primeiros ciclos menstruais e o início da menopausa expõem as mulheres aos hormônios por mais tempo, aumentando o risco de desenvolver câncer de mama;
Histórico pessoal de câncer de mama. Mulheres que já tiveram o câncer de mama têm maior probabilidade de tê-lo pela segunda vez;
Histórico familiar de câncer de mama ou ovário;
Tratamento com radioterapia. Mulheres que fizeram radioterapia nos seios ou tórax antes dos 30 anos têm um risco maior de desenvolver câncer de mama depois de mais velha.
Fatores de risco que podem ser alterados:
Não ser fisicamente ativa. Mulheres que não são fisicamente ativas, não praticam exercício físico, têm maior risco de desenvolver câncer de mama;
Estar acima do peso ou ser obeso após a menopausa. Mulheres mais velhas com sobrepeso ou obesas possuem maior risco de desenvolver câncer de mama;
Tomar hormônios. Algumas formas de terapia de reposição hormonal (aquelas que incluem estrogênio e progesterona) tomada durante a menopausa pode aumentar o risco de câncer de mama quando tomadas por mais de cinco anos. Determinados anticoncepcionais orais (pílulas anticoncepcionais) também aumentam o risco de câncer de mama;
História reprodutiva. Ter a primeira gravidez depois dos 30 anos, não amamentar e nunca ter uma gravidez pode aumentar o risco de câncer de mama;
Beber álcool. Estudos mostram que o risco de câncer de mama em uma mulher aumenta conforme a quantidade de álcool que ela bebe.
Quais são os sintomas do câncer de mama?
É preciso ficar atenta aos sinais e sintomas, porém, algumas pessoas não apresentam sintomas do câncer de mama, por isso é necessário sempre fazer os exames de rotina, além do exame de toque.
Alguns sinais/sintomas de alerta do câncer de mama são:
Caroço na mama ou axila.
Inchaço de parte da mama.
Irritação da pele da mama.
Vermelhidão ou pele escamosa na área do mamilo ou na mama.
Dor na área do mamilo.
Corrimento mamilar diferente do leite materno, incluindo sangue.
Qualquer alteração no tamanho ou formato da mama.
Dor em qualquer área da mama.
Esses sintomas podem ocorrer em outras doenças. Se você tiver quaisquer sinais ou sintomas que o preocupem, consulte o seu médico imediatamente.
Estadiamento do câncer de mama
O estadiamento é uma forma de descrever os aspectos do câncer de mama, incluindo o tamanho do tumor, a localização, se ele se espalhou para os linfonodos, se espalhou para partes distantes do corpo, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo.
Estágio Zero (0): o tumor não é invasivo e está restrito à mama;
Estágio I: o tumor da mama tem até 2 centímetros de diâmetro, não invade os linfonodos axilares, ou se o fizer, tem invasão máxima de 2 milímetros;
Estágio II: o tumor da mama possui até 5 centímetros de diâmetro e invasão de 0 a 3 linfonodos axilares ou tumor da mama acima de 5 centímetros de diâmetro que não invadem a parede muscular, a pele e os linfonodos;
Estádio III: qualquer tumor que acabar invadindo acima de 10 linfonodos axilares, tumor de até 5 centímetros de diâmetro que invada até 9 linfonodos axilares, ou tumor da mama que invada a parede torácica e/ou a pele, independente da invasão de linfonodos;
Estádio IV: o tumor da mama de qualquer tamanho, que invada órgãos a distância como ossos, pulmões, fígado e cérebro.
Como posso prevenir o câncer de mama?
Muitos fatores ao longo da vida podem influenciar o risco do câncer de mama.
Você não pode alterar alguns fatores, como envelhecimento ou histórico familiar, mas pode ajudar a reduzir o risco de câncer de mama cuidando de sua saúde da seguinte maneira:
Mantenha um peso saudável;
Exercite-se regularmente;
Não beba álcool;
Se você está tomando, ou foi instruído a tomar, terapia de reposição hormonal ou anticoncepcionais, pergunte ao seu médico sobre os riscos e descubra se é adequado para você.
Amamentação, se possível;
Se você tem um histórico familiar de câncer de mama ou alterações hereditárias nos genes BRCA1 e BRCA2, converse com seu médico sobre outras maneiras de diminuir o risco.
Se manter saudável ao longo da vida diminuirá o risco de desenvolver câncer e aumentará suas chances de sobreviver ao câncer, caso ele ocorra.
O que é o rastreamento do câncer de mama?
Rastreamento do câncer de mama significa verificar se há câncer nos seios de uma mulher antes que haja sinais ou sintomas da doença. Todas as mulheres precisam ser informadas por seu médico sobre as melhores opções de rastreamento para elas.
Como o câncer de mama é diagnosticado?
Os médicos costumam usar testes adicionais para encontrar ou diagnosticar o câncer de mama. Eles podem encaminhar as pacientes para um especialista em mama ou um cirurgião. Isso não significa que ela tenha câncer ou que precise de cirurgia. Esses médicos são especialistas em diagnosticar problemas mamários.
Ultrassom mamário: uma máquina que usa ondas sonoras para fazer imagens detalhadas, chamadas de ultrassons, de áreas dentro da mama;
Mamografia diagnóstica: se você tiver um problema no seio, como caroços, ou se uma área da mama parecer anormal em uma mamografia de rastreamento, os médicos podem solicitar que você faça uma mamografia diagnóstica. Este é um raio-X mais detalhado da mama;
Imagem por ressonância magnética: uma espécie de varredura corporal que usa um ímã conectado a um computador. A ressonância magnética fará imagens detalhadas de áreas dentro da mama;
Biópsia: este é um teste que remove tecido ou fluido da mama para ser examinado no microscópio. Existem diferentes tipos de biópsia (por exemplo, aspiração por agulha fina, biópsia central ou biópsia aberta).
Quais são os tratamentos para o câncer de mama?
O câncer de mama é tratado de várias maneiras, porém, depende do tipo de câncer de mama e do estágio que ele se encontra. Pessoas com câncer de mama geralmente recebem mais de um tipo de tratamento, são eles:
Cirurgia: uma operação em que os médicos cortam tecido canceroso.
Quimioterapia: usar medicamentos especiais para diminuir ou matar as células cancerosas.
Terapia hormonal: impede que as células cancerosas obtenham os hormônios de que precisam para crescer.
Terapia biológica: trabalha com o sistema imunológico do seu corpo para ajudá-lo a lutar contra as células cancerosas ou para controlar os efeitos colaterais de outros tratamentos contra o câncer.
Terapia de radiação: usando raios de alta energia (semelhantes aos raios-X) para matar as células cancerosas.
Médicos de diferentes especialidades costumam trabalhar juntos para tratar o câncer de mama. Os cirurgiões são médicos que realizam operações. Oncologistas médicos são médicos que tratam o câncer com medicamentos. Oncologistas de radiação são médicos que tratam o câncer com radiação.
Lembre-se de consultar sempre o seu médico para ter um diagnóstico completo.
Por Dra. Tânia de Fátima Moredo, oncologista do Hospital IGESP. Atualizado em 10/08/2021.
O câncer de estômago ou câncer gástrico é a neoplasia maligna que se origina no estômago.
Assim como os outros tipos de cânceres, múltiplos fatores são responsáveis pelo seu aparecimento no corpo de tal forma, que uma célula normal do nosso estômago pode sofrer o processo de carcinogênese (se tornar maligna) e dar origem ao câncer de estômago.
Ele pode se espalhar para outros órgãos próximos ao estômago ou até mesmo distantes, processo que chamamos de metástase.
Quais são os fatores de risco?
É importante saber que um fator de risco não determina o câncer isoladamente, mas aumenta as chances de uma pessoa ficar doente.
Existem fatores de risco que não podem ser alterados, como por exemplo, a idade (mais frequente acima de 60 anos), ser do sexo masculino e fatores genéticos. Felizmente apenas 3 a 5% dos cânceres de estômago são hereditários, ou seja, causados por genes herdados de nossos pais.
Também há outros fatores que desempenham um papel no aumento do risco para o câncer de estômago:
Fumar;
Estar acima do peso ou ser obeso;
Uma dieta rica em alimentos defumados, em conserva ou salgados;
Cirurgia anterior de estômago para úlcera gástrica;
Consumo de álcool;
Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. Pylori);
Gastrite crônica e úlceras de estômago mal curadas;
Trabalho nas indústrias de carvão, metal, madeira ou borracha;
Exposição ao amianto;
Exposição de trabalhadores rurais a uma série de compostos químicos, em especial, agrotóxicos.
Veja abaixo algumas estatísticas sobre o Câncer de Estômago:
O câncer de estômago é mais comum no sexo masculino, seja no Brasil ou mundo a fora.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, estima-se para cada ano do triênio 2020-2022, 13.360 casos novos de câncer de estômago entre homens e 7.870 nas mulheres.
O câncer de estômago em homens é o segundo mais frequente na Região Norte, nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, é o quarto câncer mais frequente.
Para as mulheres, é o quinto câncer mais frequente nas Regiões Norte e Sul, e ocupa a sexta posição no Centro-Oeste e Nordeste, seguido pela Região Sudeste ocupando a sétima posição.
Quais são os principais sintomas do Câncer de Estômago?
No início, o câncer de estômago pode causar:
Indigestão;
Sensação de inchaço após comer uma refeição;
Azia;
Ligeira náusea;
Perda de apetite.
Episódios eventuais de indigestão ou azia após uma refeição não significam que você tenha câncer, mas se sentir muito esses sintomas, converse com seu médico.
À medida que o câncer gástrico avança, pode haver sintomas mais sérios, como:
Dor de estômago;
Sangue nas fezes;
Vômito;
Perda de peso sem motivo;
Dificuldade em engolir;
Olhos ou pele amarelados;
Inchaço no abdômen;
Constipação ou diarreia;
Fraqueza ou sensação de cansaço;
Azia e náuseas.
Como prevenir o câncer de estômago?
Adote uma dieta saudável: coloque mais frutas e vegetais frescos em seu prato todos os dias. Eles são ricos em fibras e em algumas vitaminas que podem diminuir o risco de câncer. Evite alimentos muito salgados, em conserva, curados ou defumados, como cachorros-quentes, carnes processadas ou queijos defumados.
Mantenha seu peso em um nível saudável: estar acima do peso ou ser obeso também pode aumentar o risco da doença.
Não fume: o risco de câncer de estômago duplica se usar tabaco.
Faça atividade física regularmente, pois ajuda a diminuir o risco de câncer de estômago.
Como é feito o diagnóstico?
Os médicos normalmente não fazem exames de rotina para câncer de estômago, principalmente por não ser tão comum.
Para o diagnóstico deste tipo de câncer, é necessário passar em consulta médica para uma avaliação, onde será feita uma análise sobre os sintomas, seu histórico médico e se algum membro da família já o teve (histórico familiar). No consultório será realizado o exame clínico e alguns exames adicionais podem ser solicitados, como:
Exames de sangue;
Endoscopia alta - exame de imagem para examinar o estômago;
Tomografia computadorizada – exame de imagem do interior do seu corpo;
Biópsia - o médico retira um pequeno pedaço de tecido do estômago para examiná-lo ao microscópio em busca de sinais de células cancerosas. A biópsia pode ser feita durante uma endoscopia.
Todos esses exames podem ser feitos aqui no Hospital IGESP, em nosso Centro de Diagnóstico.
Qual é o tratamento para o câncer de estômago?
O tratamento do câncer de estômago envolve uma equipe multidisciplinar, composta por médico oncologista, cirurgiões, radioterapeuta e nutrólogo. Existem três modalidades de tratamento para esse tipo de câncer: cirurgia, terapia sistêmica (quimioterapia e outras drogas) e radioterapia.
Cirurgia
A cirurgia é um tratamento comum para o câncer de estômago, especialmente quando está nos estágios iniciais. Dependendo da sua situação, é possível incorporar técnicas cirúrgicas minimamente invasivas ao realizar a gastrectomia para ajudar a diminuir o risco de complicações, encurtar o tempo de recuperação e minimizar a dor. Os cânceres de estômago avançados ou agressivos podem exigir gastrectomia parcial ou total.
Terapia sistêmica
É o tratamento que o oncologista faz através da quimioterapia, terapia alvo ou imunoterapia. Cada caso é analisado individualmente e planejado de acordo com os princípios da literatura médica especializada no tratamento do câncer.
Quando o tumor é avançado, mas não existem metástases, o oncologista clínico, realizará quimioterapia pré-operatória para diminuir o câncer e poder posteriormente operá-lo. Se o número de linfonodos for insuficiente, o oncologista poderá encaminhar o paciente para realizar radioterapia e quimioterapia pós-operatório.
A quimioterapia é utilizada no pré e pós-operatório mesmo em tumores em estágios iniciais. Caso a doença seja metastática, o oncologista prescreverá a terapia sistêmica.
Radioterapia
A radioterapia é um dos tratamentos mais comuns para o câncer. A radiação pode ser usada sozinha ou com outros tratamentos, como cirurgia, quimioterapia, hormônios ou terapia direcionada.
A radioterapia usa partículas ou ondas de alta energia, como raios X, raios gama, feixes de elétrons ou prótons, para destruir ou danificar as células cancerosas.
Suas células normalmente crescem e se dividem para formar novas células, mas as células cancerosas crescem e se dividem mais rápido do que a maioria das células normais. A radiação funciona fazendo pequenas rupturas no DNA dentro das células. Essas quebras impedem que as células cancerosas cresçam e se dividam, fazendo com que morram. As células normais próximas também podem ser afetadas pela radiação, mas a maioria se recupera e volta a funcionar como deveria.
A escolha do tratamento para o câncer de estômago depende do estadiamento da doença, isso é, quão avançada a doença esteja, quanto ela se espalhou pelo corpo, sendo 5 estágios:
Estágio 0: é quando o revestimento interno do estômago contém um grupo de células tumorais, mas que ainda não são infiltrativas. Será necessário um procedimento cirúrgico para a cura. O seu médico pode remover parte ou todo o seu estômago, bem como os gânglios linfáticos próximos (pequenos órgãos que fazem parte do sistema de defesa). Em alguns casos, a cirurgia pode ser minimamente invasiva, por endoscopia alta.
Estágio I: neste ponto o paciente tem um tumor no revestimento do estômago, já infiltrativo e pode ter se espalhado para os nódulos linfáticos. Como no estágio 0, o paciente provavelmente fará uma cirurgia para remover parte ou todo o estômago e os gânglios linfáticos próximos. Também pode receber quimioterapia ou quimioterapia associada a radioterapia complementares a cirurgia. A quimioterapia pode ser usada antes da cirurgia para reduzir o tumor.
Estágio II: o câncer se espalhou para as camadas mais profundas do estômago e talvez para os nódulos linfáticos próximos. A cirurgia para remover parte ou todo o estômago, bem como os gânglios linfáticos próximos ainda é o tratamento principal. É muito provável que o paciente faça quimioterapia com ou sem radioterapia complementares.
Estágio III: o câncer agora pode estar em todas as camadas do estômago, bem como em outros órgãos próximos ou pode ser menor, mas atingir profundamente os nódulos linfáticos. A quimioterapia poderá ser realizada antes ou após a cirurgia.
Estágio IV: neste último estágio, o câncer se espalhou amplamente para órgãos como o fígado, pulmões ou cérebro. É muito mais difícil de controlá-lo. Poderão ser realizados quimioterapia, radioterapia e eventuais procedimentos cirúrgicos.
Por Dra. Tânia de Fátima Moredo, oncologista do Hospital IGESP. Atualizado em 02/08/2021.
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, afeta cerca de 31 milhões de brasileiros. É uma doença caracterizada pelos altos níveis da pressão sanguínea nas artérias, e pode afetar o coração, cérebro, olhos e rins.
Essa condição força o coração a exercer um esforço maior do que o habitual para que o sangue seja distribuído corretamente por todo o corpo, sendo um dos principais fatores de risco para doenças como acidente vascular cerebral (AVC), infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.
É uma doença de natureza hereditária, em que 90% dos casos a hipertensão arterial é herdada dos pais. Porém, há diversos outros fatores que influenciam diretamente nos níveis de pressão arterial, dentre eles:
Fumo;
Consumo de bebidas alcóolicas;
Obesidade;
Estresse;
Elevado consumo de sal;
Níveis altos de colesterol;
Falta de atividade física.
Em muitos casos, esse problema não demonstra sintomas, por isso, é considerado um inimigo invisível. Nos casos em que a pressão sobe muito, os sintomas costumam aparecer, podendo ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza corporal, visão embaçada e sangramento nasal.
Para diagnosticar a hipertensão, é necessário medir a pressão regulamente. A chamada pressão alta ocorre quando os valores das pressões máxima e mínima estão iguais ou ultrapassam os 140/90 (ou 14 por 9), medida em milímetros (mm) de mercúrio (Hg). Quando os valores se encontram abaixo de 90/60 mmHg, ela é considerada baixa. A forma mais assertiva de aferir a pressão é por meio de Holter e Mapa, assim, de acordo com o valor da medição, é possível saber qual tipo de pressão sanguínea o paciente apresenta.
Dentre os principais pontos que podem colaborar para prevenir essa doença, estão:
Manter um peso corporal adequado;
Não ingerir grandes quantidades de sal;
Praticar atividades físicas regularmente;
Não ter o fumo como hábito;
Moderar o consumo de álcool;
Evitar alimentos gordurosos;
Controlar o nível de açúcar no sangue.
A pressão alta não tem cura, mas possui tratamento e pode ser controlada com acompanhamento médico. Ter um estilo de vida saudável é um grande aliado no combate à essa doença.
A Síndrome Vasovagal ou Síncope Vasovagal é a perda transitória da consciência, um desmaio provocado pela diminuição de pressão arterial e dos batimentos cardíacos, causado pela redução da chegada de sangue ao coração e cérebro por ação direta do nervo vago, que conecta o cérebro ao coração.
Essa síndrome não significa necessariamente uma doença orgânica, embora seja de extrema importância excluir condições como Epilepsia, neuropatias autonômicas, doença cerebrovascular e desordens cardíacas ou endócrinas. Ela é mais comum em mulheres e tem maior acometimento durante a juventude.
Apesar de ter maior incidência em jovens, a doença também acomete idosos. Independentemente de ser benigna, esse mal pode ser recorrente, gerando grande impacto na qualidade de vida do indivíduo e aumentando a morbidade desta condição.
Considerando jovens e idosos, aproximadamente 3% da população apresenta a síndrome, conforme o estudo de Framinghan, que acompanhou mais de 5 mil habitantes da cidade de Framinghan durante 26 anos. Trata-se de um problema comum em emergência, representado 3 a 5% dos atendimentos 1 a 6% das admissões hospitalares. Cerca de 1/3 dos pacientes têm recorrência da síncope em três anos.
Entendendo a síndrome
Como citado, é uma doença que pode resultar em intervenções hospitalares. Os primeiros sinais dessa síndrome são: fraqueza, transpiração excessiva, palidez, calor, náusea, tontura, borramento visual, dor de cabeça e palpitações. Sentir grandes emoções, sustos, ingerir bebidas alcoólicas, frequentar ambientes fechados, aglomerações, ficar em jejum, horas em pé ou com ansiedade são outros fatores que podem fazer as pessoas com essa síndrome desmaiarem.
É possível identificar esses portadores por meio de aplicações médicas, a principal é feita através da avaliação dos efeitos do estresse ortostático observados em um teste provocativo. O chamado teste de inclinação, analisa os efeitos sobre a pressão arterial durante um período ou fase não potencializada e durante a fase de estresse farmacológico, que é realizado com auxílio de medicamentos.
O teste consiste em uma mesa inclinável com plataforma para apoio dos pés, cintos de segurança e monitorização dos batimentos cardíacos. O paciente permanece deitado inicialmente por 10 a 20 minutos, na chama fase de repouso. Logo após, a cama é inclinada entre 60 e 70°. A fase inclinada dura de 20 a 45 minutos dependendo do protocolo utilizado. Durante a inclinação, o paciente recebe medicamentos que auxiliam no aumento da sensibilidade do teste.
Este exame possui um caráter educativo importante, pois o paciente aprende a reconhecer seus sintomas e visualizar as alterações envolvidas, aumentando assim seu entendimento e aderência ao tratamento.
Tratamento e prevenção
Com essas informações o tratamento pode ser iniciado, não existe um específico para a Síndrome Vasovagal. Caso o diagnóstico seja confirmado, o médico responsável irá avaliar o quadro do paciente, em alguns casos podendo prescrever medicamentos para evitar a queda da pressão arterial. Geralmente, os cuidados são comportamentais: os portadores dessa síndrome aprendem a evitar alguns ambientes e a controlar as situações que podem desencadeá-la.
Sobre estes cuidados comportamentais, são praticamente métodos preventivos. Entre os mais utilizados podemos citar:
• Não ficar em pé por longos períodos;
• Não consumir bebidas desidratantes, como álcool;
• Evitar ambientes quentes e fechados;
• Movimentar as pernas e as panturrilhas enquanto estiver de pé;
• Ao sentir qualquer sintoma, deitar com as pernas elevadas.
Em geral, pessoas com Síndrome Vasovagal vivem bem. Porém, se não forem tomadas as devidas medidas preventivas, aumentam-se os riscos de fraturas decorrentes das quedas por desmaio, levando a possível sensação de insegurança, podendo acarretar até mesmo em doenças emocionais, como depressão.
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