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Covid-19: Diminuição das medidas preventivas e falta de vacinas

Covid-19: Diminuição das medidas preventivas e falta de vacinas

Enquanto norte-americanos e europeus já têm novos imunizantes à disposição, no Brasil não existe previsão para compra de vacinas.


O aumento de casos da Covid-19 voltou a deixar em alerta a população e os profissionais da saúde. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo já apresentam tendência de crescimento.


Entre as causas apontadas, estão a presença de subvariantes do covid-19, como a BQ.1, e a flexibilidade nas medidas de prevenção, como a volta das aglomerações, a falta do uso de máscaras e de higienização. É o que confirma o infectologista do Hospital IGESP, Marcos Antônio Cyrillo.


“Houve aumento no número de casos leves, moderados e graves (internados em UTIs), isso acontece porque diminuímos as medidas não farmacológicas, além do isolamento e realização de testes e isso quer dizer que precisamos ficar em alerta, por a tendência ser de crescimento semana a semana” explica o especialista.


Na última semana, o Observatório Covid-19 da Fiocruz voltou a orientar o uso de máscaras em locais fechados, com pouca ventilação ou aglomeração de pessoas. A ação de obrigatoriedade das máscaras já está sendo retomada em outros países, e para o médico, o Brasil deve em breve retomar medidas mais robustas em relação a isso.



Vacinas


Especialistas afirmam que a melhor medida de proteção contra o coronavírus é a vacina, sendo fundamental completar o esquema de imunização, incluindo a 2ª dose de reforço. O infectologista do Hospital IGESP ressalta que a preocupação é em relação ao fato de que as subvariantes da Ômicron respondem menos aos imunizantes disponibilizados no Brasil.


Cyrillo aponta dois caminhos a serem tomados no país: “a 5ª dose com a vacina disponível ou trazer os imunizantes chamados de bivalentes da Moderna, ou Pfizer, eficientes contra as novas variantes. Os norte-americanos e os europeus já estão tomando, e por aqui não temos previsão para aquisição de vacinas”, finaliza o infectologista.






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Como detectar, prevenir e tratar o câncer colorretal

Como detectar, prevenir e tratar o câncer colorretal

A campanha Março Azul-Marinho tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e dos cuidados com o câncer colorretal. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a doença atinge 40 mil pessoas por ano no Brasil. Entretanto, uma pesquisa feita em 2021, pela farmacêutica Bayer em parceria com a consultoria IQVIA, com 80 médicos oncologistas e 401 pessoas, evidencia que ainda há muita falta de conhecimento por parte da população sobre essa neoplasia.

Esse tipo de câncer atinge as células do intestino grosso e pode ser especificado também como câncer de cólon ou de reto. Essa doença atinge mulheres e homens na mesma proporção, sendo a segunda causa de neoplasia maligna em ambos os grupos no Brasil. Em crianças, é uma doença rara, sendo presente apenas em casos de síndromes hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar, por exemplo.

 

Sintomas


No início, a doença pode ser silenciosa e não apresentar sinais. Porém, há casos em que os seguintes sintomas são frequentes, persistentes e sem causa aparente: alteração do hábito intestinal, como diarreia, constipação ou estreitamento das fezes; sensação de nunca estar com o intestino vazio e sempre necessitando evacuar mais; sangramento nas fezes, com sangue vermelho brilhante; fezes muito escuras ou pretas; cólicas ou dor abdominal persistente; fraqueza e fadiga; perda de peso; e anemia.

 

Diagnóstico


O câncer colorretal costuma formar ulceração no intestino que sangra. Esse sangue pode ser detectado em um exame chamado pesquisa de sangue oculto nas fezes, que pode identificar sangramento no intestino e sugerir uma doença inflamatória ou uma neoplasia maligna. Entretanto, esse exame não é específico para diagnóstico de câncer de intestino, pois, mesmo durante uma disenteria, pode haver sangue nas fezes.

Para confirmar a doença, são feitos em conjunto o exame físico, a colonoscopia e a biópsia. Como parte do exame físico, o médico apalpa o abdômen em busca de massas ou órgãos aumentados e, se necessário, realiza o exame de toque retal. Já a colonoscopia é o exame do intestino grosso. É usado um instrumento chamado colonoscópio, que possui o formato de um tubo fino. Com luz, câmera, lentes e pinças, ele é capaz de visualizar a parte interna do intestino, permitindo realizar procedimentos como biópsia e cauterização de lesões.

Por fim, a biópsia é o exame definitivo para diagnóstico do câncer colorretal. Durante esse procedimento, o médico remove um pequeno pedaço do intestino com lesão suspeita e o envia para um laboratório de anatomia patológica, onde o patologista firma o diagnóstico de câncer ou o exclui.

 

Fatores de risco e prevenção


Existem fatores de risco modificáveis e não modificáveis. Os modificáveis são: tabagismo, obesidade e sobrepeso, inatividade física, dieta pobre em fibra e grãos e com muita gordura, carnes vermelhas e processadas (como salsicha e salame, por exemplo), além de ingestão de bebidas alcoólicas.

Os não modificáveis são: histórico familiar de câncer colorretal, alguma síndrome genética com predisposição a doença (como Síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar), pólipos adenomatosos no intestino, idade acima dos 50 anos (e quanto mais velho, maior o risco) e doença inflamatória intestinal (como retocolite ulcerativa e Doença de Crohn).

Quase sempre o câncer colorretal se inicia com um pequeno pólipo no intestino. Por isso, como medida preventiva é importante realizar a consulta médica periódica.

 

Tratamento


O planejamento do tratamento depende de quão avançada está a doença. Após o diagnóstico, o médico pede exames complementares para saber o estadiamento da doença. Com isso, o especialista classifica de zero (0) a 4 (IV), sendo zero uma doença inicial e quatro quando está disseminada em outros órgãos.

Em casos de doença inicial, o tratamento pode ser feito pela remoção cirúrgica do segmento intestinal comprometido e, algumas vezes, com a própria colonoscopia, sem a necessidade de cirurgia. Nos demais estágios, sempre que possível, será realizada a cirurgia. A quimioterapia será indicada de acordo com critérios mais complexos: algumas vezes para prevenir a volta da doença, e em outros casos para tratar a doença disseminada. No câncer de reto, é frequente o uso da radioterapia, antes ou após a cirurgia, além da quimioterapia.














Por Dra. Tânia Moredo, coordenadora do serviço de Oncologia do Hospital IGESP.









O que é o câncer de colo do útero?

O que é o câncer de colo do útero?

O câncer de colo de útero, também chamado de câncer cervical uterino, assim como os outros tipos de cânceres, é uma doença caracterizada por apresentar células que se multiplicam e crescem de forma descontrolada, sem respeitar células vizinhas.


Localizado na região pélvica das mulheres, o útero é dividido em três partes: trompas uterinas, corpo do útero e colo do útero. Similarmente, sua aparência lembra uma pera, com a parte mais estreita, o colo do útero, para baixo. Essa região tem a importante função de criar uma barreira para infecções e proteger o bebê em mulheres grávidas. Pois mantém o corpo do útero fechado até o momento do nascimento da criança. Quando a mulher ovula, a trompa uterina é o meio pelo qual o óvulo alcança o corpo do útero, que é revestido internamente pelo endométrio, tecido responsável pelo sangramento menstrual das mulheres em período fértil, e quando não estão grávidas.


câncer de colo do útero


Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer- Brasil), em 2020 foram diagnosticados 16.710 casos de câncer de colo uterino, representando 7,5% de todos os cânceres em mulheres. O número de óbitos pela doença foi de 6.596 em 2019. Em 2020, 604.127 mulheres foram diagnosticadas com câncer de colo uterino no mundo e, infelizmente, 341.831 mulheres morreram desta doença neste mesmo ano.


 

Quais são os fatores de risco do câncer de colo do útero?


É importante saber que um fator de risco não determina o câncer isoladamente, mas aumenta as chances de uma pessoa ficar doente.


HPV (Papilomavírus Humano)


Em suma, quase todos os cânceres do colo de útero são causados ​​pela infecção persistente do vírus HPV (Papilomavírus Humano). De fato, existem muitos subtipos de HPV. Felizmente a maioria não causa câncer. Eles infectam a pele e as mucosas (membrana umidificada que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior), causando verrugas.


Desse modo, quando um vírus causa câncer, é chamado oncogênico. Pelo menos 13 subtipos de HPV são considerados oncogênicos, todavia, 70% dos casos de câncer de colo uterino são causados pelos subtipos 16 e 18, transmitidos de uma pessoa para outra durante o sexo.


A infecção crônica por vírus oncogênicos leva a transformação maligna das células normais do colo uterino, dando origem ao câncer.


Além disso, o HPV é tão comum que a maioria das pessoas o contrai em algum momento de suas vidas. Geralmente sem causar sintomas, e na maioria das mulheres, o HPV desaparecerá por conta própria; no entanto, se isso não acontecer, há uma chance de que, com o tempo, possa causar câncer do colo do útero.


Relações sexuais


Inegavelmente, há vários fatores relacionados ao seu histórico sexual podem aumentar o risco de câncer do colo do útero. O risco é provavelmente afetado pelo aumento das chances de exposição ao HPV, como:


– Tornar-se sexualmente ativo em uma idade jovem, especialmente com menos de 18 anos;


– Ter muitos parceiros sexuais e;


– Ter um parceiro considerado de alto risco, que está infectado por HPV ou que tenha muitos parceiros sexuais.


Tabagismo


Certamente, o cigarro possui dezenas de substâncias que causam câncer, e, portanto, fumar também aumenta o risco de câncer de colo de útero.


Vírus da imunodeficiência humana (HIV)


O HIV, que causa a AIDS, diminui a imunidade do indivíduo e, consequentemente, aumenta o risco de alguns tipos de cânceres, como o do colo uterino.


Anticoncepcionais orais


A princípio, há evidências de que tomar anticoncepcionais orais por muito tempo aumenta o risco de câncer do colo do útero. Quanto mais anos utilizando anticoncepcionais orais, maior o risco. O risco diminui quando o uso é descontinuado, após alguns anos.


 

Existe vacina contra HPV?


Sim, atualmente existem duas vacinas contra HPV, aprovadas pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – que são comercializadas. A Quadrivalente, criada pela empresa Merck Sharp & Dohme, comercializada como Gardasil, protege contra HPV 6, 11,16 e 18, e a Bivalente, da empresa GlaxoSmithKline, comercializada como Cervarix, que confere proteção contra HPV 16 e 18.


Em 2014, o Ministério da Saúde iniciou a implementação da vacinação gratuita contra o HPV em meninas de 9 a 13 anos, com a vacina Gardasil. Essa faixa etária foi definida por ser a que mais apresenta grande produção de anticorpos e por ter sido menos exposta ao vírus por meio de relações sexuais.


Em meados de 2017, a vacinação foi ampliada para até 14 anos e iniciada para o público masculino, de 11 a 14 anos e de 9 a 26 anos vivendo com HIV/Aids, além de indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos. Em 2021 mulheres com o sistema imunológico enfraquecido, de 26 a 45 anos, foram incluídas no programa de vacinação.


 

Como prevenir o câncer de colo do útero?



  • Diminuir os fatores de risco, como a exposição ao HPV;

  • Vacinação contra HPV;

  • Realização de exames preventivos ginecológicos, incluindo o exame de Papanicolaou e Captura Híbrida de HPV de colo uterino e tratar as lesões pré-cancerosas do colo uterino.



Sintomas do câncer de colo do útero


Os principais sintomas que, normalmente, aparecem quando a doença está em estágio avançado são, corrimento vaginal, secreção de odor forte e cor intensa, com sangue e dor. Em casos ainda mais avançados, pode incluir dor pélvica, dor ao se relacionar sexualmente, urina ou fezes com sangue e dificuldade para evacuar ou urinar, e inchaço nas pernas.


Esses sintomas podem ser causados por outras doenças, é importante consultar o médico para esclarecê-los.


Detecção precoce


Em primeiro lugar, é importante diagnosticar a doença mesmo antes dela apresentar sintomas. Quanto mais precoce, maiores as chances de cura.


No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), recomenda iniciar o rastreamento da doença em mulheres a partir do início da atividade sexual ou na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram relação sexual. Para isso, é importante realizar consultas periódicas ao ginecologista para análise do histórico médico e a realização de exames.


O Papanicolaou (citologia oncótica do colo uterino) e o exame chamado de Captura Híbrida de HPV, que investiga a existência do vírus HPV, são os principais exames solicitados para o diagnóstico. Além deles, outros exames de imagem complementares podem ser solicitados, como o ultrassom pélvico, tomografia ou ressonância pélvica e a colposcopia.


Estadiamento da Doença


Assim que, confirmado o diagnóstico, o médico irá realizar exames complementares para avaliar a extensão da enfermidade, chamado de estadiamento da doença.


São pedidos exames de imagem como raio-X ou tomografia de tórax, ultrassom, tomografia ou ressonância magnética de abdômen e pelve. E exames mais complexos como a cistoscopia (exame da bexiga) e proctoscopia (examina o reto) que são realizados sob sedação.


O sistema de estadiamento mais comum usado é o da FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia), as notas vão de I a IV, sendo IV a doença espalhada e mais grave.


FIGO I: Doença localizada apenas no colo uterino. O câncer não se espalhou para os linfonodos próximos ou locais distantes.


FIGO II: O câncer cresceu além do colo do útero, mas não se espalhou para as paredes da pelve ou parte inferior da vagina, para os linfonodos próximos ou locais distantes.


FIGO III: O câncer se espalhou para linfonodos pélvicos próximos ou linfonodos para-aórticos, mas não se espalhou para locais distantes.


FIGO IV: O câncer se espalhou para órgãos distantes como bexiga, reto, pulmões, fígado, osso, entre outros.


 

Tratamento


Em resumo, o tratamento depende do estadiamento da doença.


Em outras palavras, se a doença estiver localizada e em estágio inicial, o profissional médico pode recomendar apenas a cirurgia, sem a necessidade da remoção completa do colo de útero.


Todavia, em tumores maiores, serão necessárias cirurgias mais complexas, como a retirada do útero, anexos e linfonodo.


Se o tumor não for ressecável com a cirurgia, ou seja, se não puder ser retirado por completo em um primeiro planejamento, serão realizados tratamentos antes da cirurgia, como a quimioterapia e radioterapia, para tornar o tumor ressecável. Muitas vezes, após a cirurgia, estes tratamentos podem ser mantidos durante um período.













Por Dra. Tânia Moredo, coordenadora do serviço de Oncologia do Hospital IGESP. 





COVID-19 e o impacto no diagnóstico e tratamento do câncer

Declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020, a COVID-19, doença infecciosa causada pelo SARS-CoV-2 (acute respiratory syndrome coronavirus 2, em inglês), descrita pela primeira vez no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, rapidamente se propagou pelo mundo, e vem representando uma ameaça à saúde global.

Em 2 de fevereiro de 2022, a OMS reportou a soma global de 380.321.615 casos confirmados de COVID-19 em todo o mundo, com 5.680.741 óbitos pela doença, desde o início da pandemia. Esses dados refletem o período entre 24 a 25 meses de doença.

Apesar da maioria dos infectados apresentarem sintomas leves, ou até mesmo serem assintomáticos, algumas pessoas desenvolvem quadros clínicos graves, necessitando de hospitalização e podendo evoluir a óbito. No caso dos pacientes com câncer, desde o início da pandemia, as autoridades internacionais da área da saúde os classificaram no grupo de risco para evolução clínica grave e potencial risco de vida.

Incidência mundial de câncer em 2022


De acordo com uma análise feita pela OMS sobre a incidência mundial de câncer em 2022, são esperados 19.292.789 casos novos de câncer no mundo, com 9.958.133 óbitos pela doença para esse mesmo período (Fig. 1 e 2). “Quando comparamos os dados, facilmente se reconhece que o câncer matou em dois anos cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, enquanto a COVID, 5,68 milhões”, analisa Dra. Tânia de Fatima Moredo, oncologista do Hospital IGESP.

Interrupção de tratamento


No início da pandemia, a OMS relatou que um em cada três países da Região Europeia havia interrompido parcialmente ou completamente os serviços de atendimento a pacientes com câncer. No Reino Unido, o atraso no diagnóstico e tratamento oriundo do início da pandemia poderá resultar em aumento de mortalidade nos próximos cinco anos, o que representará 15% a mais de óbito para os cânceres de cólon e reto e 9% para o câncer de mama.
Nos Estados Unidos, a escassez de leitos e equipes médicas, reduziu a frequência de interação entre pacientes e oncologistas em 20%, o que adiou mais de 22 milhões de testes de rastreamento de tumores malignos em 2020.
Além disso, a Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO) descreveu o impacto da pandemia no desempenho de trabalho e estado de saúde dos trabalhadores globais de oncologia pela síndrome de burnout, distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho de um indivíduo.

As medidas de redução de atendimento em hospitais, para limitar o número de pacientes ambulatoriais e internados, postergaram o tratamento de pacientes com câncer estável, limitando o atendimento, apenas, para cirurgia de emergência.

O uso emergente de novas terapias em câncer, como a imunoterapia, e mesmo a quimioterapia tradicional, tiveram que ser adiadas para aqueles adoecidos pela COVID, mesmo em casos de pacientes com doença metastática. “Quimioterapias e cirurgias eletivas foram adiadas para reduzir o risco de infecção por COVID e para conter o esgotamento da rede hospitalar com o excesso de internações por COVID”, comenta.

A oncologista explica que essa interrupção do tratamento convencional poderá aumentar o risco de deterioração em pacientes com câncer e reduzir suas taxas de sobrevivência. “O atraso nas cirurgias eletivas por câncer aumentou consideravelmente os casos avançados e alavancou o número de cirurgias de emergência por câncer”, analisa.

Quarta onda de COVID


Atualmente, o mundo atravessa a quarta onda de COVID. Entretanto, com a disponibilidade de vacinas, a oncologia retomou o ritmo. “A avaliação científica contínua por autoridades médicas e regulatórias sustenta o uso seguro e eficaz das vacinas COVID-19 em pacientes oncológicos. No Brasil, o governo anunciou a aplicação de um novo reforço para pacientes imunossuprimidos – ou seja, uma quarta dose de vacina para esse público. O intervalo também será de quatro meses, contados a partir do primeiro reforço.

A especialista explica que são necessárias ações pragmáticas para lidar com os desafios de tratar os pacientes oncológicos, garantindo seus direitos, segurança, acesso a terapias e bem-estar geral. “Um indivíduo com câncer ou com suspeita de câncer, apenas, deve interromper exames e tratamentos durante o período de recuperação por COVID, ou na suspeita de COVID, até que se tenha certeza de que não está com o vírus. Vamos cuidar dessa doença que matou quase três vezes mais pessoas no mundo do que a COVID em dois anos”, finaliza.

Fig1. Estimativa de números de casos em 2020, todos os tipos de cânceres, ambos os sexos todas as idades.



Dados de incidência de câncer no mundo, para o ano de 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde, de acordo com os Continentes.


Fig2. Estimativa de números de casos em 2020, todos os tipos de cânceres, ambos os sexos todas as idades.



Dados de mortalidade de câncer no mundo, para o ano de 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde, de acordo com os Continentes.







Por Dra. Tânia Moredo, coordenadora do serviço de Oncologia do Hospital IGESP.

Câncer de pele: saiba mais sobre essa doença

O que é a pele?


A pele é o maior órgão do nosso corpo, recobre toda a nossa superfície, nos protege do meio ambiente e regula diversas funções celulares. É incrível como a pele possui tantas funções!

Ao microscópio, é possível dividir a pele em epiderme, derme e hipoderme. Essas camadas são compostas por diferentes tipos de células; terminações nervosas que percebem dor, calor, tato e pressão; sistema imunológico; vasos sanguíneos e linfáticos; glândulas sudorípara e sebácea; unha e pelos.



Células da pele:
1. Células epiteliais escamosas: produzem queratina e citoquinas que regulam funções celulares.
2. Melanócitos: responsáveis pela produção da melanina, pigmento que dá cor à pele e nos protege contra os efeitos deletérios dos raios ultravioleta e da radiação solar.
3. Células dendríticas e linfócitos: atuam na barreira de agressores microbianos, químicos e físicos; interagindo com o sistema imunológico, e sinalizam para que outras células de defesa atuem.

A pele ajuda no controle da temperatura do nosso corpo, na produção de vitamina D, na contenção da água em nosso corpo, na barreira contra infecções. São muitas as funções da pele, por isso precisamos mantê-la saudável.

O que é o câncer de pele e quais os tipos?


O câncer de pele é a neoplasia (tumor) maligno que se origina na pele. Por ser um câncer (células do corpo que crescem fora de controle), as células dessa doença, se dividem de maneira desordenada e podem invadir outros órgãos a distância, causando metástases.



 

Dividimos os cânceres de pele em melanoma e não melanoma:
1. Melanoma: o câncer de pele que se origina nos melanócitos, e é o câncer de pele mais temido, pois tem a capacidade de formar metástases.
2. Não-melanoma: são os carcinomas, os quais são basicamente de 2 tipos; carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. Não costumam causar metástases e por esta razão são curáveis com sua remoção cirúrgica.



Incidência do câncer de pele no Brasil:


















Estimativa de novos casos 2020 Número de mortes 2019
Melanoma 8.450 indivíduos 1.978 indivíduos
Carcinoma de pele 176.930 indivíduos 2.616 indivíduos

Quais são os fatores de risco para o câncer de pele?


Qualquer um pode ter câncer de pele, mas pessoas com certas características correm maior risco.
• Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas - UV), principalmente na infância e adolescência. A exposição ao sol é responsável por mais de 95% dos casos de câncer de pele;
• Exposição a câmeras de bronzeamento artificial;
• Ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino;
• Ter histórico familiar ou pessoal de câncer de pele;
• Ter múltiplos nevos (pintas) pelo corpo com aspecto assimétrico.

Existe prevenção para o câncer de pele?


Sim, existe prevenção para o câncer de pele! Felizmente, o câncer de pele pode ser prevenido quando não nos expomos muito ao sol. A proteção contra os raios UV é importante durante todo o ano, não apenas durante o verão. Os raios UV podem chegar até você em dias nublados e frios e refletem em superfícies como água, cimento, areia...

Veja como é possível evitar esse câncer:
• Use roupas para proteger seu corpo do sol;
• Use chapéus ou bonés para proteger o rosto e o couro cabeludo;
• Use protetor solar (para cada tonalidade de pele existe um filtro mais adequado);
• Use óculos de sol com lentes com proteção ultravioleta;
• Escolha a sombra ao invés do sol;
• Evite bronzeamento artificial, ele expõe os usuários a altos níveis de raios UV. Com o tempo, muita exposição aos raios UV pode causar câncer de pele e catarata.
• Preste atenção em sua pele e consulte um dermatologista caso apareça algum sinal suspeito para o câncer de pele.


Quais são os sintomas e sinais do câncer de pele?


Melanoma
Sinais ABCDE
Assimetria: a forma de metade da mancha não coincide com a outra metade.
Borda: as bordas são irregulares, entalhadas ou dentadas.
Cor: é muitas vezes desigual. Tons de preto, marrom e canela podem estar presentes. Áreas brancas, cinza, rosa, vermelha ou azul também podem ser vistas.
Diâmetro: o diâmetro maior que 6mm.
Evolução: a pinta vem mudando de tamanho, forma, cor ou aparência.



Outros sinais de alerta são:
• Uma ferida que não cicatriza.
• Expansão do pigmento de uma mancha na pele.
• Vermelhidão ou inchaço.
• Coceira, sensibilidade ou dor.
• Mudança na superfície da pinta.



Carcinoma de pele
Em geral, aparecem em áreas de exposição ao sol, em áreas de trauma de pele repetido ou após queimadura severa.
Pode se apresentarem como machucados que não cicatrizam, pele vermelha, áspera, alteração do pigmento da pele, e não estar relacionado com uma pinta (nevo).


Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?


O diagnóstico do câncer de pele é feito através da biópsia e análise por um médico patologista da lesão suspeita.

Quais são os tratamentos para o câncer de pele?


O tratamento para o câncer de pele depende de alguns fatores, como, onde está localizado, o tamanho, o grau de disseminação e a saúde geral do paciente. O tratamento pode variar desde cirurgia exclusiva até imunoterapia ou quimioterapia e radioterapia.




Por Dra. Tânia Moredo, coordenadora do serviço de Oncologia do Hospital IGESP. 
Você conhece a doença de Crohn?

Você conhece a doença de Crohn?

A doença de Crohn é uma enfermidade inflamatória séria, que pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo. Essa doença afeta predominantemente o intestino delgado (íleo) e o intestino grosso (cólons), mas também pode surgir em qualquer parte do trato gastrointestinal.

Afetando predominantemente os jovens, a sua causa ainda não é conhecida, mas há indícios de que seja causada por problemas no sistema imunológico, que fazem com que o intestino tenha uma reação inflamatória excessiva diante de algumas substâncias ou bactérias.

Alguns fatores podem estar relacionados com a doença de Crohn, como histórico familiar da enfermidade, ser de origem judaica ou ter parentescos com pessoas da Europa Ocidental. O hábito de fumar e mulheres que tomam anticoncepcionais também têm mais chances de desenvolver a doença.

Conheça os sintomas de Crohn


Os sintomas podem ser intermitentes (aparecer e desaparecer), até se tornarem permanentes. Os mais comuns são:

  • Diarreia;

  • Cólicas abdominais;

  • Febre;

  • Falta de apetite;

  • Perda de peso;

  • Presença de sangue nas fezes.


Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico é feito pela suspeita clínica, de acordo com os sintomas persistentes, e pelo exame físico. Exames de sangue trazem informações indiretas a respeito da doença de Crohn e podem qualificar determinadas complicações.

A colonoscopia com biópsia e avaliação do íleo terminal é o melhor recurso para o diagnóstico do Crohn. Exames de raio x, tomografia ou ressonância Magnética também podem ser solicitados pelo médico para ajudar a entender a extensão e a gravidade da doença, assim como controlar seu tratamento.

Existe tratamento para a doença de Crohn?


Sim, apesar de cura não ser possível em muitos casos, essa doença possui tratamentos que ajudam a reduzir a inflamação e aliviar os sintomas. Os medicamentos prescritos pelo médico ajudarão a eliminar a diarreia e dores abdominais, amenizar a inflamação do intestino e a modificar o modo que o sistema imunológico funciona.

Além dos medicamentos, alguns hábitos são determinantes para auxiliar no tratamento:

  • Parar de fumar, para que os sintomas não retornem;

  • Beber muito líquido;

  • Ingerir suplementos de ferro, cálcio e Vitamina D;

  • Evitar o consumo de nozes, frutas e verduras cruas quando estiver em crise;

  • Diminuir os laticínios quando estes provocarem sintomas;

  • Medicamentos outros devem ser prescritos sob orientação do médico, pois alguns podem desencadear crises;

  • Evitar o estresse.






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Cuidar da saúde também é coisa de homem!

Cuidar da saúde também é coisa de homem!

O câncer se caracteriza pelo crescimento descontrolado das células, fazendo com que elas se multipliquem de maneira desordenada, dividindo-se mais rapidamente do que as células normais do tecido à sua volta. O câncer de próstata é o tipo mais comum entre homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Cuidar da saúde também é coisa de homem!


No Brasil, a estimativa de novos casos é de 65.840 (2020 - INCA), e este número pode aumentar devido ao envelhecimento da população.


É um câncer silencioso que pode levar a óbito se não diagnosticado precocemente e tratado corretamente.


 

O que é a próstata?


É uma glândula do corpo masculino, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). A próstata produz o líquido que compõe parte do sêmen, nutrindo e protegendo os espermas.


 

Fatores de Risco


Estilo de vida: O sedentarismo e uma alimentação desequilibrada podem levar ao excesso de gordura corporal aumentando o risco de câncer de próstata.


Idade: A próstata apresenta um aumento natural com o passar da idade em quase todos os homens, e tanto a incidência de câncer quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.


Histórico familiar: Homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos.


Tabagismo: O cigarro aumenta o risco de diversos cânceres, inclusive o de próstata.


Converse com seu médico!


 

Sinais e Sintomas


Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas, porém os mais comuns são:




  • Dificuldade e demora em começar e terminar de urinar;

  • Sangue na urina;

  • Diminuição do jato de urina;

  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.



Diagnóstico


O diagnóstico do câncer de próstata é clínico e pode ser identificado com a combinação dos exames de toque real e sangue (PSA), além de exames de imagens e biópsia (se necessário).


Toque retal: O exame permite ao médico palpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença). O toque é feito com o dedo protegido por luva lubrificada. Apesar de alguns homens terem enorme resistência em realizar, o exame é rápido e indolor.


Dosagem de PSA: exame de sangue que avalia a quantidade de antígeno prostático específico. Uma proteína dosada no sangue, cujos valores alterados se correlacionam com condições benignas ou malignas do tumor de próstata.


 

Como prevenir?


Adotar práticas saudáveis diminui o risco da doença:




  • Tenha uma alimentação balanceada;

  • Mantenha o peso corporal adequado;

  • Pratique atividade física;

  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas;

  • Não fume;

  • Consulte seu médico regularmente.





Fontes
INCA | Instituto Nacional do Câncer
Dra. Tânia de Fátima Moredo | Oncologista do Hospital IGESP

Câncer de mama em homens

Homens e mulheres possuem mamas, e apesar de raro, o câncer de mama pode afetar os homens.


O Câncer de mama masculina ocorre em homens preferencialmente entre 60 e 70 anos de idade, e representa menos de 1% dos casos de câncer de mama.


Assim como no câncer de mama em mulheres, esse tumor se origina de uma célula da mama que se divide de maneira desordenada, tornando o tumor capaz de invadir órgãos próximos ou distantes a mama.


Em 2020 a Organização Mundial da Saúde estimou cerca de 2,3 milhões de casos novos de câncer de mama para ambos os sexos em todo o mundo (menos de 23.000 casos em homens).



Lymph nodes = linfonodos
Nipple = mamilo
Aréola = aréola
Chest wall = parede torácica
Ribs = costelas
Fatty tissue = tecido gorduroso
Ducts = ductos mamários




Fatores de risco para câncer de mama em homens


Os fatores de risco para câncer de mama masculino incluem:

 

Idade

O maior fator de risco para o câncer de mama masculino é o envelhecimento. A maioria dos cânceres de mama é diagnosticado em homens entre 60 e 70 anos.


Membros da família com câncer de mama ou genes que predisponham ao câncer de mama.


Homens com parentes de primeiro grau do sexo feminino (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama ou parentes de primeiro grau com câncer de mama masculina, têm risco aumentado para a doença se o câncer tiver sido associado a genes mutados na família.


Os homens, assim como as mulheres, podem herdar genes defeituosos (mutados) que aumentam o risco de câncer de mama


Homens com alterações no gene BRCA2 têm risco aumentado para câncer de mama. As alterações no gene BRCA1 também podem causar a doença, mas o risco não é tão elevado, comparado ao BRCA2. Existem testes que podem detectar genes mutantes, indicados para membros de famílias com alto risco de câncer.


 

Altos níveis de estrogênio

Apesar dos homens não possuírem ovários, eles produzem estrógeno em pequenas quantidades nas suprarrenais e na gordura do tecido subcutâneo. Níveis mais altos de estrogênio têm sido associados a um risco maior de câncer de mama em homens. Altos níveis de estrogênio podem ocorrer em:




  • Homens que estão acima do peso (obesos);

  • Doenças crônicas do fígado, como cirrose;

  • Algumas condições genéticas, como a síndrome de Klinefelter.


 

Síndrome de Klinefelter

A síndrome de Klinefelter é uma condição genética rara em que um homem nasce com um cromossomo feminino extra. Isso significa que ele tem cromossomos XXY em vez de XY, resultando em desequilíbrio hormonal com menor produção de testosterona.


 

Exposição à radioterapia

Homens expostos à radioterapia na área do tórax têm maior risco de desenvolver câncer de mama.

 

Sintomas de câncer de mama em homens


Os sintomas mais comuns em homens com câncer de mama incluem:

  • Caroço na mama que quase sempre é indolor;

  • Lesão no mamilo ou ao redor dele;

  • Secreção do mamilo (com ou sem sangue);

  • Retração de um dos mamilos;

  • Inchaço da mama (ginecomastia);

  • Uma ferida na pele da mama que persiste após algumas semanas;

  • Caroço ou inchaço debaixo do braço (axila).


Se tiver algum destes sintomas, é importante procurar seu médico.

 

Diagnosticando o câncer


A primeira etapa para o diagnóstico da doença ocorre durante a consulta médica, onde são feitos a anamnese (histórico de saúde do paciente) e exame físico.


Em caso de suspeita de câncer, o médico solicita exames de imagem, como a ultrassonografia das mamas e axilas, a mamografia bilateral ou ressonância nuclear magnética das mamas. Nem sempre é possível realizar a mamografia, pois as mamas dos homens costumam ser muito pequenas, e nesse caso, a ressonância é mais indicado.


Se esses testes mostrarem uma área que possa ser câncer, uma amostra (biópsia) do tecido mamário será coletada e analisada por um especialista (patologista). Se a biópsia diagnosticar câncer, serão pedidos exames complementares, exames de sangue para avaliar a função de órgãos e tomografias para avaliar as regiões torácicas e abdominais. Cintilografia óssea é solicitada quando o paciente sente dores ósseas e, no caso de sintomas neurológicos, a ressonância do crânio também pode ser prescrita pelo médico.


Exames adicionais são necessários para avaliar a existência de metástases, condição em que o câncer já progrediu da mama para outros órgãos.


A complementação dos exames é importante para o de estadiamento da doença, que é o processo que determina a localização e a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa.


 

Tratamento para o câncer de mama em homens


Homens com câncer de mama usam tratamento semelhantes a mulheres com a mesma doença, salvo algumas particularidades em hormonioterapia.


 Para decidir sobre o tratamento mais adequado, os médicos geralmente levam em consideração:




  • Tipo de câncer de mama;

  • Tamanho do câncer e se ele se espalhou;

  • Grau de agressividade do câncer;

  • Se as células cancerosas têm receptores hormonais (receptores de estrógeno e progesterona);

  • Se as células têm receptores do tipo HER-2, sigla do inglês: “Human Epidermal growth factor Receptor-type 2” (receptor do fator de crescimento epidermal humano tipo 2).


 

Tipos de tratamento

  • Cirurgia;

  • Quimioterapia;

  • Terapia hormonal;

  • Radioterapia;

  • Terapia alvo.


 

Cirurgia

A operação mais comum é a remoção de toda a mama (mastectomia), incluindo o mamilo. Às vezes o cirurgião também remove parte do músculo subjacente se ele estiver próximo ao câncer (mastectomia radical). Se o cirurgião retirar apenas a glândula mamária, a cirurgia se chama adenomastectomia.


Lymph nodes = linfonodos
Tumor = Tumor
Chest wall = parede torácica
Ribs = costelas
Muscle = Músculo
Fatty tissue = tecido gorduroso
Ducts = ductos mamários


Alguns homens podem fazer uma cirurgia conservadora da mama (removendo o caroço e uma margem de tecido saudável ao redor), dependendo do tamanho da mama e do tamanho do câncer. As cirurgias conservadoras são chamadas de quadrantectomia, nodulectomia ou lumpectomia.



Lumpectomy: Mastectomia
Tumor= Tumor
Lymph nodes= linfonodos
Partial Mastectomy= Mastectomia Parcial
Fatty tissue= tecido gorduroso
Chest wall lining= forro da parede torácica


O cirurgião também pode remover alguns dos gânglios linfáticos da axila, que são enviados ao laboratório para identificar células tumorais, seja por esvaziamento da axila ou pelo procedimento chamado biópsia do linfonodo sentinela.


 

Quimioterapia

A quimioterapia é um tratamento contra o câncer que usa medicamentos para interromper o crescimento das células tumorais. Pode ser administrada via oral ou injetada em uma veia, levando a droga pela corrente sanguínea atingindo as células tumorais em todo o corpo (terapia sistêmica).


É possível fazer a quimioterapia antes ou após a cirurgia. Quando realizada antes, é chamada de quimioterapia neoadjuvante, mas se for realizada após a retirada completa do tumor através da cirurgia, é chamada de adjuvante. Esses tratamentos ajudam a reduzir as chances de o câncer voltar ou se espalhar.


Quando o paciente tem doença metastática, a quimioterapia é usada para destruir os focos da doença em outros órgãos, como ossos, fígado e pulmões.


 

Terapia hormonal

Algumas células do câncer de mama são estimuladas a crescer pelos hormônios estrogênio e progesterona. Os homens têm pequenas quantidades de estrogênio e progesterona em seu corpo e mais de 95% das células de câncer de mama masculinas têm receptores para esses hormônios. Isso é chamado de câncer de mama com receptor hormonal positivo (reconhecidos pelo exame de imuno-histoquímica na biópsia).


Se as células cancerosas tiverem receptores hormonais, o médico pode prescrever terapia hormonal. Isso pode ajudar a reduzir as chances de o câncer voltar ou de destruir a doença quando ela já é metastática.


A terapia hormonal mais comum para o câncer de mama masculino é o tamoxifeno. Os efeitos colaterais incluem:




  • Ondas de calor;

  • Desejo sexual mais baixo;

  • Sensação de enjoo - isso pode passar depois de você tomá-lo por um tempo;

  • Ganho de peso;

  • Dificuldade em dormir;

  • Tristeza ou depressão.


 

Radioterapia

A radioterapia é um tratamento contra o câncer que usa raios-x de alta energia ou outros tipos de radiação para matar as células cancerosas ou impedi-las de crescer. A radioterapia externa usa uma máquina fora do corpo para enviar radiação em direção à área do corpo com câncer.

O médico normalmente sugere a radioterapia após a cirurgia, quando é necessário controlar a doença. Este tratamento reduz o risco de as células tumorais voltarem a crescer na área da mama operada. Também pode ser usada para tratar a mama doente quando o paciente não pode ser operado por algum problema de saúde.

 

Terapia alvo

A terapia alvo é um tipo de tratamento que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar células tumorais específicas. Geralmente causam menos danos às células normais do que a quimioterapia ou a radioterapia. A terapia com anticorpos monoclonais inibidores da tirosina quinase, inibidores da ciclina dependente da quinase e inibidores da rapamicina em mamíferos (mTOR) são tipos de terapias direcionadas que são usadas para tratar homens com câncer de mama.


O médico examinará as células cancerosas em busca de proteínas chamadas receptores HER2, e se as células cancerosas tiverem muitos desses receptores, o médico prescreverá um tratamento medicamentoso direcionado para o paciente. O mais comum para o câncer de mama é o trastuzumabe (Herceptin).


 

Encontrando suporte


É muito comum ouvir falar de câncer de mama em mulheres, mas não é comum ouvir falar disso em homens.

Lidar com um diagnóstico de câncer pode ser difícil, tanto física, como emocionalmente. Como o câncer de mama masculino é raro, procure por um hospital especializado e equipado adequadamente para realizar o tratamento.




Fonte

NIH | National Cancer Institute

 
Cuidar de si é a maior prova de amor

Cuidar de si é a maior prova de amor

A cada ano esse movimento se fortalece e a luta contra o câncer de mama ganha maior visibilidade em todo o mundo. O objetivo é conscientizar a população sobre a prevenção através do diagnóstico precoce e lembrar sobre a importância do cuidado com a saúde.

O câncer de mama é o tipo mais comum no sexo feminino e, como todo câncer, é uma doença resultante da multiplicação de células anormais que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Se diagnosticado no início, as chances de cura podem chegar a 100%. Por isso, o movimento é tão importante e deve ser cada vez mais difundido.

Cuidar de si é a maior prova de amor

Fatores de risco


Ambientais: obesidade ou sobrepeso, principalmente após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica e exposição frequente à radiações ionizantes (Raios-X).


Hormonais: primeira menstruação antes de 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos, ter feito reposição hormonal.


Genético: histórico familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos ou alteração genética.


 

Sinais e Sintomas


Alterações no bico do peito (mamilo), pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço, saída de líquido anormal das mamas. A presença de um ou mais fatores de risco ou mesmo sinais, não significa que a mulher terá necessariamente a doença, mas alterações precisam ser investigadas o quanto antes.




Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte do cânceres de mama são descobertos pelas próprias mulheres, por isso, é importante realizar o autoexame. Se encontrar qualquer alteração nas suas mamas, procure um médico.




Caso você tenha sido diagnosticada com câncer de mama:



  • Seja paciente e respeite seu ritmo e suas limitações. Elas são temporárias e gradativamente as coisas tendem a se normalizar;

  • Não tente consertar tudo de uma vez, você está num processo de recuperação. Encare-o com esperança e otimismo;

  • Decida quais são as coisas mais importantes para você fazer. Descanse bastante e guarde sua energia para elas;

  • Peça ajuda, não queira fazer tudo sozinha;

  • Peça sempre orientação ao seu médico para amenizar os efeitos colaterais do tratamento;

  • Você nunca estará sozinha.


Não há uma forma específica de como lidar com o câncer de mama, apenas seja gentil consigo mesma e se coloque em primeiro lugar.




Fontes
INCA | Instituto Nacional do Câncer
OMS | Organização Mundial da Saúde
Dra. Tânia de Fátima Moredo | Oncologista do Hospital IGESP
Saiba como prevenir crises da doença falciforme

Saiba como prevenir crises da doença falciforme

A Doença Falciforme (DF) é uma das alterações genéticas de maior incidência no Brasil. De característica hereditária, causa alterações nos glóbulos vermelhos do indivíduo, fazendo com que percam a elasticidade e dificultem a circulação e a chegada de oxigênio nos tecidos do organismo. Pode manifestar-se clinicamente desde o primeiro ano e durar por um longo período, até mesmo durante a vida toda. Saiba como prevenir crises da doença falciforme.


Geralmente, os sintomas mudam de acordo com o perfil de cada paciente. Idade e, principalmente, os hábitos e estilo de vida são fatores determinantes. A gravidade da doença varia em cada organismo e pode levar a morte, porém, na maioria dos casos, acontece devido suas complicações, como infecções, anemia hemolítica e microinfartos.



Principais sinais e complicações causados pela Doença Falciforme:


  • Anemia crônica e icterícia;

  • Crises de dor;

  • Infecções;

  • Sequestro Esplênico Agudo;

  • Acidente Vascular Isquêmico (em crianças e adolescentes);

  • Úlcera de perna.


Tratamentos e métodos preventivos

O exame de eletroforese de hemoglobina é um dos métodos mais comuns para o diagnóstico da doença e, o quanto antes identificá-la, mais rápido será iniciado o acompanhamento multidisciplinar por hematologistas, cardiologistas, neurologistas, entre outros.


Conciliar um estilo de vida saudável, exames e vacinação em dia, controle da hipertensão arterial, além de acompanhamento nutricional, são fundamentais para prevenção à doença.


 




 

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