Diabetes | O que é e quais são seus perigos?

Segundo uma pesquisa realizada em 2019 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), 463 milhões de pessoas no mundo, entre 20 e 79 anos, possuem Diabetes. As estimativas baseiam-se nos casos diagnosticados, portanto, os números reais assustam pois podem ser ainda maiores que os registrados oficialmente - já que muitas pessoas possuem Diabetes sem terem o conhecimento.


A uma doença silenciosa e perigosa. Você já deve ter ouvido falar que o principal vilão para o desenvolvimento da doença é o açúcar, mas ele não é o único: excesso de calorias ingeridas, má alimentação, obesidade, sedentarismo e histórico familiar são fatores de risco para o avanço dessa enfermidade que se tornou um problema global e tem aumentado cada vez mais nos últimos anos.

O adoecimento acontece por conta da falta de insulina e/ou pela incapacidade da insulina exercer adequadamente sua função no organismo, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue, chamado de hiperglicemia, pode afetar vários órgãos, entre eles os nervos, vasos sanguíneos, rins, olhos, coração, colocando a vida do portador em risco.

Existem diferentes tipos de diabetes:


• Tipo 1 (insulinodependente): geralmente é diagnosticado na infância ou adolescência. O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, resultando na retenção da glicose no sangue ao invés de ser utilizada como energia pelas células do corpo. Nesse caso, a pessoa precisa ser tratada por meio de aplicações diárias de injeções de insulina;


• Tipo 2: responsável por quase 90% dos casos, costuma ser mais comum em adultos e está associado a um estilo de vida não saudável. Surge quando o organismo não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. O tratamento é feito por medicamentos, exercícios físicos e planejamento alimentar.


• Diabetes Gestacional: as mudanças hormonais durante a gravidez podem aumentar o nível de glicose no sangue da gestante, mas o aumento de peso excessivo também é um fator de risco.


Para a detectar a doença é necessário a realização do exame de sangue. Porém, alguns sintomas podem ser identificados com mais facilidade, tais como: poliúria (urinar demais), aumento do apetite, alterações visuais, feridas que demoram a cicatrizar, distúrbios cardíacos e renais.


Não minimize os sintomas, procure um médico para manter os exames em dia e tenha hábitos saudáveis. Quando a Diabetes não é tratada podem surgir complicações graves e com risco de vida. Cuide-se!







Dra. Natália Zorzenon

Conheça os benefícios da leitura para a saúde

A leitura para além do processo de decodificação das palavras, permite que as pessoas encontrem um novo significado de vida e do mundo. Ler desenvolve a capacidade de análise, o pensamento crítico, proporciona conhecimento, fornece informações e estimula diversos sentimentos como alegria, felicidade, apreensão, medo, entre outros.


Você sabia que o hábito de leitura também é benéfico para a saúde mental?


Essencial para o desenvolvimento humano, segundo recentes pesquisas científicas realizadas pela Universidade de Psicologia de Toronto e Universidade de Sussex no Reino Unido, a leitura ativa regiões superiores do cérebro  responsáveis por funções cognitivas como decifrar, compreender, analisar, generalizar e sintetizar. O constante trabalho mental, resultante de leituras traz inúmeros benefícios ao cérebro, sendo um importante aliado na proteção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.


Além disso, o próprio ato de ler é uma atividade relaxante e contribui com a redução do estresse e da ansiedade. O estresse é um problema de saúde mental cada vez mais comum na sociedade atual, caracterizado pela reação do organismo à situações complexas e estímulos exagerados que exigem adaptações físicas e mentais que causam prejuízos na qualidade de vida e, junto com outros fatores, aumentam as possibilidades do desenvolvimento de doenças. O alto nível de estresse pode resultar em problemas como queda de produtividade, desmotivação, irritação, impaciência, insônia, depressão, ansiedade e o desenvolvimento de problemas cardíacos, envelhecimento precoce, doenças de pele e transtornos alimentares.


Sendo a leitura tão importante para a qualidade de vida e para a saúde física e mental: você já separou um livro para ler hoje?


Vale lembrar que o hábito de leitura pode ter início com uma leitura prazerosa em que o leitor participe da busca e escolha de um livro.







Psicóloga Lélia

Os perigos da Osteoporose e a importância da prevenção ao longo da vida

A Osteoporose é uma doença que quase não apresenta sintomas, mas que pode causar graves fraturas que impactam na vida das pessoas em relação a dores, incapacidade e impossibilidade de realizar tarefas rotineiras. A doença é silenciosa, mas atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, com 200 mil óbitos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e, no mundo, esse número chega a 200 milhões de pacientes.

As mulheres, após a menopausa, são as mais afetadas. Segundo a OMS, 1/3 das mulheres brancas acima dos 65 anos são portadoras de osteoporose e estima-se que cerca de 50% das mulheres, com mais de 75 anos, possam sofrer alguma fratura osteoporótica.

A enfermidade é considerada comum, sendo caracterizada pela perda progressiva da massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. A estrutura óssea é formada até os 30 anos, sendo a massa óssea maior no homem do que na mulher, entretanto, a partir dessa idade inicia-se a perda de 0,3% ao ano. Para as mulheres, nos 10 primeiros anos da menopausa, cerca de 3% de massa óssea são perdidas.

Existem diferentes classificações para a Osteoporose, sendo elas:

- Osteoporose pós-menopausa (primária, tipo I): quando a doença atinge mais mulheres devido à queda brusca de estrogênio, hormônio que ajuda a manter o equilíbrio ósseo, após os 50 anos;

- Osteoporose senil (primária, tipo II): relacionada ao envelhecimento, atingindo pessoas com mais de 70 anos. A doença aparece pela deficiência crônica de cálcio, aumento da atividade do paratormônio e diminuição da formação óssea;

- Osteoporose secundária: é decorrente de processos inflamatórios. Pode atingir pessoas com doença renal hepática, endócrina, hematológica ou que utilizam determinados medicamentos.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença podem ser histórico familiar, ser mulher, presença de escoliose, indivíduos magros, tipo constitucional pequeno, aparecimento prematuro de cabelos brancos, consumo de álcool e cigarro, cafeína em excesso, sedentarismo, má nutrição e menopausa.

Para se prevenir, é necessário adotar hábitos saudáveis ao longo da vida. Dietas ricas em alimentos com cálcio, consumo de verduras, diminuir o consumo de carne vermelha, refrigerante, café e sal, além de exposição ao sol de forma moderada, realização de atividades físicas são medidas que podem evitar a doença.

Para quem já possui a doença, a segurança deve vir em primeiro lugar para evitar quedas:

- Prefira pisos antiderrapantes;
- Evite tapetes soltos;
- O corrimão das escadas deve ter altura média de 80 cm e os degraus devem ser marcados com fitas antiderrapantes.

A prevenção é sempre o melhor remédio!




Dra. Julie Muraro de Carvalho
Outubro Rosa

Outubro Rosa: Se conhecer é se cuidar

Nosso corpo tem história, carrega marcas e gera vida e, por isso, deve ser cuidado, amado e protegido. Celebrado mundialmente desde os anos 90, o Outubro Rosa foi criado pela fundação americana Susan G. Komen for the Cure (em português, Susan G. Komen para a cura) e é uma campanha sensível, que incentiva o contato e conhecimento entre mulheres e o seu corpo para combater o câncer de mama.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), essa é a doença que mais acomete mulheres no país e são estimados 66.280 novos casos em 2020. Além disso, o câncer de mama é a principal causa de mortes entre as mulheres brasileiras e, no mundo, essa doença fica em segundo lugar, apenas do câncer de pulmão.

O câncer de mama se desenvolve a partir da multiplicação desordenada das células da mama que formam um tumor maligno, podendo evoluir rapidamente ou lentamente, dependendo do tipo de tumor e comportamento apresentado pela doença. São incomuns em pessoas com menos de 35 anos, sendo mais frequente acima dos 50 anos de idade.

Sintomas:
Os sintomas mais comuns, são o aparecimento de nódulo (“caroço”) endurecido na mama e/ou na axila, geralmente indolor no início da doença (em 60% dos casos), alterações da pele que recobre a mama (aspecto de “casca de laranja”, retrações, alteração da cor da pele), mamas assimétricas, secreções pelo mamilo, em mulheres que não estejam amamentando. Como os homens também têm mama, é interessante ressaltar que o câncer de mama também acomete homens, contudo são relatados em menos de 1% dos casos da doença.

Fatores de risco:
O risco do câncer de mama está relacionado ao aumento da idade, fatores hormonais, como por exemplo, o início da menstruação antes dos 12 anos e menopausa após os 55 anos de idade e a reposição hormonal na menopausa. Ser mulher é um fator de risco pelo menos 100 vezes maior do que ser homem. O risco é mais elevado, também em indivíduos obesos ou sobrepeso, fumantes, aqueles com hábito de consumir bebidas alcoólicas e o sedentarismo. Os fatores genéticos também são importantes, pois ter um parente de primeiro grau com câncer de mama, aumenta o risco da doença, todavia isso não significa ser portador de câncer hereditário. Felizmente o câncer de mama hereditário, ou seja, com genes herdados dos pais, é responsável por apenas 5 a 10% dos casos.

Antigamente, o tratamento local do câncer de mama era muito radical e a maioria das mulheres eram submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica da mama inteira). Hoje são oferecidas cirurgias conservadoras, com a retirada apenas do tumor ou de um segmento da mama afetada pela doença. Mesmo que seja necessário a mastectomia, a mulher pode optar, na maioria das vezes, pela reconstrução imediata da mama, evitando a sensação de mutilação pela doença.

Prevenção:
Para prevenir a doença, o autoexame das mamas e o acompanhamento médico é o melhor caminho para realizar o diagnóstico precoce, fundamental para a realização do tratamento. Seu médico vai indicar quais exames necessários para o diagnóstico da doença, como o ultrassom das mamas e mamografia.
Para diminuir o risco da doença, opte por uma dieta saudável, pratique exercícios físicos regulares e não fume.
Conheça o seu corpo e ao menor dos sintomas, procure seu médico.

Compartilhe informações, fique atenta, apoie outras mulheres ao seu redor e não deixe de consultar o seu médico.
Alzheimer

Como viver e cuidar de portadores de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que, geralmente, atinge pessoas com mais de 65 anos e afeta as funções cognitivas, como a memória do paciente. A doença é grave e é cada vez mais comum na sociedade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência.

Segundo a Alzheimer’s Disease International (ADI), organização mundial de suporte aos portadores da doença e seus familiares, cerca de 36 milhões de indivíduos são portadores da enfermidade no mundo e as projeções apontam um crescimento de 85% de casos até 2030.

Por isso, em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou um Plano de Ação Global, adotado por 194 países, para combater a doença e ressaltar a necessidade urgente de respostas por parte da saúde pública em relação ao cuidado e apoio às pessoas com demência.

Devido a condição grave da doença, o apoio familiar é fundamental para quem possui Alzheimer. Mas ser cuidador pode ser uma tarefa difícil e frustrante que exige estrutura familiar para atender o paciente e garantir qualidade de vida, carinho e atenção de modo a tornar o cuidar um ato de puro amor.

Como cuidador e familiar, o que posso fazer?

● Aposte no afeto e não se afaste, a doença é progressiva sendo necessário o acompanhamento médico e familiar. O paciente precisa de suporte e, acima de tudo, receber o carinho dos seus familiares;

● Não se culpe ou se sinta impotente pela doença, mas busque fazer o possível para ajudar;

● Busque informações sobre a doença, a melhor maneira de compreender o familiar portador de Alzheimer é entender suas limitações e dificuldades. Além de entender como se comportar em determinadas situações.

● Procure apoio em entidades especializadas em Alzheimer. É importante conversar sobre a situação com quem enfrenta o mesmo.

Além do tratamento médico, com o apoio familiar os prejuízos da doença podem ser enfrentados e diminuídos. Ajude quem precisa da sua ajuda!
Depressão

Depressão: viver e cuidar

A depressão é uma doença grave e muita gente pode desconhecer os sintomas ou não compreender o sentimento incapacitante provocado.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 322 milhões de pessoas no planeta sofrem da doença. O Brasil é o segundo país com a maior taxa de transtorno depressivo do mundo e o crescimento progressivo de casos da doença provocados pela pandemia com o isolamento social são um alerta para prestarmos mais atenção sobre a necessidade de ter boa saúde mental.

O que é a depressão?
Doença mental que pode atingir qualquer idade, caracterizada pela tristeza persistente, sendo a principal causa de incapacidade em todo o mundo e pode provocar prejuízos na qualidade de vida e até levar ao suicídio. Entre as causas para o desenvolvimento da doença estão: genética, bioquímica e eventos vitais.

Um transtorno depressivo pode ser considerado leve, moderado ou grave, dependendo da intensidade dos sintomas. Transtornos depressivos impedem o indivíduo de exercer atividades simples do dia a dia, prejudicam o trabalho e afetam as atividades sociais. Na pior das hipóteses, um episódio grave de depressão pode levar ao suicídio, tanto que pelo menos 70% das pessoas que tiram suas vidas encontravam-se em estado depressivo.

Sintomas
Entre os sintomas apresentados pelas pessoas que possuem a doença estão: mudanças de humor intensa; perda de interesse e prazer em atividades que antes eram de interesse do indivíduo; energia reduzida; distúrbios de sono, a pessoa pode dormir muito ou ter insônia; distúrbios de apetite, a pessoa pode ter fome exagerada ou não sentir fome; baixa autoestima, falta de concentração, dificuldade para tomar decisões, lentificação e pensamentos de morte.

Como cuidar
É necessário diagnóstico e tratamento psicológico recomendado por um profissional. Também é importante manter um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos , combater o estresse com atividades de lazer e descanso, evitar o consumo de álcool e outras substâncias tóxicas ou químicas.

A depressão não é frescura. É necessário evitar ideias preconceituosas sobre o tema. Já para os portadores da doença, é muito importante ressaltar que você não está sozinho, pois há formas de obter ajuda e aos familiares, amigos e conhecidos que convivem com alguém com diagnóstico de depressão, lembrem-se: o apoio e o ato de se fazer presente é fundamental para ajudar a quem precisa.

Por Abner Morilha, Psicólogo, Doutor em Psiquiatria e mestre em ciências médicas.

Fazer exercícios físicos é um ato de amor próprio: Como começar a praticar?

A rotina estressante, sedentarismo e uma alimentação não equilibrada podem ser nocivas à saúde. Por isso, é importante cultivar hábitos de vida saudáveis por meio de uma alimentação balanceada, atividades de lazer e relaxantes, como hobbies e meditação, além de uma rotina de exercícios físicos.

Hábitos de vida saudáveis são aliados importantes para promoção da saúde e para prevenção de doenças, podendo, por exemplo, contribuir em diminuir o risco de desenvolvimento de algumas doenças como, obesidade e doenças cardiovasculares.

Fisicamente, manter uma rotina regular de exercícios físicos pode melhorar a circulação sanguínea, ajudar a controlar a pressão arterial e o peso, mantendo o organismo saudável e capaz de tolerar, sem fadiga, as demandas físicas que fazem parte do cotidiano. Exercitar-se possui outros importantes benefícios como, por exemplo, melhorar bem-estar e autoestima, diminuir estresse e aumentar desempenho, produtividade e concentração para realizar diferentes atividades.

Como começar?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para indivíduos saudáveis a recomendação é de, no mínimo, 150 minutos de atividade física por semana para adultos e 300 minutos para crianças e adolescentes. Recomenda-se uma rotina de exercícios aeróbicos, de três a cinco vezes na semana, com duração de 30 a 60 minutos. Exercícios como caminhada, corrida, natação, ciclismo, patinação e dança são ótimas opções para diferentes idades.

Mas lembre-se é importante o acompanhamento e orientações de profissionais, como o médico e educador físico.
A verdadeira beleza está em um corpo e mente saudáveis!

Por Dr. Andrea Bottoni é médico nutrólogo, coordenador da equipe de nutrologia do Hospital IGESP e supervisor do programa de residência médica em nutrologia do Hospital. 

Como proteger e cuidar do seu coração?

No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por matar uma pessoa a cada 90 segundos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Elas causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais que todas as causas externas (acidentes e violência), 3 vezes mais que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo a AIDS, conforme dados da SBC. Por isso é tão importante falar sobre os cuidados que devemos ter com o coração.

Entre as doenças do coração mais comuns que acometem a população estão:

- Doenças isquêmicas que afetam as artérias e comprometem a circulação sanguínea diminuindo os nutrientes e oxigênio transportado, gerando quadros de Angina ou Infarto agudo do Miocárdio, sendo esta última uma condição em que o fluxo de sangue no miocárdio é interrompido, causando danos ao órgão podendo levar à morte;

- Insuficiência cardíaca no qual o músculo do coração se enfraquece e não consegue bombear sangue suficiente para o organismo, facilitando sintomas como fadiga, fraqueza, inchaços e dificuldade para respirar;

- Acidente vascular cerebral (AVC), apesar de ser do campo da neurologia, os mecanismos fisiopatológicos que causam a doença são muito semelhantes ao infarto cardíaco e a obstrução de artérias cerebrais, nesse caso pode causar a morte do tecido cerebral com as consequências neurológicas conhecidas.

Fatores de risco

É importante destacar que os fatores de risco para as doenças cardiovasculares têm componentes genéticos, mas os fatores comportamentais são tratáveis e devem ser muito valorizados. O controle desses fatores são os pontos mais importantes a serem abordados para diminuir a mortalidade e a incapacidade funcional que podem causar. Nesse sentido, ao cuidar do coração, com hábitos e comportamentos saudáveis, você pode diminuir ou evitar morte e sequelas definitivas.

O risco pode ser diminuído pela prevenção, mas é justamente esse ponto o grande desafio: conscientizar as pessoas sobre os malefícios do uso do tabaco, álcool em excesso, sedentarismo, alimentação inadequada e estresse, que são considerados os vilões influenciadores do colesterol alto, pressão arterial elevada, sobrepeso e obesidade. Dessa forma, a consciência sobre a necessidade de adotar uma rotina mais equilibrada é um grande passo que pode diminuir o número de mortes pela doença.

Como começar?

Introduza na sua rotina hábitos melhores como uma dieta mais saudável, rica em frutas, vegetais e com pouco sal. Pratique atividades físicas, não utilize tabaco e consuma álcool com moderação. Para reduzir o estresse realize atividades de lazer que tragam prazer como ouvir música, ler, praticar exercícios, meditação etc. É importante realizar exames regulares e consulta médica periódica conforme orientação do seu médico.

Cuidar da sua saúde é o maior ato de amor que você pode fazer pelo seu coração.

 

Por Dr. Irapuan Penteado, cardiologista do Hospital IGESP. 

Conheça os tipos de alergia e como tratá-las

O aparecimento repentino de bolinhas na pele, vermelhidão, coceira e muitos espirros pode indicar um caso de alergia. Apesar de parecer inofensiva, se não for cuidada, pode desencadear reações mais graves, principalmente em crianças.

Existem cinco tipos de alergias que podem surgir após o contato do corpo com alguma substância considerada estranha. Entenda cada uma delas:

- Alergia alimentar:
Algumas pessoas possuem sensibilidade a alimentos, como leite de vaca, amendoim, peixes e frutos do mar. Dependendo do nível de intolerância, algumas reações são leves e outras podem ser severas, por isso, após o diagnóstico da substância que causa a alergia, o recomendado é parar de consumi-la!

- Alergia ocular:
Geralmente acontece por causa da conjuntivite, provocando irritação e vermelhidão nos olhos, podendo ser tratada com medicamentos anti-histamínicos. Atenção, é importante evitar colocar as mãos sujas nos olhos para não agravar o caso de alergia.

- Alergia de pele:
Pode gerar casos leves e graves de coceira intensa, por isso o mais importante é identificar a origem do alérgeno. Entre as causas para a reação está a dermatite de contato irritativa, inflamação na pele decorrente da exposição a um agente capaz de causar a irritação ou a alergia, o uso excessivo do álcool gel pode gerar alguns casos. No tratamento, é necessário lavar o local e utilizar antialérgicos específicos que devem ser recomendados por um médico.

- Alergia respiratória:
Acometem a maior parte da população, sendo uma doença crônica que não possui cura, mas pode ser tratada para melhorar a qualidade de vida. As alergias respiratórias geralmente são desencadeadas após a exposição do indivíduo à ácaros, poeira doméstica, pelos de animais ou fungos e podem ser: asma, que causa falta de ar; cansaço e tosse; ou rinite alérgica, que provoca espirros, obstrução nasal e coriza. Para evitar os quadros de erupção da alergia é importante manter o ambiente limpo e realizar o tratamento indicado por um médico especialista.

- Choque anafilático:
É uma reação alérgica muito grave e que pode levar ao óbito, por isso exige muita atenção e cuidado. Os sintomas aparecem pouco tempo depois do contato com a substância que causa alergia, como camarão, veneno de abelha ou alguns medicamentos, causando inchaço da boca, nariz e olhos, dificultando a respiração, aumentando os batimentos cardíacos, provocando náuseas e vômitos. O tratamento precisa ser iniciado imediatamente, o recomendado nesses casos é chamar uma ambulância.

As alergias podem ocorrer em qualquer idade, mas é na infância que muitos sintomas se desenvolvem. Muitas alergias possuem predisposição genética, por isso, se a criança apresentar alguma das características mencionadas, verifique o histórico familiar e realize os exames clínicos indicados.

Identificar o tipo de alergia é o primeiro passo para controlar a doença, manter a casa ventilada e limpa, os colchões e travesseiros devem ser trocados anualmente e você pode investir em capas de proteção contra ácaros. Além disso, os diagnósticos de cada tipo de alergia devem ser realizados por meio de análises clínicas e testes laboratoriais.

Procure sempre um médico especialista para obter a orientação e seguir o tratamento correto!

Por Dra. Renata Orlandi, dermatologista do Hospital IGESP.

Saúde mental e a pandemia: fatores de risco para o bem-estar psicológico

A explosão de casos da Covid-19 é um dos maiores problemas de saúde pública enfrentados pela humanidade nos últimos tempos. O medo do contágio, o consumo frequente de notícias sobre o vírus, o isolamento social que reformulou as relações pessoais, as medidas de segurança e o óbito de algum familiar por causa da doença aumentam os níveis de preocupações.

Diante disso, no contexto de reestabelecimento da “vida normal”, com escolas se preparando para voltar às aulas, escritórios sendo abertos e a necessidade de utilizar o transporte público, o aumento do estresse pode prejudicar a qualidade de vida.

A experiência de uma pandemia gera fatores de risco para o bem-estar psicológico, entre eles:

- Ansiedade.

É caracterizada pelo sentimento desagradável de medo, apreensão, tensão ou desconforto derivado da antecipação do perigo, e pode afetar adultos e crianças. Ansiedade é um sentimento normal, mas pode passar a ser patológico ao prejudicar o dia a dia causando transtornos físicos e psicológicos, como  tontura, tremores, insônia, desmaio e taquicardia, provocados por uma reação exagerada em relação ao estímulo. No momento em que não se sabe exatamente quando a pandemia terá fim, sentimentos provocados pela ansiedade podem ser intensificados.

- Estresse pós-traumático.

É um distúrbio de ansiedade que ocorre após um evento traumático importante. O transtorno pode iniciar entre semanas e meses após o evento desencadeante e entre os sintomas está a reexperiência do episódio que deu origem a doença, isolamento social, dor de cabeça, dificuldade de concentração, irritabilidade e tonturas. Além disso, pode ser dividido entre agudo, quando os sintomas duram de 1 a 3 meses, e crônico, quando duram mais de 3 meses.

- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Caracterizado pela presença de obsessões ou de compulsões em relação a ideias, imagens, preocupações, entre outros. O TOC impele a pessoa a realizar determinada ação ou ato mental para evitar ou diminuir incômodos ou ansiedade. Pessoas com suspeita de infecção da Covid-19 podem desenvolver sintomas compulsivos com a verificação repetida da temperatura corporal ou limpeza.

A psicologia pode oferecer contribuições importantes para minimizar o impacto da Covid-19 na saúde mental da população, com intervenções e tratamentos adequados para garantir a qualidade de vida das pessoas. Por isso, ao identificar sintomas e sentimentos que prejudicam o bem-estar físico e mental durante o dia a dia, procure um médico para realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento indicado.