Câncer de mama em homens

Homens e mulheres possuem mamas, e apesar de raro, o câncer de mama pode afetar os homens.


O Câncer de mama masculina ocorre em homens preferencialmente entre 60 e 70 anos de idade, e representa menos de 1% dos casos de câncer de mama.


Assim como no câncer de mama em mulheres, esse tumor se origina de uma célula da mama que se divide de maneira desordenada, tornando o tumor capaz de invadir órgãos próximos ou distantes a mama.


Em 2020 a Organização Mundial da Saúde estimou cerca de 2,3 milhões de casos novos de câncer de mama para ambos os sexos em todo o mundo (menos de 23.000 casos em homens).



Lymph nodes = linfonodos
Nipple = mamilo
Aréola = aréola
Chest wall = parede torácica
Ribs = costelas
Fatty tissue = tecido gorduroso
Ducts = ductos mamários




Fatores de risco para câncer de mama em homens


Os fatores de risco para câncer de mama masculino incluem:

 

Idade

O maior fator de risco para o câncer de mama masculino é o envelhecimento. A maioria dos cânceres de mama é diagnosticado em homens entre 60 e 70 anos.


Membros da família com câncer de mama ou genes que predisponham ao câncer de mama.


Homens com parentes de primeiro grau do sexo feminino (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama ou parentes de primeiro grau com câncer de mama masculina, têm risco aumentado para a doença se o câncer tiver sido associado a genes mutados na família.


Os homens, assim como as mulheres, podem herdar genes defeituosos (mutados) que aumentam o risco de câncer de mama


Homens com alterações no gene BRCA2 têm risco aumentado para câncer de mama. As alterações no gene BRCA1 também podem causar a doença, mas o risco não é tão elevado, comparado ao BRCA2. Existem testes que podem detectar genes mutantes, indicados para membros de famílias com alto risco de câncer.


 

Altos níveis de estrogênio

Apesar dos homens não possuírem ovários, eles produzem estrógeno em pequenas quantidades nas suprarrenais e na gordura do tecido subcutâneo. Níveis mais altos de estrogênio têm sido associados a um risco maior de câncer de mama em homens. Altos níveis de estrogênio podem ocorrer em:




  • Homens que estão acima do peso (obesos);

  • Doenças crônicas do fígado, como cirrose;

  • Algumas condições genéticas, como a síndrome de Klinefelter.


 

Síndrome de Klinefelter

A síndrome de Klinefelter é uma condição genética rara em que um homem nasce com um cromossomo feminino extra. Isso significa que ele tem cromossomos XXY em vez de XY, resultando em desequilíbrio hormonal com menor produção de testosterona.


 

Exposição à radioterapia

Homens expostos à radioterapia na área do tórax têm maior risco de desenvolver câncer de mama.

 

Sintomas de câncer de mama em homens


Os sintomas mais comuns em homens com câncer de mama incluem:

  • Caroço na mama que quase sempre é indolor;

  • Lesão no mamilo ou ao redor dele;

  • Secreção do mamilo (com ou sem sangue);

  • Retração de um dos mamilos;

  • Inchaço da mama (ginecomastia);

  • Uma ferida na pele da mama que persiste após algumas semanas;

  • Caroço ou inchaço debaixo do braço (axila).


Se tiver algum destes sintomas, é importante procurar seu médico.

 

Diagnosticando o câncer


A primeira etapa para o diagnóstico da doença ocorre durante a consulta médica, onde são feitos a anamnese (histórico de saúde do paciente) e exame físico.


Em caso de suspeita de câncer, o médico solicita exames de imagem, como a ultrassonografia das mamas e axilas, a mamografia bilateral ou ressonância nuclear magnética das mamas. Nem sempre é possível realizar a mamografia, pois as mamas dos homens costumam ser muito pequenas, e nesse caso, a ressonância é mais indicado.


Se esses testes mostrarem uma área que possa ser câncer, uma amostra (biópsia) do tecido mamário será coletada e analisada por um especialista (patologista). Se a biópsia diagnosticar câncer, serão pedidos exames complementares, exames de sangue para avaliar a função de órgãos e tomografias para avaliar as regiões torácicas e abdominais. Cintilografia óssea é solicitada quando o paciente sente dores ósseas e, no caso de sintomas neurológicos, a ressonância do crânio também pode ser prescrita pelo médico.


Exames adicionais são necessários para avaliar a existência de metástases, condição em que o câncer já progrediu da mama para outros órgãos.


A complementação dos exames é importante para o de estadiamento da doença, que é o processo que determina a localização e a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa.


 

Tratamento para o câncer de mama em homens


Homens com câncer de mama usam tratamento semelhantes a mulheres com a mesma doença, salvo algumas particularidades em hormonioterapia.


 Para decidir sobre o tratamento mais adequado, os médicos geralmente levam em consideração:




  • Tipo de câncer de mama;

  • Tamanho do câncer e se ele se espalhou;

  • Grau de agressividade do câncer;

  • Se as células cancerosas têm receptores hormonais (receptores de estrógeno e progesterona);

  • Se as células têm receptores do tipo HER-2, sigla do inglês: “Human Epidermal growth factor Receptor-type 2” (receptor do fator de crescimento epidermal humano tipo 2).


 

Tipos de tratamento

  • Cirurgia;

  • Quimioterapia;

  • Terapia hormonal;

  • Radioterapia;

  • Terapia alvo.


 

Cirurgia

A operação mais comum é a remoção de toda a mama (mastectomia), incluindo o mamilo. Às vezes o cirurgião também remove parte do músculo subjacente se ele estiver próximo ao câncer (mastectomia radical). Se o cirurgião retirar apenas a glândula mamária, a cirurgia se chama adenomastectomia.


Lymph nodes = linfonodos
Tumor = Tumor
Chest wall = parede torácica
Ribs = costelas
Muscle = Músculo
Fatty tissue = tecido gorduroso
Ducts = ductos mamários


Alguns homens podem fazer uma cirurgia conservadora da mama (removendo o caroço e uma margem de tecido saudável ao redor), dependendo do tamanho da mama e do tamanho do câncer. As cirurgias conservadoras são chamadas de quadrantectomia, nodulectomia ou lumpectomia.



Lumpectomy: Mastectomia
Tumor= Tumor
Lymph nodes= linfonodos
Partial Mastectomy= Mastectomia Parcial
Fatty tissue= tecido gorduroso
Chest wall lining= forro da parede torácica


O cirurgião também pode remover alguns dos gânglios linfáticos da axila, que são enviados ao laboratório para identificar células tumorais, seja por esvaziamento da axila ou pelo procedimento chamado biópsia do linfonodo sentinela.


 

Quimioterapia

A quimioterapia é um tratamento contra o câncer que usa medicamentos para interromper o crescimento das células tumorais. Pode ser administrada via oral ou injetada em uma veia, levando a droga pela corrente sanguínea atingindo as células tumorais em todo o corpo (terapia sistêmica).


É possível fazer a quimioterapia antes ou após a cirurgia. Quando realizada antes, é chamada de quimioterapia neoadjuvante, mas se for realizada após a retirada completa do tumor através da cirurgia, é chamada de adjuvante. Esses tratamentos ajudam a reduzir as chances de o câncer voltar ou se espalhar.


Quando o paciente tem doença metastática, a quimioterapia é usada para destruir os focos da doença em outros órgãos, como ossos, fígado e pulmões.


 

Terapia hormonal

Algumas células do câncer de mama são estimuladas a crescer pelos hormônios estrogênio e progesterona. Os homens têm pequenas quantidades de estrogênio e progesterona em seu corpo e mais de 95% das células de câncer de mama masculinas têm receptores para esses hormônios. Isso é chamado de câncer de mama com receptor hormonal positivo (reconhecidos pelo exame de imuno-histoquímica na biópsia).


Se as células cancerosas tiverem receptores hormonais, o médico pode prescrever terapia hormonal. Isso pode ajudar a reduzir as chances de o câncer voltar ou de destruir a doença quando ela já é metastática.


A terapia hormonal mais comum para o câncer de mama masculino é o tamoxifeno. Os efeitos colaterais incluem:




  • Ondas de calor;

  • Desejo sexual mais baixo;

  • Sensação de enjoo - isso pode passar depois de você tomá-lo por um tempo;

  • Ganho de peso;

  • Dificuldade em dormir;

  • Tristeza ou depressão.


 

Radioterapia

A radioterapia é um tratamento contra o câncer que usa raios-x de alta energia ou outros tipos de radiação para matar as células cancerosas ou impedi-las de crescer. A radioterapia externa usa uma máquina fora do corpo para enviar radiação em direção à área do corpo com câncer.

O médico normalmente sugere a radioterapia após a cirurgia, quando é necessário controlar a doença. Este tratamento reduz o risco de as células tumorais voltarem a crescer na área da mama operada. Também pode ser usada para tratar a mama doente quando o paciente não pode ser operado por algum problema de saúde.

 

Terapia alvo

A terapia alvo é um tipo de tratamento que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar células tumorais específicas. Geralmente causam menos danos às células normais do que a quimioterapia ou a radioterapia. A terapia com anticorpos monoclonais inibidores da tirosina quinase, inibidores da ciclina dependente da quinase e inibidores da rapamicina em mamíferos (mTOR) são tipos de terapias direcionadas que são usadas para tratar homens com câncer de mama.


O médico examinará as células cancerosas em busca de proteínas chamadas receptores HER2, e se as células cancerosas tiverem muitos desses receptores, o médico prescreverá um tratamento medicamentoso direcionado para o paciente. O mais comum para o câncer de mama é o trastuzumabe (Herceptin).


 

Encontrando suporte


É muito comum ouvir falar de câncer de mama em mulheres, mas não é comum ouvir falar disso em homens.

Lidar com um diagnóstico de câncer pode ser difícil, tanto física, como emocionalmente. Como o câncer de mama masculino é raro, procure por um hospital especializado e equipado adequadamente para realizar o tratamento.




Fonte

NIH | National Cancer Institute

 
Cuidar de si é a maior prova de amor

Cuidar de si é a maior prova de amor

A cada ano esse movimento se fortalece e a luta contra o câncer de mama ganha maior visibilidade em todo o mundo. O objetivo é conscientizar a população sobre a prevenção através do diagnóstico precoce e lembrar sobre a importância do cuidado com a saúde.

O câncer de mama é o tipo mais comum no sexo feminino e, como todo câncer, é uma doença resultante da multiplicação de células anormais que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Se diagnosticado no início, as chances de cura podem chegar a 100%. Por isso, o movimento é tão importante e deve ser cada vez mais difundido.

Cuidar de si é a maior prova de amor

Fatores de risco


Ambientais: obesidade ou sobrepeso, principalmente após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica e exposição frequente à radiações ionizantes (Raios-X).


Hormonais: primeira menstruação antes de 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos, ter feito reposição hormonal.


Genético: histórico familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos ou alteração genética.


 

Sinais e Sintomas


Alterações no bico do peito (mamilo), pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço, saída de líquido anormal das mamas. A presença de um ou mais fatores de risco ou mesmo sinais, não significa que a mulher terá necessariamente a doença, mas alterações precisam ser investigadas o quanto antes.




Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte do cânceres de mama são descobertos pelas próprias mulheres, por isso, é importante realizar o autoexame. Se encontrar qualquer alteração nas suas mamas, procure um médico.




Caso você tenha sido diagnosticada com câncer de mama:



  • Seja paciente e respeite seu ritmo e suas limitações. Elas são temporárias e gradativamente as coisas tendem a se normalizar;

  • Não tente consertar tudo de uma vez, você está num processo de recuperação. Encare-o com esperança e otimismo;

  • Decida quais são as coisas mais importantes para você fazer. Descanse bastante e guarde sua energia para elas;

  • Peça ajuda, não queira fazer tudo sozinha;

  • Peça sempre orientação ao seu médico para amenizar os efeitos colaterais do tratamento;

  • Você nunca estará sozinha.


Não há uma forma específica de como lidar com o câncer de mama, apenas seja gentil consigo mesma e se coloque em primeiro lugar.




Fontes
INCA | Instituto Nacional do Câncer
OMS | Organização Mundial da Saúde
Dra. Tânia de Fátima Moredo | Oncologista do Hospital IGESP

Dia Mundial da Segurança do Paciente

Está em nosso DNA oferecer carinho e atenção aos pacientes e seus familiares. Somos motivados a trabalhar pelo bem-estar de todos, prezando pela qualidade dos processos.


Por isso, nós do Hospital IGESP garantimos a segurança dos nossos colaboradores, para que eles possam continuar oferecendo uma assistência segura e um cuidado único para nossos pacientes.


Segurança é um ato de cuidado, com você e com toda nossa equipe.

Setembro Amarelo, se amar e amar a vida!

Setembro Amarelo, se amar e amar a vida!

O Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio.


No Brasil, são registrados anualmente mais de 13 mil suicídios e no mundo, este número chega a mais de 1 milhão de casos. É uma triste realidade e, por isso, é tão importante falar sobre o assunto.

Você sabia que nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas?


Saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo para salvar vidas:

  • Isolamento;

  • Mudanças marcantes de hábitos;

  • Perda de interesse por atividades de que gostava;

  • Descuido com aparência;

  • Piora do desempenho na escola ou no trabalho;

  • Alterações no sono e no apetite;

  • Frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer”…


O suicídio é um ato de comunicação. Quem tira a própria vida, na realidade, tenta se livrar da dor, sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável.

Peça ajuda!
LIGUE 188
A ligação é gratuita e você não precisa de identificar.
CVV – Centro de Valorização a Vida
Saiba como prevenir crises da doença falciforme

Saiba como prevenir crises da doença falciforme

A Doença Falciforme (DF) é uma das alterações genéticas de maior incidência no Brasil. De característica hereditária, causa alterações nos glóbulos vermelhos do indivíduo, fazendo com que percam a elasticidade e dificultem a circulação e a chegada de oxigênio nos tecidos do organismo. Pode manifestar-se clinicamente desde o primeiro ano e durar por um longo período, até mesmo durante a vida toda. Saiba como prevenir crises da doença falciforme.


Geralmente, os sintomas mudam de acordo com o perfil de cada paciente. Idade e, principalmente, os hábitos e estilo de vida são fatores determinantes. A gravidade da doença varia em cada organismo e pode levar a morte, porém, na maioria dos casos, acontece devido suas complicações, como infecções, anemia hemolítica e microinfartos.



Principais sinais e complicações causados pela Doença Falciforme:


  • Anemia crônica e icterícia;

  • Crises de dor;

  • Infecções;

  • Sequestro Esplênico Agudo;

  • Acidente Vascular Isquêmico (em crianças e adolescentes);

  • Úlcera de perna.


Tratamentos e métodos preventivos

O exame de eletroforese de hemoglobina é um dos métodos mais comuns para o diagnóstico da doença e, o quanto antes identificá-la, mais rápido será iniciado o acompanhamento multidisciplinar por hematologistas, cardiologistas, neurologistas, entre outros.


Conciliar um estilo de vida saudável, exames e vacinação em dia, controle da hipertensão arterial, além de acompanhamento nutricional, são fundamentais para prevenção à doença.


 




 

Confira mais dicas sobre saúde e bem-estar!


Acompanhe nossas redes sociais para mais conteúdo!

Entenda o câncer de mama

Entenda o câncer de mama

O que é o câncer de mama?


O câncer de mama é a neoplasia maligna, isso é, um tumor de crescimento rápido, formado por células que se apresentam de forma diferente daqueles presentes do tecido normal, que se origina nas mamas.


As mamas são glândulas localizadas na parte anterior do tórax. São compostas por tecido adiposo e conjuntivo. Como homens e mulheres possuem mamas, o câncer de mama afeta ambos os sexos, felizmente menos de 1% dos casos de mama ocorrem em homens.


Assim como os outros tipos de cânceres, múltiplos fatores são responsáveis por seu aparecimento de tal forma, que uma célula normal da mama pode sofrer o processo de carcinogênese, se tornando maligna, e dar origem ao câncer de mama. Uma vez formado, o câncer de mama pode se espalhar para os gânglios linfáticos ou para outros órgãos distantes, processo que chamamos de metástases.



Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?


O câncer de mama não possui uma causa única. Um fator de risco não determina o câncer isoladamente, mas aumenta as chances de uma pessoa ficar doente de câncer.


Fatores de risco que não podem ser alterados:




  • O risco para ter câncer de mama aumenta conforme a idade; a partir dos 50 anos, possuem um maior risco de desenvolver o câncer de mama, devido às próprias alterações biológicas;

  • Mutações genéticas. Mulheres que herdam certos genes, como BRCA1 e BRCA2 correm maior risco de câncer de mama e de ovário;

  • Histórico reprodutivo. Os primeiros ciclos menstruais e o início da menopausa expõem as mulheres aos hormônios por mais tempo, aumentando o risco de desenvolver câncer de mama;

  • Histórico pessoal de câncer de mama. Mulheres que já tiveram o câncer de mama têm maior probabilidade de tê-lo pela segunda vez;

  • Histórico familiar de câncer de mama ou ovário;

  • Tratamento com radioterapia. Mulheres que fizeram radioterapia nos seios ou tórax antes dos 30 anos têm um risco maior de desenvolver câncer de mama depois de mais velha.


Fatores de risco que podem ser alterados:




  • Não ser fisicamente ativa. Mulheres que não são fisicamente ativas, não praticam exercício físico, têm maior risco de desenvolver câncer de mama;

  • Estar acima do peso ou ser obeso após a menopausa. Mulheres mais velhas com sobrepeso ou obesas possuem maior risco de desenvolver câncer de mama;

  • Tomar hormônios. Algumas formas de terapia de reposição hormonal (aquelas que incluem estrogênio e progesterona) tomada durante a menopausa pode aumentar o risco de câncer de mama quando tomadas por mais de cinco anos. Determinados anticoncepcionais orais (pílulas anticoncepcionais) também aumentam o risco de câncer de mama;

  • História reprodutiva. Ter a primeira gravidez depois dos 30 anos, não amamentar e nunca ter uma gravidez pode aumentar o risco de câncer de mama;

  • Beber álcool. Estudos mostram que o risco de câncer de mama em uma mulher aumenta conforme a quantidade de álcool que ela bebe.


Quais são os sintomas do câncer de mama?


É preciso ficar atenta aos sinais e sintomas, porém, algumas pessoas não apresentam sintomas do câncer de mama, por isso é necessário sempre fazer os exames de rotina, além do exame de toque.



Alguns sinais/sintomas de alerta do câncer de mama são:




  • Caroço na mama ou axila.

  • Inchaço de parte da mama.

  • Irritação da pele da mama.

  • Vermelhidão ou pele escamosa na área do mamilo ou na mama.

  • Dor na área do mamilo.

  • Corrimento mamilar diferente do leite materno, incluindo sangue.

  • Qualquer alteração no tamanho ou formato da mama.

  • Dor em qualquer área da mama.


Esses sintomas podem ocorrer em outras doenças. Se você tiver quaisquer sinais ou sintomas que o preocupem, consulte o seu médico imediatamente.



Estadiamento do câncer de mama


O estadiamento é uma forma de descrever os aspectos do câncer de mama, incluindo o tamanho do tumor, a localização, se ele se espalhou para os linfonodos, se espalhou para partes distantes do corpo, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo.



Estágio Zero (0): o tumor não é invasivo e está restrito à mama;


Estágio I: o tumor da mama tem até 2 centímetros de diâmetro, não invade os linfonodos axilares, ou se o fizer, tem invasão máxima de 2 milímetros;


Estágio II: o tumor da mama possui até 5 centímetros de diâmetro e invasão de 0 a 3 linfonodos axilares ou tumor da mama acima de 5 centímetros de diâmetro que não invadem a parede muscular, a pele e os linfonodos;


Estádio III: qualquer tumor que acabar invadindo acima de 10 linfonodos axilares, tumor de até 5 centímetros de diâmetro que invada até 9 linfonodos axilares, ou tumor da mama que invada a parede torácica e/ou a pele, independente da invasão de linfonodos;


Estádio IV: o tumor da mama de qualquer tamanho, que invada órgãos a distância como ossos, pulmões, fígado e cérebro.




Como posso prevenir o câncer de mama?


Muitos fatores ao longo da vida podem influenciar o risco do câncer de mama.


Você não pode alterar alguns fatores, como envelhecimento ou histórico familiar, mas pode ajudar a reduzir o risco de câncer de mama cuidando de sua saúde da seguinte maneira:




  • Mantenha um peso saudável;

  • Exercite-se regularmente;

  • Não beba álcool;

  • Se você está tomando, ou foi instruído a tomar, terapia de reposição hormonal ou anticoncepcionais, pergunte ao seu médico sobre os riscos e descubra se é adequado para você.

  • Amamentação, se possível;

  • Se você tem um histórico familiar de câncer de mama ou alterações hereditárias nos genes BRCA1 e BRCA2, converse com seu médico sobre outras maneiras de diminuir o risco.


Se manter saudável ao longo da vida diminuirá o risco de desenvolver câncer e aumentará suas chances de sobreviver ao câncer, caso ele ocorra.



O que é o rastreamento do câncer de mama?


Rastreamento do câncer de mama significa verificar se há câncer nos seios de uma mulher antes que haja sinais ou sintomas da doença. Todas as mulheres precisam ser informadas por seu médico sobre as melhores opções de rastreamento para elas.




Como o câncer de mama é diagnosticado?


Os médicos costumam usar testes adicionais para encontrar ou diagnosticar o câncer de mama. Eles podem encaminhar as pacientes para um especialista em mama ou um cirurgião. Isso não significa que ela tenha câncer ou que precise de cirurgia. Esses médicos são especialistas em diagnosticar problemas mamários.




  • Ultrassom mamário: uma máquina que usa ondas sonoras para fazer imagens detalhadas, chamadas de ultrassons, de áreas dentro da mama;

  • Mamografia diagnóstica: se você tiver um problema no seio, como caroços, ou se uma área da mama parecer anormal em uma mamografia de rastreamento, os médicos podem solicitar que você faça uma mamografia diagnóstica. Este é um raio-X mais detalhado da mama;

  • Imagem por ressonância magnética: uma espécie de varredura corporal que usa um ímã conectado a um computador. A ressonância magnética fará imagens detalhadas de áreas dentro da mama;

  • Biópsia: este é um teste que remove tecido ou fluido da mama para ser examinado no microscópio. Existem diferentes tipos de biópsia (por exemplo, aspiração por agulha fina, biópsia central ou biópsia aberta).


Quais são os tratamentos para o câncer de mama?


O câncer de mama é tratado de várias maneiras, porém, depende do tipo de câncer de mama e do estágio que ele se encontra. Pessoas com câncer de mama geralmente recebem mais de um tipo de tratamento, são eles:




  • Cirurgia: uma operação em que os médicos cortam tecido canceroso.

  • Quimioterapia: usar medicamentos especiais para diminuir ou matar as células cancerosas.

  • Terapia hormonal: impede que as células cancerosas obtenham os hormônios de que precisam para crescer.

  • Terapia biológica: trabalha com o sistema imunológico do seu corpo para ajudá-lo a lutar contra as células cancerosas ou para controlar os efeitos colaterais de outros tratamentos contra o câncer.

  • Terapia de radiação: usando raios de alta energia (semelhantes aos raios-X) para matar as células cancerosas.


Médicos de diferentes especialidades costumam trabalhar juntos para tratar o câncer de mama. Os cirurgiões são médicos que realizam operações. Oncologistas médicos são médicos que tratam o câncer com medicamentos. Oncologistas de radiação são médicos que tratam o câncer com radiação.


Lembre-se de consultar sempre o seu médico para ter um diagnóstico completo.






Por Dra. Tânia de Fátima Moredo, oncologista do Hospital IGESP.
Atualizado em 10/08/2021.

Câncer de estômago: saiba mais sobre essa doença

O que é o câncer de estômago?


O câncer de estômago ou câncer gástrico é a neoplasia maligna que se origina no estômago.

Assim como os outros tipos de cânceres, múltiplos fatores são responsáveis pelo seu aparecimento no corpo de tal forma, que uma célula normal do nosso estômago pode sofrer o processo de carcinogênese (se tornar maligna) e dar origem ao câncer de estômago.

Ele pode se espalhar para outros órgãos próximos ao estômago ou até mesmo distantes, processo que chamamos de metástase.

Quais são os fatores de risco?


É importante saber que um fator de risco não determina o câncer isoladamente, mas aumenta as chances de uma pessoa ficar doente.

Existem fatores de risco que não podem ser alterados, como por exemplo, a idade (mais frequente acima de 60 anos), ser do sexo masculino e fatores genéticos. Felizmente apenas 3 a 5% dos cânceres de estômago são hereditários, ou seja, causados por genes herdados de nossos pais.

Também há outros fatores que desempenham um papel no aumento do risco para o câncer de estômago:

  • Fumar;

  • Estar acima do peso ou ser obeso;

  • Uma dieta rica em alimentos defumados, em conserva ou salgados;

  • Cirurgia anterior de estômago para úlcera gástrica;

  • Consumo de álcool;

  • Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. Pylori);

  • Gastrite crônica e úlceras de estômago mal curadas;

  • Trabalho nas indústrias de carvão, metal, madeira ou borracha;

  • Exposição ao amianto;

  • Exposição de trabalhadores rurais a uma série de compostos químicos, em especial, agrotóxicos.


Veja abaixo algumas estatísticas sobre o Câncer de Estômago: 

  • O câncer de estômago é mais comum no sexo masculino, seja no Brasil ou mundo a fora.

  • Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, estima-se para cada ano do triênio 2020-2022, 13.360 casos novos de câncer de estômago entre homens e 7.870 nas mulheres.

  • O câncer de estômago em homens é o segundo mais frequente na Região Norte, nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, é o quarto câncer mais frequente.

  • Para as mulheres, é o quinto câncer mais frequente nas Regiões Norte e Sul, e ocupa a sexta posição no Centro-Oeste e Nordeste, seguido pela Região Sudeste ocupando a sétima posição.


Quais são os principais sintomas do Câncer de Estômago?


No início, o câncer de estômago pode causar:

  • Indigestão;

  • Sensação de inchaço após comer uma refeição;

  • Azia;

  • Ligeira náusea;

  • Perda de apetite.


Episódios eventuais de indigestão ou azia após uma refeição não significam que você tenha câncer, mas se sentir muito esses sintomas, converse com seu médico.

À medida que o câncer gástrico avança, pode haver sintomas mais sérios, como:

  • Dor de estômago;

  • Sangue nas fezes;

  • Vômito;

  • Perda de peso sem motivo;

  • Dificuldade em engolir;

  • Olhos ou pele amarelados;

  • Inchaço no abdômen;

  • Constipação ou diarreia;

  • Fraqueza ou sensação de cansaço;

  • Azia e náuseas.


Como prevenir o câncer de estômago?



  • Adote uma dieta saudável: coloque mais frutas e vegetais frescos em seu prato todos os dias. Eles são ricos em fibras e em algumas vitaminas que podem diminuir o risco de câncer. Evite alimentos muito salgados, em conserva, curados ou defumados, como cachorros-quentes, carnes processadas ou queijos defumados.

  • Mantenha seu peso em um nível saudável: estar acima do peso ou ser obeso também pode aumentar o risco da doença.

  • Não fume: o risco de câncer de estômago duplica se usar tabaco.

  • Faça atividade física regularmente, pois ajuda a diminuir o risco de câncer de estômago.


Como é feito o diagnóstico?


Os médicos normalmente não fazem exames de rotina para câncer de estômago, principalmente por não ser tão comum.

Para o diagnóstico deste tipo de câncer, é necessário passar em consulta médica para uma avaliação, onde será feita uma análise sobre os sintomas, seu histórico médico e se algum membro da família já o teve (histórico familiar). No consultório será realizado o exame clínico e alguns exames adicionais podem ser solicitados, como:

  • Exames de sangue;

  • Endoscopia alta - exame de imagem para examinar o estômago;

  • Tomografia computadorizada – exame de imagem do interior do seu corpo;

  • Biópsia - o médico retira um pequeno pedaço de tecido do estômago para examiná-lo ao microscópio em busca de sinais de células cancerosas. A biópsia pode ser feita durante uma endoscopia.


Todos esses exames podem ser feitos aqui no Hospital IGESP, em nosso Centro de Diagnóstico.

Qual é o tratamento para o câncer de estômago?


O tratamento do câncer de estômago envolve uma equipe multidisciplinar, composta por médico oncologista, cirurgiões, radioterapeuta e nutrólogo. Existem três modalidades de tratamento para esse tipo de câncer: cirurgia, terapia sistêmica (quimioterapia e outras drogas) e radioterapia.

Cirurgia


A cirurgia é um tratamento comum para o câncer de estômago, especialmente quando está nos estágios iniciais. Dependendo da sua situação, é possível incorporar técnicas cirúrgicas minimamente invasivas ao realizar a gastrectomia para ajudar a diminuir o risco de complicações, encurtar o tempo de recuperação e minimizar a dor. Os cânceres de estômago avançados ou agressivos podem exigir gastrectomia parcial ou total.

Terapia sistêmica


É o tratamento que o oncologista faz através da quimioterapia, terapia alvo ou imunoterapia. Cada caso é analisado individualmente e planejado de acordo com os princípios da literatura médica especializada no tratamento do câncer.

Quando o tumor é avançado, mas não existem metástases, o oncologista clínico, realizará quimioterapia pré-operatória para diminuir o câncer e poder posteriormente operá-lo. Se o número de linfonodos for insuficiente, o oncologista poderá encaminhar o paciente para realizar radioterapia e quimioterapia pós-operatório.

A quimioterapia é utilizada no pré e pós-operatório mesmo em tumores em estágios iniciais. Caso a doença seja metastática, o oncologista prescreverá a terapia sistêmica.

Radioterapia


A radioterapia é um dos tratamentos mais comuns para o câncer. A radiação pode ser usada sozinha ou com outros tratamentos, como cirurgia, quimioterapia, hormônios ou terapia direcionada.

A radioterapia usa partículas ou ondas de alta energia, como raios X, raios gama, feixes de elétrons ou prótons, para destruir ou danificar as células cancerosas.

Suas células normalmente crescem e se dividem para formar novas células, mas as células cancerosas crescem e se dividem mais rápido do que a maioria das células normais. A radiação funciona fazendo pequenas rupturas no DNA dentro das células. Essas quebras impedem que as células cancerosas cresçam e se dividam, fazendo com que morram. As células normais próximas também podem ser afetadas pela radiação, mas a maioria se recupera e volta a funcionar como deveria.

A escolha do tratamento para o câncer de estômago depende do estadiamento da doença, isso é, quão avançada a doença esteja, quanto ela se espalhou pelo corpo, sendo 5 estágios:



Estágio 0: é quando o revestimento interno do estômago contém um grupo de células tumorais, mas que ainda não são infiltrativas. Será necessário um procedimento cirúrgico para a cura. O seu médico pode remover parte ou todo o seu estômago, bem como os gânglios linfáticos próximos (pequenos órgãos que fazem parte do sistema de defesa). Em alguns casos, a cirurgia pode ser minimamente invasiva, por endoscopia alta.

Estágio I: neste ponto o paciente tem um tumor no revestimento do estômago, já infiltrativo e pode ter se espalhado para os nódulos linfáticos. Como no estágio 0, o paciente provavelmente fará uma cirurgia para remover parte ou todo o estômago e os gânglios linfáticos próximos. Também pode receber quimioterapia ou quimioterapia associada a radioterapia complementares a cirurgia. A quimioterapia pode ser usada ​antes da cirurgia para reduzir o tumor.

Estágio II: o câncer se espalhou para as camadas mais profundas do estômago e talvez para os nódulos linfáticos próximos. A cirurgia para remover parte ou todo o estômago, bem como os gânglios linfáticos próximos ainda é o tratamento principal. É muito provável que o paciente faça quimioterapia com ou sem radioterapia complementares.

Estágio III: o câncer agora pode estar em todas as camadas do estômago, bem como em outros órgãos próximos ou pode ser menor, mas atingir profundamente os nódulos linfáticos. A quimioterapia poderá ser realizada antes ou após a cirurgia.

Estágio IV: neste último estágio, o câncer se espalhou amplamente para órgãos como o fígado, pulmões ou cérebro. É muito mais difícil de controlá-lo. Poderão ser realizados quimioterapia, radioterapia e eventuais procedimentos cirúrgicos. 

 

Por Dra. Tânia de Fátima Moredo, oncologista do Hospital IGESP.
Atualizado em 02/08/2021.

Hipertensão Arterial, uma doença silenciosa

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, afeta cerca de 31 milhões de brasileiros. É uma doença caracterizada pelos altos níveis da pressão sanguínea nas artérias, e pode afetar o coração, cérebro, olhos e rins.


Essa condição força o coração a exercer um esforço maior do que o habitual para que o sangue seja distribuído corretamente por todo o corpo, sendo um dos principais fatores de risco para doenças como acidente vascular cerebral (AVC), infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.


É uma doença de natureza hereditária, em que 90% dos casos a hipertensão arterial é herdada dos pais. Porém, há diversos outros fatores que influenciam diretamente nos níveis de pressão arterial, dentre eles:




  • Fumo;

  • Consumo de bebidas alcóolicas;

  • Obesidade;

  • Estresse;

  • Elevado consumo de sal;

  • Níveis altos de colesterol;

  • Falta de atividade física.


Em muitos casos, esse problema não demonstra sintomas, por isso, é considerado um inimigo invisível. Nos casos em que a pressão sobe muito, os sintomas costumam aparecer, podendo ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza corporal, visão embaçada e sangramento nasal.


Para diagnosticar a hipertensão, é necessário medir a pressão regulamente. A chamada pressão alta ocorre quando os valores das pressões máxima e mínima estão iguais ou ultrapassam os 140/90 (ou 14 por 9), medida em milímetros (mm) de mercúrio (Hg). Quando os valores se encontram abaixo de 90/60 mmHg, ela é considerada baixa. A forma mais assertiva de aferir a pressão é por meio de Holter e Mapa, assim, de acordo com o valor da medição, é possível saber qual tipo de pressão sanguínea o paciente apresenta.


Dentre os principais pontos que podem colaborar para prevenir essa doença, estão:

  • Manter um peso corporal adequado;

  • Não ingerir grandes quantidades de sal;

  • Praticar atividades físicas regularmente;

  • Não ter o fumo como hábito;

  • Moderar o consumo de álcool;

  • Evitar alimentos gordurosos;

  • Controlar o nível de açúcar no sangue.


A pressão alta não tem cura, mas possui tratamento e pode ser controlada com acompanhamento médico. Ter um estilo de vida saudável é um grande aliado no combate à essa doença.

Parkinson: O que é, quais seus sintomas e tratamentos?

A Doença de Parkinson é uma enfermidade neurológica que afeta diretamente os movimentos do indivíduo, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular e desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.


Apesar dos avanços científicos, o Parkinson continua incurável, é progressiva (apresenta variações em cada paciente) e sua causa é desconhecida. Não existem evidências de que ela seja hereditária. Além disso, o parkinsoniano não tem a capacidade cognitiva e de memória afetadas. A doença também não é considerada fatal ou contagiosa.


Qualquer pessoa, independente de gênero ou raça, pode ser acometido pela Doença de Parkinson, porém, a prevalência - conforme dados da Associação Parkinson Brasil - é em pessoas idosas. A entidade afirma que 1% das pessoas com mais de 65 anos sofrem com esse mal. Geralmente, os primeiros sintomas surgem a partir dos 50 anos de idade. Embora os casos sejam mais raros, também pode acontecer com pessoas mais jovens.



Entendendo a doença


A Doença de Parkinson ocorre devido à degeneração das células de uma determinada região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a dopamina, que é uma substância responsável por levar informações para várias partes do corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta diretamente os movimentos do indivíduo.


Apesar de atingir os movimentos, a progressão do Parkinson no corpo é muito variável e desigual entre os pacientes. Para alguns, pode parecer que a doença está estabilizada, devido a evolução muito lenta. Em geral, a lentidão causada pela enfermidade influencia a qualidade de vida do indivíduo. Em contraste com outras enfermidades, a Doença de Parkinson possui um curso vagaroso, regular e sem rápidas ou dramáticas mudanças.


Devido a esse lento desenvolvimento, o diagnóstico é feito por exclusão. Os médicos recomendam exames como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética e análise do líquido espinhal para terem a certeza de que o paciente não possui outra doença no cérebro. O diagnóstico da doença também baseia-se no histórico clínico da pessoa e nos exames neurológicos. Não há nenhum teste ou exame específico para realizar o diagnóstico do Parkinson.



Sintomas e tratamentos


Segundo a medicina, indivíduos que são acometidos por essa enfermidade apresentam aumentam gradual dos tremores no corpo, maior lentidão de movimentos, começam a arrastar os pés ao caminhar e deixar a postura inclinada para frente.


Sobre os tremores, o mais recorrente afeta os dedos ou as mãos, também atinge a região da mandíbula, queixo, cabeça e/ou pés. Pode ocorrer em um ou nos dois lados do corpo, com intensidades diferentes. Os tremores se tornam mais intensos quando a pessoa está em uma situação de estresse.


Outros sintomas podem estar associados ao início da doença. São eles: rigidez muscular, perda da automação dos movimentos, distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono.


É importante lembrar e compreender que atualmente não existe cura para a doença. Porém, ela possui tratamento, que é utilizado não apenas para combater os sintomas, mas também, para retardar o seu progresso. O grande obstáculo para a cura da Doença de Parkinson está na própria genética humana. No cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam.


Os caminhos que a medicina apresenta para combater a Doença de Parkinson são os remédios e cirurgias, além da fisioterapia e a terapia ocupacional. Elas combatem diretamente os sintomas. O médico neurologista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar da doença de Parkinson, porém, quando a fala se torna comprometida, a fonoaudiologia também é muito importante para auxiliar no tratamento do paciente.

Síndrome Vasovagal | Sintomas, Tratamentos e Prevenção

A Síndrome Vasovagal ou Síncope Vasovagal é a perda transitória da consciência, um desmaio provocado pela diminuição de pressão arterial e dos batimentos cardíacos, causado pela redução da chegada de sangue ao coração e cérebro por ação direta do nervo vago, que conecta o cérebro ao coração.


Essa síndrome não significa necessariamente uma doença orgânica, embora seja de extrema importância excluir condições como Epilepsia, neuropatias autonômicas, doença cerebrovascular e desordens cardíacas ou endócrinas. Ela é mais comum em mulheres e tem maior acometimento durante a juventude.


Apesar de ter maior incidência em jovens, a doença também acomete idosos. Independentemente de ser benigna, esse mal pode ser recorrente, gerando grande impacto na qualidade de vida do indivíduo e aumentando a morbidade desta condição.


Considerando jovens e idosos, aproximadamente 3% da população apresenta a síndrome, conforme o estudo de Framinghan, que acompanhou mais de 5 mil habitantes da cidade de Framinghan durante 26 anos. Trata-se de um problema comum em emergência, representado 3 a 5% dos atendimentos 1 a 6% das admissões hospitalares. Cerca de 1/3 dos pacientes têm recorrência da síncope em três anos.


Entendendo a síndrome


Como citado, é uma doença que pode resultar em intervenções hospitalares. Os primeiros sinais dessa síndrome são: fraqueza, transpiração excessiva, palidez, calor, náusea, tontura, borramento visual, dor de cabeça e palpitações. Sentir grandes emoções, sustos, ingerir bebidas alcoólicas, frequentar ambientes fechados, aglomerações, ficar em jejum, horas em pé ou com ansiedade são outros fatores que podem fazer as pessoas com essa síndrome desmaiarem.


É possível identificar esses portadores por meio de aplicações médicas, a principal é feita através da avaliação dos efeitos do estresse ortostático observados em um teste provocativo. O chamado teste de inclinação, analisa os efeitos sobre a pressão arterial durante um período ou fase não potencializada e durante a fase de estresse farmacológico, que é realizado com auxílio de medicamentos.


O teste consiste em uma mesa inclinável com plataforma para apoio dos pés, cintos de segurança e monitorização dos batimentos cardíacos. O paciente permanece deitado inicialmente por 10 a 20 minutos, na chama fase de repouso. Logo após, a cama é inclinada entre 60 e 70°. A fase inclinada dura de 20 a 45 minutos dependendo do protocolo utilizado. Durante a inclinação, o paciente recebe medicamentos que auxiliam no aumento da sensibilidade do teste.


Este exame possui um caráter educativo importante, pois o paciente aprende a reconhecer seus sintomas e visualizar as alterações envolvidas, aumentando assim seu entendimento e aderência ao tratamento.


Tratamento e prevenção


Com essas informações o tratamento pode ser iniciado, não existe um específico para a Síndrome Vasovagal. Caso o diagnóstico seja confirmado, o médico responsável irá avaliar o quadro do paciente, em alguns casos podendo prescrever medicamentos para evitar a queda da pressão arterial. Geralmente, os cuidados são comportamentais: os portadores dessa síndrome aprendem a evitar alguns ambientes e a controlar as situações que podem desencadeá-la.


Sobre estes cuidados comportamentais, são praticamente métodos preventivos. Entre os mais utilizados podemos citar:


• Não ficar em pé por longos períodos;
• Não consumir bebidas desidratantes, como álcool;
• Evitar ambientes quentes e fechados;
• Movimentar as pernas e as panturrilhas enquanto estiver de pé;
• Ao sentir qualquer sintoma, deitar com as pernas elevadas.


Em geral, pessoas com Síndrome Vasovagal vivem bem. Porém, se não forem tomadas as devidas medidas preventivas, aumentam-se os riscos de fraturas decorrentes das quedas por desmaio, levando a possível sensação de insegurança, podendo acarretar até mesmo em doenças emocionais, como depressão.







Dr. Muhieddine Omar Chokr
CRM: 127.450
1 4 5 6 7 8 15