Os perigos da Osteoporose e a importância da prevenção ao longo da vida
A Osteoporose é uma doença que quase não apresenta sintomas, mas que pode causar graves fraturas que impactam na vida das pessoas em relação a dores, incapacidade e impossibilidade de realizar tarefas rotineiras. A doença é silenciosa, mas atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, com 200 mil óbitos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e, no mundo, esse número chega a 200 milhões de pacientes.
As mulheres, após a menopausa, são as mais afetadas. Segundo a OMS, 1/3 das mulheres brancas acima dos 65 anos são portadoras de osteoporose e estima-se que cerca de 50% das mulheres, com mais de 75 anos, possam sofrer alguma fratura osteoporótica.
A enfermidade é considerada comum, sendo caracterizada pela perda progressiva da massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. A estrutura óssea é formada até os 30 anos, sendo a massa óssea maior no homem do que na mulher, entretanto, a partir dessa idade inicia-se a perda de 0,3% ao ano. Para as mulheres, nos 10 primeiros anos da menopausa, cerca de 3% de massa óssea são perdidas.
Existem diferentes classificações para a Osteoporose, sendo elas:
– Osteoporose pós-menopausa (primária, tipo I): quando a doença atinge mais mulheres devido à queda brusca de estrogênio, hormônio que ajuda a manter o equilíbrio ósseo, após os 50 anos;
– Osteoporose senil (primária, tipo II): relacionada ao envelhecimento, atingindo pessoas com mais de 70 anos. A doença aparece pela deficiência crônica de cálcio, aumento da atividade do paratormônio e diminuição da formação óssea;
– Osteoporose secundária: é decorrente de processos inflamatórios. Pode atingir pessoas com doença renal hepática, endócrina, hematológica ou que utilizam determinados medicamentos.
Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença podem ser histórico familiar, ser mulher, presença de escoliose, indivíduos magros, tipo constitucional pequeno, aparecimento prematuro de cabelos brancos, consumo de álcool e cigarro, cafeína em excesso, sedentarismo, má nutrição e menopausa.
Para se prevenir, é necessário adotar hábitos saudáveis ao longo da vida. Dietas ricas em alimentos com cálcio, consumo de verduras, diminuir o consumo de carne vermelha, refrigerante, café e sal, além de exposição ao sol de forma moderada, realização de atividades físicas são medidas que podem evitar a doença.
Para quem já possui a doença, a segurança deve vir em primeiro lugar para evitar quedas:
– Prefira pisos antiderrapantes;
– Evite tapetes soltos;
– O corrimão das escadas deve ter altura média de 80 cm e os degraus devem ser marcados com fitas antiderrapantes.
A prevenção é sempre o melhor remédio!
Dra. Julie Muraro de Carvalho