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Câncer de pele: saiba mais sobre essa doença

O que é a pele?

A pele é o maior órgão do nosso corpo, recobre toda a nossa superfície, nos protege do meio ambiente e regula diversas funções celulares. É incrível como a pele possui tantas funções!

Ao microscópio, é possível dividir a pele em epiderme, derme e hipoderme. Essas camadas são compostas por diferentes tipos de células; terminações nervosas que percebem dor, calor, tato e pressão; sistema imunológico; vasos sanguíneos e linfáticos; glândulas sudorípara e sebácea; unha e pelos.

Células da pele:
1. Células epiteliais escamosas: produzem queratina e citoquinas que regulam funções celulares.
2. Melanócitos: responsáveis pela produção da melanina, pigmento que dá cor à pele e nos protege contra os efeitos deletérios dos raios ultravioleta e da radiação solar.
3. Células dendríticas e linfócitos: atuam na barreira de agressores microbianos, químicos e físicos; interagindo com o sistema imunológico, e sinalizam para que outras células de defesa atuem.

A pele ajuda no controle da temperatura do nosso corpo, na produção de vitamina D, na contenção da água em nosso corpo, na barreira contra infecções. São muitas as funções da pele, por isso precisamos mantê-la saudável.

O que é o câncer de pele e quais os tipos?

O câncer de pele é a neoplasia (tumor) maligno que se origina na pele. Por ser um câncer (células do corpo que crescem fora de controle), as células dessa doença, se dividem de maneira desordenada e podem invadir outros órgãos a distância, causando metástases.

 

Dividimos os cânceres de pele em melanoma e não melanoma:
1. Melanoma: o câncer de pele que se origina nos melanócitos, e é o câncer de pele mais temido, pois tem a capacidade de formar metástases.
2. Não-melanoma: são os carcinomas, os quais são basicamente de 2 tipos; carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. Não costumam causar metástases e por esta razão são curáveis com sua remoção cirúrgica.

Incidência do câncer de pele no Brasil:

Estimativa de novos casos 2020Número de mortes 2019
Melanoma8.450 indivíduos1.978 indivíduos
Carcinoma de pele176.930 indivíduos2.616 indivíduos

Quais são os fatores de risco para o câncer de pele?

Qualquer um pode ter câncer de pele, mas pessoas com certas características correm maior risco.
• Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas – UV), principalmente na infância e adolescência. A exposição ao sol é responsável por mais de 95% dos casos de câncer de pele;
• Exposição a câmeras de bronzeamento artificial;
• Ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino;
• Ter histórico familiar ou pessoal de câncer de pele;
• Ter múltiplos nevos (pintas) pelo corpo com aspecto assimétrico.

Existe prevenção para o câncer de pele?

Sim, existe prevenção para o câncer de pele! Felizmente, o câncer de pele pode ser prevenido quando não nos expomos muito ao sol. A proteção contra os raios UV é importante durante todo o ano, não apenas durante o verão. Os raios UV podem chegar até você em dias nublados e frios e refletem em superfícies como água, cimento, areia…

Veja como é possível evitar esse câncer:
• Use roupas para proteger seu corpo do sol;
• Use chapéus ou bonés para proteger o rosto e o couro cabeludo;
• Use protetor solar (para cada tonalidade de pele existe um filtro mais adequado);
• Use óculos de sol com lentes com proteção ultravioleta;
• Escolha a sombra ao invés do sol;
• Evite bronzeamento artificial, ele expõe os usuários a altos níveis de raios UV. Com o tempo, muita exposição aos raios UV pode causar câncer de pele e catarata.
• Preste atenção em sua pele e consulte um dermatologista caso apareça algum sinal suspeito para o câncer de pele.

Quais são os sintomas e sinais do câncer de pele?

Melanoma
Sinais ABCDE
Assimetria: a forma de metade da mancha não coincide com a outra metade.
Borda: as bordas são irregulares, entalhadas ou dentadas.
Cor: é muitas vezes desigual. Tons de preto, marrom e canela podem estar presentes. Áreas brancas, cinza, rosa, vermelha ou azul também podem ser vistas.
Diâmetro: o diâmetro maior que 6mm.
Evolução: a pinta vem mudando de tamanho, forma, cor ou aparência.

Outros sinais de alerta são:
• Uma ferida que não cicatriza.
• Expansão do pigmento de uma mancha na pele.
• Vermelhidão ou inchaço.
• Coceira, sensibilidade ou dor.
• Mudança na superfície da pinta.

Carcinoma de pele
Em geral, aparecem em áreas de exposição ao sol, em áreas de trauma de pele repetido ou após queimadura severa.
Pode se apresentarem como machucados que não cicatrizam, pele vermelha, áspera, alteração do pigmento da pele, e não estar relacionado com uma pinta (nevo).

Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?

O diagnóstico do câncer de pele é feito através da biópsia e análise por um médico patologista da lesão suspeita.

Quais são os tratamentos para o câncer de pele?

O tratamento para o câncer de pele depende de alguns fatores, como, onde está localizado, o tamanho, o grau de disseminação e a saúde geral do paciente. O tratamento pode variar desde cirurgia exclusiva até imunoterapia ou quimioterapia e radioterapia.


Por Dra. Tânia Moredo, coordenadora do serviço de Oncologia do Hospital IGESP. 

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