Covid-19: Diminuição das medidas preventivas e falta de vacinas

Covid-19: Diminuição das medidas preventivas e falta de vacinas

Enquanto norte-americanos e europeus já têm novos imunizantes à disposição, no Brasil não existe previsão para compra de vacinas.


O aumento de casos da Covid-19 voltou a deixar em alerta a população e os profissionais da saúde. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo já apresentam tendência de crescimento.


Entre as causas apontadas, estão a presença de subvariantes do covid-19, como a BQ.1, e a flexibilidade nas medidas de prevenção, como a volta das aglomerações, a falta do uso de máscaras e de higienização. É o que confirma o infectologista do Hospital IGESP, Marcos Antônio Cyrillo.


“Houve aumento no número de casos leves, moderados e graves (internados em UTIs), isso acontece porque diminuímos as medidas não farmacológicas, além do isolamento e realização de testes e isso quer dizer que precisamos ficar em alerta, por a tendência ser de crescimento semana a semana” explica o especialista.


Na última semana, o Observatório Covid-19 da Fiocruz voltou a orientar o uso de máscaras em locais fechados, com pouca ventilação ou aglomeração de pessoas. A ação de obrigatoriedade das máscaras já está sendo retomada em outros países, e para o médico, o Brasil deve em breve retomar medidas mais robustas em relação a isso.



Vacinas


Especialistas afirmam que a melhor medida de proteção contra o coronavírus é a vacina, sendo fundamental completar o esquema de imunização, incluindo a 2ª dose de reforço. O infectologista do Hospital IGESP ressalta que a preocupação é em relação ao fato de que as subvariantes da Ômicron respondem menos aos imunizantes disponibilizados no Brasil.


Cyrillo aponta dois caminhos a serem tomados no país: “a 5ª dose com a vacina disponível ou trazer os imunizantes chamados de bivalentes da Moderna, ou Pfizer, eficientes contra as novas variantes. Os norte-americanos e os europeus já estão tomando, e por aqui não temos previsão para aquisição de vacinas”, finaliza o infectologista.






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COVID-19 e o impacto no diagnóstico e tratamento do câncer

Declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020, a COVID-19, doença infecciosa causada pelo SARS-CoV-2 (acute respiratory syndrome coronavirus 2, em inglês), descrita pela primeira vez no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, rapidamente se propagou pelo mundo, e vem representando uma ameaça à saúde global.

Em 2 de fevereiro de 2022, a OMS reportou a soma global de 380.321.615 casos confirmados de COVID-19 em todo o mundo, com 5.680.741 óbitos pela doença, desde o início da pandemia. Esses dados refletem o período entre 24 a 25 meses de doença.

Apesar da maioria dos infectados apresentarem sintomas leves, ou até mesmo serem assintomáticos, algumas pessoas desenvolvem quadros clínicos graves, necessitando de hospitalização e podendo evoluir a óbito. No caso dos pacientes com câncer, desde o início da pandemia, as autoridades internacionais da área da saúde os classificaram no grupo de risco para evolução clínica grave e potencial risco de vida.

Incidência mundial de câncer em 2022


De acordo com uma análise feita pela OMS sobre a incidência mundial de câncer em 2022, são esperados 19.292.789 casos novos de câncer no mundo, com 9.958.133 óbitos pela doença para esse mesmo período (Fig. 1 e 2). “Quando comparamos os dados, facilmente se reconhece que o câncer matou em dois anos cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, enquanto a COVID, 5,68 milhões”, analisa Dra. Tânia de Fatima Moredo, oncologista do Hospital IGESP.

Interrupção de tratamento


No início da pandemia, a OMS relatou que um em cada três países da Região Europeia havia interrompido parcialmente ou completamente os serviços de atendimento a pacientes com câncer. No Reino Unido, o atraso no diagnóstico e tratamento oriundo do início da pandemia poderá resultar em aumento de mortalidade nos próximos cinco anos, o que representará 15% a mais de óbito para os cânceres de cólon e reto e 9% para o câncer de mama.
Nos Estados Unidos, a escassez de leitos e equipes médicas, reduziu a frequência de interação entre pacientes e oncologistas em 20%, o que adiou mais de 22 milhões de testes de rastreamento de tumores malignos em 2020.
Além disso, a Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO) descreveu o impacto da pandemia no desempenho de trabalho e estado de saúde dos trabalhadores globais de oncologia pela síndrome de burnout, distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho de um indivíduo.

As medidas de redução de atendimento em hospitais, para limitar o número de pacientes ambulatoriais e internados, postergaram o tratamento de pacientes com câncer estável, limitando o atendimento, apenas, para cirurgia de emergência.

O uso emergente de novas terapias em câncer, como a imunoterapia, e mesmo a quimioterapia tradicional, tiveram que ser adiadas para aqueles adoecidos pela COVID, mesmo em casos de pacientes com doença metastática. “Quimioterapias e cirurgias eletivas foram adiadas para reduzir o risco de infecção por COVID e para conter o esgotamento da rede hospitalar com o excesso de internações por COVID”, comenta.

A oncologista explica que essa interrupção do tratamento convencional poderá aumentar o risco de deterioração em pacientes com câncer e reduzir suas taxas de sobrevivência. “O atraso nas cirurgias eletivas por câncer aumentou consideravelmente os casos avançados e alavancou o número de cirurgias de emergência por câncer”, analisa.

Quarta onda de COVID


Atualmente, o mundo atravessa a quarta onda de COVID. Entretanto, com a disponibilidade de vacinas, a oncologia retomou o ritmo. “A avaliação científica contínua por autoridades médicas e regulatórias sustenta o uso seguro e eficaz das vacinas COVID-19 em pacientes oncológicos. No Brasil, o governo anunciou a aplicação de um novo reforço para pacientes imunossuprimidos – ou seja, uma quarta dose de vacina para esse público. O intervalo também será de quatro meses, contados a partir do primeiro reforço.

A especialista explica que são necessárias ações pragmáticas para lidar com os desafios de tratar os pacientes oncológicos, garantindo seus direitos, segurança, acesso a terapias e bem-estar geral. “Um indivíduo com câncer ou com suspeita de câncer, apenas, deve interromper exames e tratamentos durante o período de recuperação por COVID, ou na suspeita de COVID, até que se tenha certeza de que não está com o vírus. Vamos cuidar dessa doença que matou quase três vezes mais pessoas no mundo do que a COVID em dois anos”, finaliza.

Fig1. Estimativa de números de casos em 2020, todos os tipos de cânceres, ambos os sexos todas as idades.



Dados de incidência de câncer no mundo, para o ano de 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde, de acordo com os Continentes.


Fig2. Estimativa de números de casos em 2020, todos os tipos de cânceres, ambos os sexos todas as idades.



Dados de mortalidade de câncer no mundo, para o ano de 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde, de acordo com os Continentes.







Por Dra. Tânia Moredo, coordenadora do serviço de Oncologia do Hospital IGESP.

COVID-19 | Entenda como a vacina age em seu organismo

A vacinação contra a COVID-19 começou no Brasil e o no dia 21 de janeiro iniciamos o plano de imunização dos nossos profissionais que estão na batalha contra o vírus há meses. Seguindo o cronograma com os grupos prioritários, o objetivo é que toda população seja vacinada.

Toda vacina é desenvolvida com o intuito de estimular a "memória imunológica" no organismo, introduzindo o agente patogênico inativado, enfraquecido ou outras formas de estimular a resposta imune.

Quando o sistema imunológico é atacado por um microrganismo, produz uma reação em cadeia com o objetivo de frear a ação desses agentes. Portanto, quando somos vacinados, nosso corpo é estimulado a produzir anticorpos e quando houver a infecção, o organismo terá uma reposta rápida frente ao agente infectante.

 

Perguntas Frequentes

1 - Pessoas que já testaram positivo para COVID-19, que vivem com HIV, possuem doenças como Asma, DPOC, Cirrose, Diabetes, Pressão Alta, Cardiopatia e Epilepsia também podem tomar a vacina?

Sim, pois as vacinas contém vírus inativados, atenuados ou fragmentados de vírus, sem a capacidade de produzir doenças.

2 - Pessoas que estão em tratamento de câncer ou que já fizeram o tratamento podem tomar a vacina?

O ideal é consultar o médico responsável pelo paciente.

3 - Pessoas que tiveram febre (maior que 37,5°) nas últimas 24 horas antes da aplicação ou que estiverem com febre no momento da aplicação, podem tomar a vacina?

O ideal é consultar o médico responsável pelo paciente.

 

As vacinas são, comprovadamente, um meio eficaz de proteger as pessoas contra inúmeras doenças.




Dr. Marco Antônio Cyrillo
Depressão

Depressão: viver e cuidar

A depressão é uma doença grave e muita gente pode desconhecer os sintomas ou não compreender o sentimento incapacitante provocado.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 322 milhões de pessoas no planeta sofrem da doença. O Brasil é o segundo país com a maior taxa de transtorno depressivo do mundo e o crescimento progressivo de casos da doença provocados pela pandemia com o isolamento social são um alerta para prestarmos mais atenção sobre a necessidade de ter boa saúde mental.

O que é a depressão?
Doença mental que pode atingir qualquer idade, caracterizada pela tristeza persistente, sendo a principal causa de incapacidade em todo o mundo e pode provocar prejuízos na qualidade de vida e até levar ao suicídio. Entre as causas para o desenvolvimento da doença estão: genética, bioquímica e eventos vitais.

Um transtorno depressivo pode ser considerado leve, moderado ou grave, dependendo da intensidade dos sintomas. Transtornos depressivos impedem o indivíduo de exercer atividades simples do dia a dia, prejudicam o trabalho e afetam as atividades sociais. Na pior das hipóteses, um episódio grave de depressão pode levar ao suicídio, tanto que pelo menos 70% das pessoas que tiram suas vidas encontravam-se em estado depressivo.

Sintomas
Entre os sintomas apresentados pelas pessoas que possuem a doença estão: mudanças de humor intensa; perda de interesse e prazer em atividades que antes eram de interesse do indivíduo; energia reduzida; distúrbios de sono, a pessoa pode dormir muito ou ter insônia; distúrbios de apetite, a pessoa pode ter fome exagerada ou não sentir fome; baixa autoestima, falta de concentração, dificuldade para tomar decisões, lentificação e pensamentos de morte.

Como cuidar
É necessário diagnóstico e tratamento psicológico recomendado por um profissional. Também é importante manter um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos , combater o estresse com atividades de lazer e descanso, evitar o consumo de álcool e outras substâncias tóxicas ou químicas.

A depressão não é frescura. É necessário evitar ideias preconceituosas sobre o tema. Já para os portadores da doença, é muito importante ressaltar que você não está sozinho, pois há formas de obter ajuda e aos familiares, amigos e conhecidos que convivem com alguém com diagnóstico de depressão, lembrem-se: o apoio e o ato de se fazer presente é fundamental para ajudar a quem precisa.

Por Abner Morilha, Psicólogo, Doutor em Psiquiatria e mestre em ciências médicas.

Saúde mental e a pandemia: fatores de risco para o bem-estar psicológico

A explosão de casos da Covid-19 é um dos maiores problemas de saúde pública enfrentados pela humanidade nos últimos tempos. O medo do contágio, o consumo frequente de notícias sobre o vírus, o isolamento social que reformulou as relações pessoais, as medidas de segurança e o óbito de algum familiar por causa da doença aumentam os níveis de preocupações.

Diante disso, no contexto de reestabelecimento da “vida normal”, com escolas se preparando para voltar às aulas, escritórios sendo abertos e a necessidade de utilizar o transporte público, o aumento do estresse pode prejudicar a qualidade de vida.

A experiência de uma pandemia gera fatores de risco para o bem-estar psicológico, entre eles:

- Ansiedade.

É caracterizada pelo sentimento desagradável de medo, apreensão, tensão ou desconforto derivado da antecipação do perigo, e pode afetar adultos e crianças. Ansiedade é um sentimento normal, mas pode passar a ser patológico ao prejudicar o dia a dia causando transtornos físicos e psicológicos, como  tontura, tremores, insônia, desmaio e taquicardia, provocados por uma reação exagerada em relação ao estímulo. No momento em que não se sabe exatamente quando a pandemia terá fim, sentimentos provocados pela ansiedade podem ser intensificados.

- Estresse pós-traumático.

É um distúrbio de ansiedade que ocorre após um evento traumático importante. O transtorno pode iniciar entre semanas e meses após o evento desencadeante e entre os sintomas está a reexperiência do episódio que deu origem a doença, isolamento social, dor de cabeça, dificuldade de concentração, irritabilidade e tonturas. Além disso, pode ser dividido entre agudo, quando os sintomas duram de 1 a 3 meses, e crônico, quando duram mais de 3 meses.

- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Caracterizado pela presença de obsessões ou de compulsões em relação a ideias, imagens, preocupações, entre outros. O TOC impele a pessoa a realizar determinada ação ou ato mental para evitar ou diminuir incômodos ou ansiedade. Pessoas com suspeita de infecção da Covid-19 podem desenvolver sintomas compulsivos com a verificação repetida da temperatura corporal ou limpeza.

A psicologia pode oferecer contribuições importantes para minimizar o impacto da Covid-19 na saúde mental da população, com intervenções e tratamentos adequados para garantir a qualidade de vida das pessoas. Por isso, ao identificar sintomas e sentimentos que prejudicam o bem-estar físico e mental durante o dia a dia, procure um médico para realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento indicado.

Você conhece a Síndrome da Fadiga Crônica?

No Brasil, o número de recuperados da COVID-19 já soma mais de 600 mil pessoas. E, no mundo, ultrapassa os 4 milhões. No entanto, quais são as implicações de longo prazo causados pela doença nos pacientes que receberam alta? 

Alguns estudos que estão sendo realizados no Reino Unido buscam entender a condição pós-viral dos pacientes como o cansaço intenso por longas semanas. O sintoma pode estar associado a uma doença pouco conhecida, a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), condição de debilidade que compromete a qualidade de vida. A fadiga, provocada pela doença, não melhora com o repouso, ou seja, o paciente se sente constantemente cansado sem uma causa específica e pode piorar ao realizar atividade física ou mental. 

Principais sintomas da SFC

Além da fadiga, outros sintomas estão associados à síndrome, como dor de garganta, dor muscular, dor nas articulações sem evidência de artrite, dores de cabeça, sono não restaurador e presença de gânglios (íngua) no pescoço ou nas axilas. 

A SFC também pode provocar perturbações gástricas, dificuldade de concentração e oscilação de humor. Além de possuir duração de, no mínimo, seis meses e picos de intensidade na manifestação dos sintomas que varia em cada paciente. 

Como identificar a doença? 

Ainda não há um teste diagnóstico-patológico específico para identificar a Síndrome da Fadiga Crônica, portanto os sintomas continuam a ser a base do diagnóstico clínico, além da exclusão de outras doenças. É importante ressaltar que a síndrome pode afetar qualquer grupo etário. 

Quais são as principais causas?

A doença ainda está sendo estudada e não existe consenso ao indicar um fator que determine essa manifestação, mas, além da infecção viral, outras possibilidades propostas são: depressão, anemia ferropriva, hipoglicemia e mononucleose.

Qual o tratamento?

Não existe um tratamento específico para a SFC, portanto é necessário consultar um médico que irá indicar o melhor tratamento para minimizar os sintomas da doença. 

Apesar da dificuldade em definir a Síndrome da Fadiga Crônica, é importante entender a forma que ela pode estar atrelada às sequelas de infecções virais, como a Covid-19, e outras doenças. Ao sentir algum sintoma, procure um médico para realizar o diagnóstico e receber indicações de tratamento. 

 

Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

A vacina da gripe protege contra a COVID-19?

Não. A vacina da gripe não protege contra o COVID-19.

Então, por que devo me vacinar?

Ao se vacinar, você estará evitando problemas respiratórios que podem ser graves e muito semelhantes aos causados pelo coronavírus, além de evitar os sintomas comuns como febre, tosse e dores no corpo. 

A vacina da gripe é trivalente, ou seja, imuniza contra três tipos de vírus: H1N1, H3N2 e Influenza B. Sua composição é atualizada e recomendada anualmente pela OMS (Organização Mundial da Saúde), baseada em informações sobre a prevalência dos vírus circulantes. Assim, a cada ano, a vacina da gripe muda, para proteger contra os tipos mais comuns do vírus naquela época.

A preocupação central é com o novo coronavírus, mas devemos nos manter atentos também aos sintomas do H1N1, que podem provocar problemas leves, mas também mais severos, inclusive levar a óbito alguns pacientes, como ocorrido em 2019, quando 796 pessoas morreram em decorrência da doença no Brasil.

Campanha nacional de vacinação contra a gripe 2020

De olho no cenário, a campanha nacional de vacinação contra a gripe de 2020 foi adiantada em um mês e teve início no dia 23 de março. Antes, a proposta original era iniciar toda operação na segunda quinzena de abril. Porém, de acordo com o Ministério da Saúde, para proteção da população, a campanha foi antecipada, pois a vacina deixa o sistema imunológico 80% protegido contra cepas do vírus influenza, milhares de vezes mais comuns do que o coronavírus.

Neste ano, o objetivo é imunizar no mínimo 67 milhões de brasileiros, inclusive adultos de 55 a 59 anos, que também poderão receber uma dose gratuitamente nas Unidades de Saúde Pública.

Tão importante quanto as recomendações de isolamento social, a circunstância atual reforça a necessidade em manter o calendário de vacinas em dia, por conta da gripe mas também de outras doenças como o sarampo, por exemplo. 

A campanha de vacinação que iniciou-se no final do mês de março com o principal foco, a princípio em idosos a partir de 60 anos e os trabalhadores da área da saúde. Após o dia 16 de abril, professores de escolas públicas e privadas, doentes crônicos e profissionais das forças de segurança e salvamento também são incluídos.

O Dia D da campanha será em 9 de maio, e a partir de então, crianças de 6 meses a 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias), grávidas, puérperas (mulheres que tiveram um filho nos últimos 45 dias), adultos com 55 a 59 anos, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos, que estão sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional também poderão ser vacinados. O restante da população, que não está inserida nos grupos prioritários, pode ser vacinado em clínicas privadas.

Outras doenças também são preocupantes

Engana-se quem pensa que o coronavírus é a única doença que preocupa a todos nesse momento. No Brasil, embora assuntos ligados à pandemia tenham amortizado o noticiário sobre outras doenças, nossa sociedade está exposta, caso haja descuido, a uma epidemia de dengue, que só neste ano já matou 148 pessoas. Não à toa, a secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, tem reforçado o pedido para que a população fique atenta e aproveite o momento de isolamento para eliminar possíveis focos do mosquito.

Portanto, vivemos um cenário suscetível a vários males, e precisamos estar alertas à quaisquer sintomas, além de tentarmos nos proteger ao máximo, levando a sério tanto as campanhas de vacinação, quanto as medidas de distanciamento social para combatermos a COVID-19, como também eliminarmos possível focos de proliferação do mosquito causador da dengue. É um momento de atenção e solidariedade, porque apenas juntos, e respeitando o direito e também as necessidades de todos, conseguiremos enfrentar a situação em sua completa amplitude.

Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

Como será a pós-pandemia?

O coordenador do serviço de Medicina Intensiva do Hospital IGESP, Dr. Dante Senra, publicou na coluna Viva Bem do portal Uol no último dia 18 de março sobre a reavaliação de valores pós-pandemia.

Confira a opinião do médico sobre o assunto, clique aqui.