Novembro Azul | Sua Saúde Merece Atenção

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens e a estimativa de novos casos para 2020 é de 65.480 - segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Entretanto, ainda é uma tema sensível entre muitos indivíduos. Por isso, o movimento Novembro Azul tem como objetivo promover a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina e, desde 2003, a campanha tem aberto cada vez mais portas para os homens se sentirem mais confortáveis para falar da própria saúde.


A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga com a principal função de produzir esperma. Porém, na presença do câncer, as células crescem desordenadamente e essa glândula endurece. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 51% dos homens nunca consultaram um urologista, o que dificulta a descoberta da doença - que geralmente é silenciosa e quando aparece, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada.


Sintomas:

• Dor óssea;
• Dores ao urinar;
• Vontade de urinar com frequência;
• Presença de sangue ou sêmen na urina.

Fatores de risco:

• Histórico familiar;
• Idade;
• Obesidade.

O câncer de próstata é mais comum entre os homens acima de 50 anos, portanto é recomendado que a partir dessa idade seja realizado o exame de toque retal, que avalia a consistência da próstata e verifica a existência de algum nódulo, o exame é rápido e indolor. Combinado com o exame de sangue (PSA) é a melhor maneira de descobrir a doença e iniciar o tratamento, que tem 90% de chance de cura se diagnosticando precocemente. Além disso, segundo o INCA, hábitos e alimentações saudáveis podem ajudar a diminuir a incidência do câncer de próstata e outras doenças.


A maior demonstração de coragem é cuidar da saúde por você e por quem te ama. Consulte um médico para mais informações!







Dra. Maria Luisa Achui Haga

Saiba como a falta de sono prejudica sua saúde

O sono é uma função biológica fundamental para o reestabelecimento do nosso organismo. Isso porque durante esse período de descanso, muitas coisas acontecem; a memória é consolidada, a energia é restaurada, o corpo fortalece o sistema imunológico, o apetite é regulado, a frequência cardíaca e a pressão arterial são reduzidas favorecendo a saúde do coração.


Contudo, é estimado que de 15% a 27% da população tenha problemas para dormir, ocasionando em várias alterações, dentre elas:


• Cansaço no dia seguinte;
• Irritabilidade;
• Lapsos de memória;
• Falta de atenção.


Porém, pouca gente sabe que os problemas para dormir são condições clínicas tratáveis. Quando esse problema se torna crônico, as principais manifestações são:


• Sonolência diurna exagerada;
• Alterações de humor;
• Alterações da memória e da capacidade mental.


Os distúrbios do sono mais comuns e que colaboram para a má qualidade de vida podem desenvolver outros problemas de saúde. São eles:


Insônia: dificuldade de iniciar e/ou manter o sono, impedindo um descanso reparador, comprometendo as atividades diárias. Esse quadro pode estar relacionado a fatores como ansiedade, problemas clínicos, estresse, entre outros.


Apneia Obstrutiva: é um transtorno potencialmente grave. Durante o sono, a via área torna-se repetidamente bloqueada, pelo relaxamento dos tecidos da faringe e da base da língua, limitando a quantidade de ar que atinge os pulmões e levando a uma parada de respiração que dura até 20 segundos. Após essa parada, a pessoa acorda emitindo um ronco. A condição pode causar enfermidades cardiovasculares a longo prazo, como doenças nas artérias, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).


Narcolepsia: é caracterizada pela sonolência excessiva durante o dia, mesmo quando a pessoa dormiu bem durante toda a noite, podendo estar associada aos distúrbios respiratórios e o sono insuficiente.


O surgimento de problemas como depressão, tensão, instabilidade emocional, problemas de conduta, uso de álcool ou drogas, idealização ou tentativa de suicídio, falta de energia, dores de cabeça e de estômago, piora geral da saúde, podem estar também relacionados aos distúrbios do sono. Por isso, é indicado dormir entre 6 e 8 horas por dia, sem interrupções. Pequenos detalhes podem ajudar a melhorar o sono, ter um ambiente apropriado para dormir, não ir para cama sem sono, evitar ler ou assistir TV na cama, realizar refeições leves até duas horas antes de deitar e ter horários regulares.


Ao sentir que a qualidade do seu sono está afetando o cotidiano, procure um médico!







Dra. Nathalia Zorzenon

Brasil tem 18 casos de Sífilis por hora

A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) perigosa e com risco de morte - se não tratada adequadamente. Geralmente é transmitida por uma pessoa infectada durante a relação sexual, também pode ser propagada em contato direto com o sangue contaminado ou verticalmente, ou seja, de mãe para o feto. Quando não é tratada, a Sífilis pode evoluir e comprometer o sistema nervoso, cardíaco, respiratório, gastrointestinal e levar à morte.


No Brasil, a doença é um desafio para a saúde pública por conta do crescimento no número de casos. Segundo o Ministério da Saúde, o número de casos de Sífilis aumentou em 24% entre 2018 e 2019 - no início de 2020 foram registrados 18 casos por hora. O aumento progressivo da doença é alarmante, sendo necessário cada vez mais campanhas de incentivo para a utilização do preservativo, forma mais eficaz de evitar a doença e outras infecções sexualmente transmissíveis.


Sintomas


A Sífilis se manifesta em 4 fases que apresentam sintomas distintos, sendo que nos 2 primeiros estágios os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior, enquanto no último estágio a doença se torna mais agressiva e acompanhada de complicações, confira:


• Sífilis Primária: aparecimento de uma ferida, entre 10 a 90 dias, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele) que pode desaparecer espontaneamente;


• Sífilis Secundária: os sintomas aparecem entre 6 semanas a 6 meses depois da ferida inicial, geralmente se nota manchas no corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés. Febre, dor de cabeça e mal-estar também são sintomas que podem aparecer e regredirem espontaneamente. Contudo, a doença permanece no organismo;


• Sífilis Latente: fase assintomática da enfermidade, não aparecem sinais ou sintomas da infecção. A bactéria fica latente no organismo;


• Sífilis Terciária: pode surgir entre 2 a 40 anos do início da infecção, com lesões cutâneas e ósseas, além do comprometimento do sistema nervoso central, do sistema cardiovascular e pode levar à morte;


• Sífilis Congênita: a Sífilis é especialmente perigosa se a pessoa infectada for uma gestante. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016 havia mais de meio milhão de casos de Sífilis Congênita no mundo. A doença é transmitida verticalmente, da mãe infectada para o feto, com alta taxa de mortalidade, aborto espontâneo, natimorto, baixo peso ao nascer, prematuridade, sequelas neurológicas e óbito neonatal. A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação. Contudo, quanto mais recente for a infecção na gestante, mais gravemente o feto poderá ser atingido. É fundamental a realização precoce do diagnóstico para iniciar o tratamento que garantirá a saúde da mãe e da criança.


É possível diagnosticar a Sífilis por meio de exame de sangue ou material retirado das lesões, o tratamento é realizado com exames laboratoriais que identificam a evolução da doença e antibióticos que devem ser prescritos e acompanhados por um médico.

A maneira mais segura de prevenção é a utilização da camisinha durante as relações sexuais. Coloque sua saúde em primeiro lugar!




Dra. Natália Zorzenon

Diabetes | O que é e quais são seus perigos?

Segundo uma pesquisa realizada em 2019 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), 463 milhões de pessoas no mundo, entre 20 e 79 anos, possuem Diabetes. As estimativas baseiam-se nos casos diagnosticados, portanto, os números reais assustam pois podem ser ainda maiores que os registrados oficialmente - já que muitas pessoas possuem Diabetes sem terem o conhecimento.


A uma doença silenciosa e perigosa. Você já deve ter ouvido falar que o principal vilão para o desenvolvimento da doença é o açúcar, mas ele não é o único: excesso de calorias ingeridas, má alimentação, obesidade, sedentarismo e histórico familiar são fatores de risco para o avanço dessa enfermidade que se tornou um problema global e tem aumentado cada vez mais nos últimos anos.

O adoecimento acontece por conta da falta de insulina e/ou pela incapacidade da insulina exercer adequadamente sua função no organismo, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue, chamado de hiperglicemia, pode afetar vários órgãos, entre eles os nervos, vasos sanguíneos, rins, olhos, coração, colocando a vida do portador em risco.

Existem diferentes tipos de diabetes:


• Tipo 1 (insulinodependente): geralmente é diagnosticado na infância ou adolescência. O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, resultando na retenção da glicose no sangue ao invés de ser utilizada como energia pelas células do corpo. Nesse caso, a pessoa precisa ser tratada por meio de aplicações diárias de injeções de insulina;


• Tipo 2: responsável por quase 90% dos casos, costuma ser mais comum em adultos e está associado a um estilo de vida não saudável. Surge quando o organismo não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. O tratamento é feito por medicamentos, exercícios físicos e planejamento alimentar.


• Diabetes Gestacional: as mudanças hormonais durante a gravidez podem aumentar o nível de glicose no sangue da gestante, mas o aumento de peso excessivo também é um fator de risco.


Para a detectar a doença é necessário a realização do exame de sangue. Porém, alguns sintomas podem ser identificados com mais facilidade, tais como: poliúria (urinar demais), aumento do apetite, alterações visuais, feridas que demoram a cicatrizar, distúrbios cardíacos e renais.


Não minimize os sintomas, procure um médico para manter os exames em dia e tenha hábitos saudáveis. Quando a Diabetes não é tratada podem surgir complicações graves e com risco de vida. Cuide-se!







Dra. Natália Zorzenon

Conheça os benefícios da leitura para a saúde

A leitura para além do processo de decodificação das palavras, permite que as pessoas encontrem um novo significado de vida e do mundo. Ler desenvolve a capacidade de análise, o pensamento crítico, proporciona conhecimento, fornece informações e estimula diversos sentimentos como alegria, felicidade, apreensão, medo, entre outros.


Você sabia que o hábito de leitura também é benéfico para a saúde mental?


Essencial para o desenvolvimento humano, segundo recentes pesquisas científicas realizadas pela Universidade de Psicologia de Toronto e Universidade de Sussex no Reino Unido, a leitura ativa regiões superiores do cérebro  responsáveis por funções cognitivas como decifrar, compreender, analisar, generalizar e sintetizar. O constante trabalho mental, resultante de leituras traz inúmeros benefícios ao cérebro, sendo um importante aliado na proteção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.


Além disso, o próprio ato de ler é uma atividade relaxante e contribui com a redução do estresse e da ansiedade. O estresse é um problema de saúde mental cada vez mais comum na sociedade atual, caracterizado pela reação do organismo à situações complexas e estímulos exagerados que exigem adaptações físicas e mentais que causam prejuízos na qualidade de vida e, junto com outros fatores, aumentam as possibilidades do desenvolvimento de doenças. O alto nível de estresse pode resultar em problemas como queda de produtividade, desmotivação, irritação, impaciência, insônia, depressão, ansiedade e o desenvolvimento de problemas cardíacos, envelhecimento precoce, doenças de pele e transtornos alimentares.


Sendo a leitura tão importante para a qualidade de vida e para a saúde física e mental: você já separou um livro para ler hoje?


Vale lembrar que o hábito de leitura pode ter início com uma leitura prazerosa em que o leitor participe da busca e escolha de um livro.







Psicóloga Lélia

Os perigos da Osteoporose e a importância da prevenção ao longo da vida

A Osteoporose é uma doença que quase não apresenta sintomas, mas que pode causar graves fraturas que impactam na vida das pessoas em relação a dores, incapacidade e impossibilidade de realizar tarefas rotineiras. A doença é silenciosa, mas atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, com 200 mil óbitos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e, no mundo, esse número chega a 200 milhões de pacientes.

As mulheres, após a menopausa, são as mais afetadas. Segundo a OMS, 1/3 das mulheres brancas acima dos 65 anos são portadoras de osteoporose e estima-se que cerca de 50% das mulheres, com mais de 75 anos, possam sofrer alguma fratura osteoporótica.

A enfermidade é considerada comum, sendo caracterizada pela perda progressiva da massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. A estrutura óssea é formada até os 30 anos, sendo a massa óssea maior no homem do que na mulher, entretanto, a partir dessa idade inicia-se a perda de 0,3% ao ano. Para as mulheres, nos 10 primeiros anos da menopausa, cerca de 3% de massa óssea são perdidas.

Existem diferentes classificações para a Osteoporose, sendo elas:

- Osteoporose pós-menopausa (primária, tipo I): quando a doença atinge mais mulheres devido à queda brusca de estrogênio, hormônio que ajuda a manter o equilíbrio ósseo, após os 50 anos;

- Osteoporose senil (primária, tipo II): relacionada ao envelhecimento, atingindo pessoas com mais de 70 anos. A doença aparece pela deficiência crônica de cálcio, aumento da atividade do paratormônio e diminuição da formação óssea;

- Osteoporose secundária: é decorrente de processos inflamatórios. Pode atingir pessoas com doença renal hepática, endócrina, hematológica ou que utilizam determinados medicamentos.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença podem ser histórico familiar, ser mulher, presença de escoliose, indivíduos magros, tipo constitucional pequeno, aparecimento prematuro de cabelos brancos, consumo de álcool e cigarro, cafeína em excesso, sedentarismo, má nutrição e menopausa.

Para se prevenir, é necessário adotar hábitos saudáveis ao longo da vida. Dietas ricas em alimentos com cálcio, consumo de verduras, diminuir o consumo de carne vermelha, refrigerante, café e sal, além de exposição ao sol de forma moderada, realização de atividades físicas são medidas que podem evitar a doença.

Para quem já possui a doença, a segurança deve vir em primeiro lugar para evitar quedas:

- Prefira pisos antiderrapantes;
- Evite tapetes soltos;
- O corrimão das escadas deve ter altura média de 80 cm e os degraus devem ser marcados com fitas antiderrapantes.

A prevenção é sempre o melhor remédio!




Dra. Julie Muraro de Carvalho
Outubro Rosa

Outubro Rosa: Se conhecer é se cuidar

Nosso corpo tem história, carrega marcas e gera vida e, por isso, deve ser cuidado, amado e protegido. Celebrado mundialmente desde os anos 90, o Outubro Rosa foi criado pela fundação americana Susan G. Komen for the Cure (em português, Susan G. Komen para a cura) e é uma campanha sensível, que incentiva o contato e conhecimento entre mulheres e o seu corpo para combater o câncer de mama.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), essa é a doença que mais acomete mulheres no país e são estimados 66.280 novos casos em 2020. Além disso, o câncer de mama é a principal causa de mortes entre as mulheres brasileiras e, no mundo, essa doença fica em segundo lugar, apenas do câncer de pulmão.

O câncer de mama se desenvolve a partir da multiplicação desordenada das células da mama que formam um tumor maligno, podendo evoluir rapidamente ou lentamente, dependendo do tipo de tumor e comportamento apresentado pela doença. São incomuns em pessoas com menos de 35 anos, sendo mais frequente acima dos 50 anos de idade.

Sintomas:
Os sintomas mais comuns, são o aparecimento de nódulo (“caroço”) endurecido na mama e/ou na axila, geralmente indolor no início da doença (em 60% dos casos), alterações da pele que recobre a mama (aspecto de “casca de laranja”, retrações, alteração da cor da pele), mamas assimétricas, secreções pelo mamilo, em mulheres que não estejam amamentando. Como os homens também têm mama, é interessante ressaltar que o câncer de mama também acomete homens, contudo são relatados em menos de 1% dos casos da doença.

Fatores de risco:
O risco do câncer de mama está relacionado ao aumento da idade, fatores hormonais, como por exemplo, o início da menstruação antes dos 12 anos e menopausa após os 55 anos de idade e a reposição hormonal na menopausa. Ser mulher é um fator de risco pelo menos 100 vezes maior do que ser homem. O risco é mais elevado, também em indivíduos obesos ou sobrepeso, fumantes, aqueles com hábito de consumir bebidas alcoólicas e o sedentarismo. Os fatores genéticos também são importantes, pois ter um parente de primeiro grau com câncer de mama, aumenta o risco da doença, todavia isso não significa ser portador de câncer hereditário. Felizmente o câncer de mama hereditário, ou seja, com genes herdados dos pais, é responsável por apenas 5 a 10% dos casos.

Antigamente, o tratamento local do câncer de mama era muito radical e a maioria das mulheres eram submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica da mama inteira). Hoje são oferecidas cirurgias conservadoras, com a retirada apenas do tumor ou de um segmento da mama afetada pela doença. Mesmo que seja necessário a mastectomia, a mulher pode optar, na maioria das vezes, pela reconstrução imediata da mama, evitando a sensação de mutilação pela doença.

Prevenção:
Para prevenir a doença, o autoexame das mamas e o acompanhamento médico é o melhor caminho para realizar o diagnóstico precoce, fundamental para a realização do tratamento. Seu médico vai indicar quais exames necessários para o diagnóstico da doença, como o ultrassom das mamas e mamografia.
Para diminuir o risco da doença, opte por uma dieta saudável, pratique exercícios físicos regulares e não fume.
Conheça o seu corpo e ao menor dos sintomas, procure seu médico.

Compartilhe informações, fique atenta, apoie outras mulheres ao seu redor e não deixe de consultar o seu médico.
Alzheimer

Como viver e cuidar de portadores de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que, geralmente, atinge pessoas com mais de 65 anos e afeta as funções cognitivas, como a memória do paciente. A doença é grave e é cada vez mais comum na sociedade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência.

Segundo a Alzheimer’s Disease International (ADI), organização mundial de suporte aos portadores da doença e seus familiares, cerca de 36 milhões de indivíduos são portadores da enfermidade no mundo e as projeções apontam um crescimento de 85% de casos até 2030.

Por isso, em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou um Plano de Ação Global, adotado por 194 países, para combater a doença e ressaltar a necessidade urgente de respostas por parte da saúde pública em relação ao cuidado e apoio às pessoas com demência.

Devido a condição grave da doença, o apoio familiar é fundamental para quem possui Alzheimer. Mas ser cuidador pode ser uma tarefa difícil e frustrante que exige estrutura familiar para atender o paciente e garantir qualidade de vida, carinho e atenção de modo a tornar o cuidar um ato de puro amor.

Como cuidador e familiar, o que posso fazer?

● Aposte no afeto e não se afaste, a doença é progressiva sendo necessário o acompanhamento médico e familiar. O paciente precisa de suporte e, acima de tudo, receber o carinho dos seus familiares;

● Não se culpe ou se sinta impotente pela doença, mas busque fazer o possível para ajudar;

● Busque informações sobre a doença, a melhor maneira de compreender o familiar portador de Alzheimer é entender suas limitações e dificuldades. Além de entender como se comportar em determinadas situações.

● Procure apoio em entidades especializadas em Alzheimer. É importante conversar sobre a situação com quem enfrenta o mesmo.

Além do tratamento médico, com o apoio familiar os prejuízos da doença podem ser enfrentados e diminuídos. Ajude quem precisa da sua ajuda!
Depressão

Depressão: viver e cuidar

A depressão é uma doença grave e muita gente pode desconhecer os sintomas ou não compreender o sentimento incapacitante provocado.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 322 milhões de pessoas no planeta sofrem da doença. O Brasil é o segundo país com a maior taxa de transtorno depressivo do mundo e o crescimento progressivo de casos da doença provocados pela pandemia com o isolamento social são um alerta para prestarmos mais atenção sobre a necessidade de ter boa saúde mental.

O que é a depressão?
Doença mental que pode atingir qualquer idade, caracterizada pela tristeza persistente, sendo a principal causa de incapacidade em todo o mundo e pode provocar prejuízos na qualidade de vida e até levar ao suicídio. Entre as causas para o desenvolvimento da doença estão: genética, bioquímica e eventos vitais.

Um transtorno depressivo pode ser considerado leve, moderado ou grave, dependendo da intensidade dos sintomas. Transtornos depressivos impedem o indivíduo de exercer atividades simples do dia a dia, prejudicam o trabalho e afetam as atividades sociais. Na pior das hipóteses, um episódio grave de depressão pode levar ao suicídio, tanto que pelo menos 70% das pessoas que tiram suas vidas encontravam-se em estado depressivo.

Sintomas
Entre os sintomas apresentados pelas pessoas que possuem a doença estão: mudanças de humor intensa; perda de interesse e prazer em atividades que antes eram de interesse do indivíduo; energia reduzida; distúrbios de sono, a pessoa pode dormir muito ou ter insônia; distúrbios de apetite, a pessoa pode ter fome exagerada ou não sentir fome; baixa autoestima, falta de concentração, dificuldade para tomar decisões, lentificação e pensamentos de morte.

Como cuidar
É necessário diagnóstico e tratamento psicológico recomendado por um profissional. Também é importante manter um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos , combater o estresse com atividades de lazer e descanso, evitar o consumo de álcool e outras substâncias tóxicas ou químicas.

A depressão não é frescura. É necessário evitar ideias preconceituosas sobre o tema. Já para os portadores da doença, é muito importante ressaltar que você não está sozinho, pois há formas de obter ajuda e aos familiares, amigos e conhecidos que convivem com alguém com diagnóstico de depressão, lembrem-se: o apoio e o ato de se fazer presente é fundamental para ajudar a quem precisa.

Por Abner Morilha, Psicólogo, Doutor em Psiquiatria e mestre em ciências médicas.

Fazer exercícios físicos é um ato de amor próprio: Como começar a praticar?

A rotina estressante, sedentarismo e uma alimentação não equilibrada podem ser nocivas à saúde. Por isso, é importante cultivar hábitos de vida saudáveis por meio de uma alimentação balanceada, atividades de lazer e relaxantes, como hobbies e meditação, além de uma rotina de exercícios físicos.

Hábitos de vida saudáveis são aliados importantes para promoção da saúde e para prevenção de doenças, podendo, por exemplo, contribuir em diminuir o risco de desenvolvimento de algumas doenças como, obesidade e doenças cardiovasculares.

Fisicamente, manter uma rotina regular de exercícios físicos pode melhorar a circulação sanguínea, ajudar a controlar a pressão arterial e o peso, mantendo o organismo saudável e capaz de tolerar, sem fadiga, as demandas físicas que fazem parte do cotidiano. Exercitar-se possui outros importantes benefícios como, por exemplo, melhorar bem-estar e autoestima, diminuir estresse e aumentar desempenho, produtividade e concentração para realizar diferentes atividades.

Como começar?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para indivíduos saudáveis a recomendação é de, no mínimo, 150 minutos de atividade física por semana para adultos e 300 minutos para crianças e adolescentes. Recomenda-se uma rotina de exercícios aeróbicos, de três a cinco vezes na semana, com duração de 30 a 60 minutos. Exercícios como caminhada, corrida, natação, ciclismo, patinação e dança são ótimas opções para diferentes idades.

Mas lembre-se é importante o acompanhamento e orientações de profissionais, como o médico e educador físico.
A verdadeira beleza está em um corpo e mente saudáveis!

Por Dr. Andrea Bottoni é médico nutrólogo, coordenador da equipe de nutrologia do Hospital IGESP e supervisor do programa de residência médica em nutrologia do Hospital. 
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