Entenda por que o coentro é um caso de amor e ódio  

O coentro é uma planta muito utilizada, principalmente, na forma de tempero, sempre presente na culinária indiana, árabe e até no Brasil pelas regiões Norte e Nordeste. No entanto, ela é uma planta que causa muita polêmica, já que há quem ame e quem odeie sua presença nos pratos.  

Mas será que existe uma explicação científica para tanto amor e ódio de uma simples plantinhaSim. Um dos principais componentes do coentro é uma substância química chamada E-(2)-decenal, que consta também na secreção de defesa de alguns insetos. E como os seres humanos tem um gene chamado OR6A2, que permite sentir esse cheiro, podemos dizer que o coentro, para algumas pessoas, tenha sim cheiro e gosto de insetos.  

Mas, para os amantes da planta, o coentro pode trazer uma série de benefícios para a saúde como: rico em polifenóisfitoquímicos e carotenoides; ajuda no controle do açúcar no sangue; tem efeito anti-hiperglicemia por estimular a secreção de insulina; reduz o colesterol e triglicérides; tem efeito diurético; funciona como um detox do organismo; auxilia na remoção do mercúrio ingerido por água contaminada; tem função bactericida contra a salmonela e ação antifúngica. 

O coentro é utilizado também como erva medicinal, ajudando a prevenir algumas doenças, reduzindo os níveis de progesterona para melhorar a fertilidade. A planta é muito consumida em receitas de remédios caseiros para resfriados, febres, náuseas, vômitos, problemas de gastrites, antiparasitas, dores reumáticas e nas juntas.   

Rico em vitamina A, B1, B2, B3 e C, ele ainda conta com ácido fólico, que é um forte aliado do cérebro, faz bem ao coração, pele, unhas e cabelos, previne o câncer e melhora a imunidade. Suas folhas possuem uma concentração maior de vitaminas do que as sementes. A melhor forma de aproveitar suas propriedades, é incluí-lo na culinária em geral. Porém, pode ser usado na forma de extratos vegetais e óleos, a partir do processamento das sementes e folhas.  

O coentro é uma erva que traz muitos benefícios para a saúde, mas o ideal é não exagerar na quantidade quando sua utilização for como tempero, já que não agrada a todos os paladaresComece a utilizá-lo como ingrediente e vá introduzindo aos poucos na preparação das comidas do dia a dia. Quem sabe seu conceito sobre ele possa mudar? Fica a dica! 

*Por Dr. Alexandre Giffonié médico nutrólogo do Hospital IGESP 

Assista a entrevista completa sobre o tema, acesse https://bit.ly/2IQLitZ

 

Jovens são mais suscetíveis aos efeitos do álcool

Jovens são mais suscetíveis aos efeitos do álcool, principalmente no período do Carnaval

*Por Dr. Dante Senra


De acordo com relatório de 2018 da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de três milhões de pessoas em todo mundo morrem anualmente por conta do álcool, o que equivale a 5,3% no total. Para os jovens entre 20 e 29 anos, a taxa é de 13,5%. Dos três milhões, 28% estão relacionados a acidentes de trânsito, violência e suicídio; 21% a distúrbios digestivos; e 19% a doenças cardiovasculares.

E com aproximação do Carnaval, os cuidados devem ser redobrados, principalmente para os mais jovens, que acabam abusando das bebidas alcoólicas e estão mais suscetíveis aos efeitos do álcool no organismo, uma vez que o sistema nervoso deles não está completamente formado e muito menos o fígado, que tem dificuldade em metabolizar uma grande quantidade de álcool.

Os principais efeitos nocivos no organismo são o aumento da frequência cardíaca, o que pode resultar em uma arritmia forte, agitação descontrolada, irritabilidade, perda de memória, insônia entre outros. A junção desses fatores é praticamente uma bomba relógio no organismo dos adolescentes, que ainda pode causar dependência ao álcool.

Não existe uma receita milagrosa para acabar com os efeitos do álcool. Banho frio, movimentar-se com mais frequência, café forte ou ingerir bebidas com menor teor alcoólico. Nada disso é capaz de reduzir os efeitos. A única dica que é importante e realmente efetiva é o consumo de muita água nesse período. Além de hidratar o corpo, a água é a única capaz de diminuir os efeitos desagradáveis da ressaca. Existem alguns estudos que comprovam que quem ingere muita água, acaba bebendo menos bebida alcoólica.

É possível aproveitar o Carnaval de forma responsável, desde de que tudo seja feito com moderação. Preserve a sua saúde e principalmente a sua vida. Bom Carnaval!

Quer saber mais, assista a matéria completa ao programa Domingão do Faustão do Dr. Dante.

 

*Dr. Dante Senra, coordenador do serviço de Clínica Médica e Medicina Intensiva do Hospital IGESP.

Exagerar nas ceias de fim de ano pode causar refluxo

Celebrações de fim de ano costumam ser regadas a muita comida e bebida. Algumas ceias são mais simples e outras mais elaboradas, mas, no geral, a maioria é preparada com um teor elevado de gordura, especiarias e bebidas alcoólicas, o que pode prejudicar a digestão, alterar a normalidade da função digestiva e trazer desconforto. O consumo excessivo destes alimentos pode provocar também um distúrbio muito comum, chamado de refluxo gastroesofágico. 

Para digerir os alimentos necessitamos do ácido clorídrico. Porém, quando ocorre refluxo gastroesofágico, este ácido volta para o esôfago e irrita a mucosa que não está preparada para o seu contato, podendo causar dor e inflamação. Isso acontece na maioria das vezes pela falha de uma válvula muscular chamada esfíncter que deveria impedir que o conteúdo gástrico voltasse. Os principais sintomas são dores na parte superior do abdômen ou no peito, queimação, azia, rouquidão, dificuldade para engolir, sensação de ter a comida entalada, tosse seca, mau hálito, entre outros. O tratamento normalmente envolve: 

  • Dieta alimentar – é necessário evitar alimentos que contenham uma acidez elevada ou de apresentação espessa como molhos, cremes ou doces. Condimentos, bebida alcoólica, pimentas, refrigerantes, café em excesso, chocolates, chás do tipo preto, gorduras, frituras, estão entre os principais provocadores de refluxo.  



  • Mudar o estilo de vida – a obesidade é um dos agravantes do refluxo, assim como o hábito de fumar e comer de forma excessiva. O ideal é fazer pequenas refeições durante o dia e a última acontecer duas horas antes de dormir. Mastigar bem, de forma tranquila, ajuda a digestão.  



  • Medicação – em alguns casos, é necessário a intervenção de medicamentos que reduzem a acidez estomacal e melhoram a inflamação causada pelo suco gástrico e devem ser tomados até que os fatores alimentares e pessoais estejam controlados. A orientação de um gastroenterologista é primordial para prescrição adequada, pois a doença tem caráter crônico e ao longo do tempo restringe a qualidade de vida. 


Portanto, coma e beba com moderação durante o período festivo. Tente levar uma vida saudável com a prática de exercícios físicos e uma alimentação regrada no restante do ano. Ao menor sinal dos sintomas, procure um especialista para avaliar a melhor forma de tratamento. Quem tem a ganhar é você e a sua saúde! 

 

Por Dr. Ricardo Guilherme Viebigé médico gastroenterologista do Hospital IGESP. Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e Presidente da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia. 

 

Dr. Dante Senra, fala sobre alimentação saudável no programa Domingão do Faustão



 

No último domingo (17/12), o apresentador Fausto Silva chamou a atenção dos telespectadores no programa "Domingão do Faustão" para a importância de uma alimentação saudável. E convidou o Dr. Dante Senra, coordenador do serviço de Clínica Médica e Terapia Intensiva, para falar sobre o assunto.

 

 




Assista o trecho do programa:

Colesterol: vilão ou herói?

O colesterol, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, é um elemento importante para o funcionamento normal do nosso organismo. O colesterol está presente em vários processos orgânicos como a formação das células, a produção de hormônios (vitamina D, testosterona, estrógeno, cortisol) e de ácidos que ajudam a digerir gorduras. O ser humano precisa apenas de uma pequena quantidade de colesterol no sangue que é produzida, quase que totalmente, pelo nosso fígado. Porém, existem dois tipos de colesterol, o bom HDL (“High density lipoprotein” ou Lipoproteína de densidade alta) e o ruim LDL (“Low-density lipoprotein” ou Lipoproteína de densidade baixa).

O vilão

O excedente da gordura que ingerimos aumenta os níveis de colesterol ruim (LDL) que contribui para a formação de placas endurecidas nos vasos sanguíneos, principalmente os vasos que irrigam o coração, podendo causar doenças cardiovasculares como o infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC). Isso ocorre porque as placas formadas diminuem o diâmetro dos vasos sanguíneos, dificultando a passagem do sangue.

O herói

Acredita-se que o colesterol bom (HDL) ajuda na remoção do excesso de colesterol ruim, retardando ou inibindo a sua formação. Existem algumas formas de aumentar os níveis de colesterol bom em nosso sangue: pratique exercícios físicos, não fume, tenha uma dieta balanceada e mantenha seu peso adequado.

Fique atento!

Há alguns fatores de risco para o aumento do colesterol ruim como:

  1. Ser mulher na menopausa;

  2. Histórico familiar;

  3. Obesidade;

  4. Hábitos de vida: inatividade física, tabagismo, dieta rica em gordura saturada e tras e açúcares;

  5. Diabetes


Procure um médico e faça exames regularmente.

 

Fontes:

  • Blog do Coração – SOCESP

  • Minha Vida

Oito benefícios ao parar de fumar agora mesmo!

 

Aparência mais envelhecida, pele flácida, rugas precoces (mãos, pescoço e rosto), entre outras características. Quantas pessoas você conhece que já tentaram parar de fumar e nunca conseguiram?

Muitas pessoas começam a fumar com a intenção de parar um dia mas, muitas vezes, não é isso que acontece. O vício, conhecido como tabagismo, é causado pela dependência química à nicotina contida nas folhas do tabaco. Apesar de ser muito difícil parar de fumar, há uma melhora perceptível na qualidade de vida, refletindo na estética - principalmente pele e cabelo.

Conheça os benefícios (imediatos e a longo prazo!) ao parar de fumar.

  1. Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;

  2. Após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue;

  3. Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;

  4. De 12 a 24 horas após, os pulmões já funcionam melhor;

  5. Após dois dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida;

  6. Após três semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação sanguínea melhora;

  7. Após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade;

  8. Após dez anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.


O primeiro passo para parar de fumar é a decisão. Decida por uma vida melhor!

 

Fonte:

  • INCA