Os perigos da Osteoporose e a importância da prevenção ao longo da vida

A Osteoporose é uma doença que quase não apresenta sintomas, mas que pode causar graves fraturas que impactam na vida das pessoas em relação a dores, incapacidade e impossibilidade de realizar tarefas rotineiras. A doença é silenciosa, mas atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, com 200 mil óbitos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e, no mundo, esse número chega a 200 milhões de pacientes.

As mulheres, após a menopausa, são as mais afetadas. Segundo a OMS, 1/3 das mulheres brancas acima dos 65 anos são portadoras de osteoporose e estima-se que cerca de 50% das mulheres, com mais de 75 anos, possam sofrer alguma fratura osteoporótica.

A enfermidade é considerada comum, sendo caracterizada pela perda progressiva da massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. A estrutura óssea é formada até os 30 anos, sendo a massa óssea maior no homem do que na mulher, entretanto, a partir dessa idade inicia-se a perda de 0,3% ao ano. Para as mulheres, nos 10 primeiros anos da menopausa, cerca de 3% de massa óssea são perdidas.

Existem diferentes classificações para a Osteoporose, sendo elas:

- Osteoporose pós-menopausa (primária, tipo I): quando a doença atinge mais mulheres devido à queda brusca de estrogênio, hormônio que ajuda a manter o equilíbrio ósseo, após os 50 anos;

- Osteoporose senil (primária, tipo II): relacionada ao envelhecimento, atingindo pessoas com mais de 70 anos. A doença aparece pela deficiência crônica de cálcio, aumento da atividade do paratormônio e diminuição da formação óssea;

- Osteoporose secundária: é decorrente de processos inflamatórios. Pode atingir pessoas com doença renal hepática, endócrina, hematológica ou que utilizam determinados medicamentos.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença podem ser histórico familiar, ser mulher, presença de escoliose, indivíduos magros, tipo constitucional pequeno, aparecimento prematuro de cabelos brancos, consumo de álcool e cigarro, cafeína em excesso, sedentarismo, má nutrição e menopausa.

Para se prevenir, é necessário adotar hábitos saudáveis ao longo da vida. Dietas ricas em alimentos com cálcio, consumo de verduras, diminuir o consumo de carne vermelha, refrigerante, café e sal, além de exposição ao sol de forma moderada, realização de atividades físicas são medidas que podem evitar a doença.

Para quem já possui a doença, a segurança deve vir em primeiro lugar para evitar quedas:

- Prefira pisos antiderrapantes;
- Evite tapetes soltos;
- O corrimão das escadas deve ter altura média de 80 cm e os degraus devem ser marcados com fitas antiderrapantes.

A prevenção é sempre o melhor remédio!




Dra. Julie Muraro de Carvalho
Outubro Rosa

Outubro Rosa: Se conhecer é se cuidar

Nosso corpo tem história, carrega marcas e gera vida e, por isso, deve ser cuidado, amado e protegido. Celebrado mundialmente desde os anos 90, o Outubro Rosa foi criado pela fundação americana Susan G. Komen for the Cure (em português, Susan G. Komen para a cura) e é uma campanha sensível, que incentiva o contato e conhecimento entre mulheres e o seu corpo para combater o câncer de mama.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), essa é a doença que mais acomete mulheres no país e são estimados 66.280 novos casos em 2020. Além disso, o câncer de mama é a principal causa de mortes entre as mulheres brasileiras e, no mundo, essa doença fica em segundo lugar, apenas do câncer de pulmão.

O câncer de mama se desenvolve a partir da multiplicação desordenada das células da mama que formam um tumor maligno, podendo evoluir rapidamente ou lentamente, dependendo do tipo de tumor e comportamento apresentado pela doença. São incomuns em pessoas com menos de 35 anos, sendo mais frequente acima dos 50 anos de idade.

Sintomas:
Os sintomas mais comuns, são o aparecimento de nódulo (“caroço”) endurecido na mama e/ou na axila, geralmente indolor no início da doença (em 60% dos casos), alterações da pele que recobre a mama (aspecto de “casca de laranja”, retrações, alteração da cor da pele), mamas assimétricas, secreções pelo mamilo, em mulheres que não estejam amamentando. Como os homens também têm mama, é interessante ressaltar que o câncer de mama também acomete homens, contudo são relatados em menos de 1% dos casos da doença.

Fatores de risco:
O risco do câncer de mama está relacionado ao aumento da idade, fatores hormonais, como por exemplo, o início da menstruação antes dos 12 anos e menopausa após os 55 anos de idade e a reposição hormonal na menopausa. Ser mulher é um fator de risco pelo menos 100 vezes maior do que ser homem. O risco é mais elevado, também em indivíduos obesos ou sobrepeso, fumantes, aqueles com hábito de consumir bebidas alcoólicas e o sedentarismo. Os fatores genéticos também são importantes, pois ter um parente de primeiro grau com câncer de mama, aumenta o risco da doença, todavia isso não significa ser portador de câncer hereditário. Felizmente o câncer de mama hereditário, ou seja, com genes herdados dos pais, é responsável por apenas 5 a 10% dos casos.

Antigamente, o tratamento local do câncer de mama era muito radical e a maioria das mulheres eram submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica da mama inteira). Hoje são oferecidas cirurgias conservadoras, com a retirada apenas do tumor ou de um segmento da mama afetada pela doença. Mesmo que seja necessário a mastectomia, a mulher pode optar, na maioria das vezes, pela reconstrução imediata da mama, evitando a sensação de mutilação pela doença.

Prevenção:
Para prevenir a doença, o autoexame das mamas e o acompanhamento médico é o melhor caminho para realizar o diagnóstico precoce, fundamental para a realização do tratamento. Seu médico vai indicar quais exames necessários para o diagnóstico da doença, como o ultrassom das mamas e mamografia.
Para diminuir o risco da doença, opte por uma dieta saudável, pratique exercícios físicos regulares e não fume.
Conheça o seu corpo e ao menor dos sintomas, procure seu médico.

Compartilhe informações, fique atenta, apoie outras mulheres ao seu redor e não deixe de consultar o seu médico.
Alzheimer

Como viver e cuidar de portadores de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que, geralmente, atinge pessoas com mais de 65 anos e afeta as funções cognitivas, como a memória do paciente. A doença é grave e é cada vez mais comum na sociedade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência.

Segundo a Alzheimer’s Disease International (ADI), organização mundial de suporte aos portadores da doença e seus familiares, cerca de 36 milhões de indivíduos são portadores da enfermidade no mundo e as projeções apontam um crescimento de 85% de casos até 2030.

Por isso, em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou um Plano de Ação Global, adotado por 194 países, para combater a doença e ressaltar a necessidade urgente de respostas por parte da saúde pública em relação ao cuidado e apoio às pessoas com demência.

Devido a condição grave da doença, o apoio familiar é fundamental para quem possui Alzheimer. Mas ser cuidador pode ser uma tarefa difícil e frustrante que exige estrutura familiar para atender o paciente e garantir qualidade de vida, carinho e atenção de modo a tornar o cuidar um ato de puro amor.

Como cuidador e familiar, o que posso fazer?

● Aposte no afeto e não se afaste, a doença é progressiva sendo necessário o acompanhamento médico e familiar. O paciente precisa de suporte e, acima de tudo, receber o carinho dos seus familiares;

● Não se culpe ou se sinta impotente pela doença, mas busque fazer o possível para ajudar;

● Busque informações sobre a doença, a melhor maneira de compreender o familiar portador de Alzheimer é entender suas limitações e dificuldades. Além de entender como se comportar em determinadas situações.

● Procure apoio em entidades especializadas em Alzheimer. É importante conversar sobre a situação com quem enfrenta o mesmo.

Além do tratamento médico, com o apoio familiar os prejuízos da doença podem ser enfrentados e diminuídos. Ajude quem precisa da sua ajuda!

Conheça os tipos de alergia e como tratá-las

O aparecimento repentino de bolinhas na pele, vermelhidão, coceira e muitos espirros pode indicar um caso de alergia. Apesar de parecer inofensiva, se não for cuidada, pode desencadear reações mais graves, principalmente em crianças.

Existem cinco tipos de alergias que podem surgir após o contato do corpo com alguma substância considerada estranha. Entenda cada uma delas:

- Alergia alimentar:
Algumas pessoas possuem sensibilidade a alimentos, como leite de vaca, amendoim, peixes e frutos do mar. Dependendo do nível de intolerância, algumas reações são leves e outras podem ser severas, por isso, após o diagnóstico da substância que causa a alergia, o recomendado é parar de consumi-la!

- Alergia ocular:
Geralmente acontece por causa da conjuntivite, provocando irritação e vermelhidão nos olhos, podendo ser tratada com medicamentos anti-histamínicos. Atenção, é importante evitar colocar as mãos sujas nos olhos para não agravar o caso de alergia.

- Alergia de pele:
Pode gerar casos leves e graves de coceira intensa, por isso o mais importante é identificar a origem do alérgeno. Entre as causas para a reação está a dermatite de contato irritativa, inflamação na pele decorrente da exposição a um agente capaz de causar a irritação ou a alergia, o uso excessivo do álcool gel pode gerar alguns casos. No tratamento, é necessário lavar o local e utilizar antialérgicos específicos que devem ser recomendados por um médico.

- Alergia respiratória:
Acometem a maior parte da população, sendo uma doença crônica que não possui cura, mas pode ser tratada para melhorar a qualidade de vida. As alergias respiratórias geralmente são desencadeadas após a exposição do indivíduo à ácaros, poeira doméstica, pelos de animais ou fungos e podem ser: asma, que causa falta de ar; cansaço e tosse; ou rinite alérgica, que provoca espirros, obstrução nasal e coriza. Para evitar os quadros de erupção da alergia é importante manter o ambiente limpo e realizar o tratamento indicado por um médico especialista.

- Choque anafilático:
É uma reação alérgica muito grave e que pode levar ao óbito, por isso exige muita atenção e cuidado. Os sintomas aparecem pouco tempo depois do contato com a substância que causa alergia, como camarão, veneno de abelha ou alguns medicamentos, causando inchaço da boca, nariz e olhos, dificultando a respiração, aumentando os batimentos cardíacos, provocando náuseas e vômitos. O tratamento precisa ser iniciado imediatamente, o recomendado nesses casos é chamar uma ambulância.

As alergias podem ocorrer em qualquer idade, mas é na infância que muitos sintomas se desenvolvem. Muitas alergias possuem predisposição genética, por isso, se a criança apresentar alguma das características mencionadas, verifique o histórico familiar e realize os exames clínicos indicados.

Identificar o tipo de alergia é o primeiro passo para controlar a doença, manter a casa ventilada e limpa, os colchões e travesseiros devem ser trocados anualmente e você pode investir em capas de proteção contra ácaros. Além disso, os diagnósticos de cada tipo de alergia devem ser realizados por meio de análises clínicas e testes laboratoriais.

Procure sempre um médico especialista para obter a orientação e seguir o tratamento correto!

Por Dra. Renata Orlandi, dermatologista do Hospital IGESP.

Você conhece a Síndrome da Fadiga Crônica?

No Brasil, o número de recuperados da COVID-19 já soma mais de 600 mil pessoas. E, no mundo, ultrapassa os 4 milhões. No entanto, quais são as implicações de longo prazo causados pela doença nos pacientes que receberam alta? 

Alguns estudos que estão sendo realizados no Reino Unido buscam entender a condição pós-viral dos pacientes como o cansaço intenso por longas semanas. O sintoma pode estar associado a uma doença pouco conhecida, a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), condição de debilidade que compromete a qualidade de vida. A fadiga, provocada pela doença, não melhora com o repouso, ou seja, o paciente se sente constantemente cansado sem uma causa específica e pode piorar ao realizar atividade física ou mental. 

Principais sintomas da SFC

Além da fadiga, outros sintomas estão associados à síndrome, como dor de garganta, dor muscular, dor nas articulações sem evidência de artrite, dores de cabeça, sono não restaurador e presença de gânglios (íngua) no pescoço ou nas axilas. 

A SFC também pode provocar perturbações gástricas, dificuldade de concentração e oscilação de humor. Além de possuir duração de, no mínimo, seis meses e picos de intensidade na manifestação dos sintomas que varia em cada paciente. 

Como identificar a doença? 

Ainda não há um teste diagnóstico-patológico específico para identificar a Síndrome da Fadiga Crônica, portanto os sintomas continuam a ser a base do diagnóstico clínico, além da exclusão de outras doenças. É importante ressaltar que a síndrome pode afetar qualquer grupo etário. 

Quais são as principais causas?

A doença ainda está sendo estudada e não existe consenso ao indicar um fator que determine essa manifestação, mas, além da infecção viral, outras possibilidades propostas são: depressão, anemia ferropriva, hipoglicemia e mononucleose.

Qual o tratamento?

Não existe um tratamento específico para a SFC, portanto é necessário consultar um médico que irá indicar o melhor tratamento para minimizar os sintomas da doença. 

Apesar da dificuldade em definir a Síndrome da Fadiga Crônica, é importante entender a forma que ela pode estar atrelada às sequelas de infecções virais, como a Covid-19, e outras doenças. Ao sentir algum sintoma, procure um médico para realizar o diagnóstico e receber indicações de tratamento. 

 

Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

Verdades e mitos sobre o Coronavírus

Ao mesmo tempo em que a internet e o uso das mídias sociais aproximam pessoas e agilizam a troca de informações relevantes, há a disseminação das “fake news” de forma irresponsável. O fato de o coronavírus estar sendo estudado pela classe científica pode causar ansiedade para a maioria das pessoas. 

Por isso, preparamos um artigo que traz verdades e mitos sobre o coronavírus, escrito por nosso infectologista e diretor clínico, Dr. Marco Antônio Cyrillo.

O coronavírus foi descoberto recentemente: MITO. 

O que realmente é verdade e se sabe com segurança é que o coronavírus foi descoberto nos anos 60 e desde então são conhecidos 26 tipos do mesmo. A maioria deles não causa infecção ou doenças nas pessoas, mas há dois tipos que foram associados a doenças respiratórias graves, o SARS-CoV e o MERS-CoV, responsáveis pela Síndrome Respiratória Aguda Grave e pela Síndrome Respiratória do Oriente Médio. O que foi recentemente descoberto foi o tipo COVID-19. 

O coronavírus pode ser transmitido por animais e pessoas: VERDADE.

De modo geral, o coronavírus pode ser transmitido com mais frequência de animais para pessoas, mas também podem ser transmitidos entre pessoas, como no caso do COVID-19, que também está associado a doenças respiratórias. Sem saber que está doente, uma pessoa infectada pode contaminar até outras cinco, em uma distância de até 3 metros, já que o coronavírus é transmitido por inalação de gotículas, ou ainda por contato direto. 

Casos relacionados ao coronavírus COVID-19 foram identificados na China, Tailândia, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos. No Brasil, já há casos confirmados par a doença.

Os sintomas do coronavírus podem ser semelhantes aos da gripe: VERDADE.

Entre os sintomas, os infectados podem apresentar febre, coriza, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e dificuldade para respirar. No caso das infecções mais graves, podem surgir também dores musculares e sintomas gastrointestinais, como diarreia e vômito, além de alterações no exame de sangue, como diminuição na quantidade de linfócitos, plaquetas e neutrófilos. Há casos em que o paciente não tem sintomas.

Para me prevenir da doença, é necessário que eu evite sair de casa: VERDADE.

Além disso, como medida de prevenção, higienize as mãos e não compartilhe objetos pessoais que são utilizados com frequência como talheres e copos, evite o contato com pessoas que possuem sintomas de infecção respiratória, contato com animais doentes, tocar os olhos, nariz e boca, tapar o nariz e boca quando for espirrar ou tossir para evitar espalhar o vírus pelo ar. E a atenção deve ser redobrada para aqueles que são portadores do vírus HIV e doenças pulmonares, idosos, cardíacos e crianças.

Gestantes podem transmitir o vírus para seu bebê: VERDADE.

Gestantes também precisam de cuidados não apenas por elas, mas também porque o coronavírus pode ser transmitido da mãe para o filho. Pelo menos é o que estão observando os médicos do Hospital Infantil de Wuhan, epicentro da doença na China, após um primeiro caso em que o bebê apresentou o vírus 30 horas após seu nascimento. Infelizmente, sua mãe estava infectada. 

O diagnóstico da doença deve ser feito por um médico: VERDADE. 

O diagnóstico da doença é feito através clínico, ou seja, por meio da avaliação feita por um médico dos sintomas apresentados que foram definidos de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, o médico também pode se basear em resultados de exames específicos que identificam a presença de antígenos e anticorpos contra o vírus, o tipo de vírus e a respectiva quantidade. 

Não existe um tratamento adequado para a doença: VERDADE.

Diferentemente do disseminado nas “fake news”, não existe um tratamento exato para a doença. O indicado é fazer uso de medidas de suporte como hidratação, repouso e alimentação adequada, leve e equilibrada. Remédios que possam atuar contra o coronavírus bem como o desenvolvimento de uma vacina estão sendo estudados, mas tudo isso ainda se encontra em andamento. 

Fique atento às “fake news” disseminadas de origens não confiáveis. “Mel milagroso”, “chá imunológico” e a combinação de óleos naturais como cura da doença são mitos. Em caso de dúvida, não hesite em buscar fontes oficiais e sempre contatar o seu médico. 

Conheça mais sobre o Coronavírus

O que é?

O Coronavírus faz parte de uma grande família de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais.

Quais são os principais sintomas? 

Os principais sintomas são febre, tosse e dificuldades para respirar.

Quais são os fatores de risco?

Nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas, histórico de viagem a área com transmissão local ou contato próximo com caso suspeito ou confirmado para coronavírus (COVID-19).

Como é feita a transmissão?

Ocorre a transmissão pessoa-a-pessoa, transmitido pela via respiratória, por gotículas, tosse e espirro ou pelo contato, seja contato direto com pessoa infectada, como toque ou aperto de mãos ou contato indireto com objetos ou superfícies contaminadas.

Prevenção: o que devo fazer?

  • Cubra sempre o nariz e a boca ao tossir e ao espirrar;

  • Utilize lenços descartáveis e jogue-os no lixo após o uso;

  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel;

  • Evite tocar olhos, nariz e boca;

  • Não compartilhe objetos de uso pessoal;

  • Evite aglomerações.

Cirurgia bariátrica: Quando é uma boa opção?

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde, a obesidade voltou a crescer no Brasil a níveis alarmantes. No país, mais da metade da população (55,7%) tem excesso de peso e a prevalência da obesidade ultrapassou os 19%. Entre 2006 e 2018, o índice da obesidade aumentou em 67,8% acarretando, além do sobrepeso, no desenvolvimento de doenças relacionadas a isso, como a diabetes, a hipertensão, o colesterol alto e muitos outros problemas.

A alimentação desequilibrada, com o alto consumo de alimentos ultraprocessados e açucarados junto a vida sedentária contribuem para o agravamento do quadro. Diante da dificuldade em adquirir novos hábitos, muitas pessoas acabam recorrendo a cirurgia bariátrica como única alternativa, quando na verdade ela deve ser uma das opções de tratamento da obesidade, aliada aos hábitos saudáveis. Até porque, caso esses hábitos não sejam adotados, o paciente pode voltar a engordar após certo período de realização da cirurgia.

Seguindo as orientações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com IMC – índice de massa corpórea – igual ou maior a 40 ou IMC entre 35 e 39,9 com no mínimo uma doença associada. Por se tratar de um procedimento complexo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou quatro tipos de procedimentos, que podem variar de acordo com a avalição realizada pelo cirurgião e as condições de saúde do paciente.

Dentre os procedimentos, o mais comum é o Bypass Gástrico, representando 75% dos casos. Ele reduz em 90% a capacidade do estômago, diminuindo a ingestão de alimentos e desviando-os para a primeira parte do intestino (duodeno) até a porção intermediária (jejuno). Com isso, reduz-se a liberação do hormônio da fome (grelina) e de outros liberados pelo próprio intestino. Além do rápido equilíbrio das complicações da obesidade, a perda de peso é também considerável.

Antes de realizar o procedimento, algumas medidas devem ser adotadas pelo paciente, tais como: alimentação balanceada e sem exageros; quem fuma, deve parar 30 dias antes para evitar complicações pulmonares; é preciso fazer um acompanhamento psicológico antes e depois para dar todo o apoio necessário, identificar possíveis distúrbios alimentares ou relacionados ao consumo de álcool e drogas.

O pós-operatório também requer cuidados e a alimentação deverá ser reintroduzida aos poucos. De sete a dez dias após a cirurgia, os alimentos serão todos líquidos e fracionados, passando, depois, a serem pastosos ou cremosos e somente de 25 a 30 dias após o procedimento é que os alimentos em sua forma sólida serão recolocados na dieta.

Para que se obtenha sucesso ao final desse processo de intervenção cirúrgica, as mudanças alimentares precisam fazer parte dessa nova vida. Não baste reduzir a quantidade e não melhorar a qualidade dos alimentos, é preciso estabelecer uma dieta rica em legumes, verduras, frutas, fibras, proteínas e carboidratos de qualidade. Além disso, a prática de atividades físicas, aeróbicas e de fortalecimento muscular são também fundamentais para chegar ao resultado físico desejado.

*Dr. José Afonso Sallet, médico gastroenterologista do Hospital IGESP.

Catapora: vacinação é a melhor forma de prevenir a doença

A catapora ou varicela, como também é conhecida, é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, provocada pelo vírus Varicela-Zoster. Muito comum em crianças, na faixa etária de 1 a 4 anos, é uma doença a princípio benigna, porém, deve ser acompanhada para evitar possíveis complicações. Somente no Brasil, entre os anos de 2012 e 2017, foram registrados mais de 600 mil casos da doença, com mais incidência nas regiões Sul e Sudeste.

Veja abaixo os sintomas, complicações, tratamento e a prevenção para a catapora:

Sintomas

Os principais sintomas da catapora aparecem, normalmente, entre 10 a 21 dias da contaminação e geralmente se apresentam em quadros de febre baixa, manchas vermelhas e bolhas pelo corpo que causam coceira, cansaço, mal-estar, dor de cabeça e perda de apetite. As manchas e bolhas costumam aparecer primeiramente no rosto e no couro cabeludo, espalhando-se posteriormente para o restante do corpo. Quando as bolhas começam a secar, provocam bastante coceira, mas o ideal é que não as cocem, para evitar que infeccionem ainda mais.

Complicações

Normalmente as complicações acontecem em indivíduos com a imunidade baixa, mas toda atenção é pouca. Febre por mais de quatro dias acima de 38,8°C, mesmo com uso de antitérmicos, bolhas que se espalham afetando os olhos, tontura, tremores, dificuldade de encostar o queixo no peito, vômito ou tosse em excesso são alguns dos sintomas que indicam possíveis complicações e o médico deve ser procurado o quanto antes. Entre as principais complicações estão a encefalite (inflamação aguda no sistema nervoso central), edema cerebral, pneumonia, infecções na pele e ouvido e diminuição no número de plaquetas.

Tratamento

Embora não tenha um tratamento específico, o paciente pode ser medicado, principalmente, com analgésicos (para combater as dores), antitérmicos (para baixar a febre) e antialérgicos (para aliviar a coceira). Casos mais graves e de risco podem envolver o uso de antibióticos e antivirais.

Prevenção

Para todos os casos, a melhor forma de prevenir a catapora é por meio da vacinação. Tanto o SUS quanto a rede privada, disponibilizam a Vacina Tetra Viral (MMRV), que previne, além da catapora, o sarampo, a caxumba e a rubéola. Podem ser vacinadas, crianças saudáveis a partir dos 12 meses, com reforço aos quatro anos de idade. Adultos que não tiveram a doença ou não tiveram contato com a mesma, também devem receber duas doses da vacina, que tem uma eficácia de 96 a 98% e é muito mais segura que um quadro da infecção.

*Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

Novembro Azul | Mês de Prevenção ao Câncer de Próstata

No mês da prevenção do câncer de próstata, preparamos um folder para falar sobre o que é a doença, fatores de risco, sinais e sintomas e como se prevenir. Ninguém melhor que você para perceber alterações no seu corpo, não deixe de consultar sempre seu médico e cuidar da sua saúde. Confira o material completo:

Tríplice viral: você sabe a importância desta vacina?

Nos últimos meses, observamos um número crescente de casos de sarampo no país. De acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, de junho a setembro, mais de três mil novos casos da doença foram confirmados e quatro mortes foram registradas desde o início da epidemia.

Há, porém, uma questão que acendeu um alerta na comunidade médica. Assim como o sarampo, doença que havia sido erradica do país em 2015, a caxumba também voltou a infectar a população e isso não é mera coincidência: ambas são evitadas pela vacina tríplice viral, que registrou queda na adesão nos últimos anos.

Diante de um cenário aparentemente seguro, com as doenças consideradas erradicadas, muitos pais optaram por não vacinar seus filhos e este foi um dos principais motivos para o retorno dessas enfermidades. O que de fato acontece é que a vacinação é necessária, justamente, para evitar este cenário atual, pois controla a incidência das doenças e deve ser tomada mesmo que não existam casos ou surtos recentes.

Além da caxumba e do sarampo, a vacina tríplice viral imuniza também contra a rubéola, uma doença viral aguda e muito contagiosa, que apresenta grandes riscos, principalmente para gestantes, acarretando inúmeras complicações para mãe e para a criança. Todas as três doenças, por se tratarem de aspectos virais, não possuem tratamento, portanto, a melhor medida de combate é a prevenção, feita por meio da vacinação.

Com o objetivo de diferenciar a manifestação de cada uma dessas doenças, veja a seguir os principais sintomas. Caso apresente-os, procure orientação médica o quanto antes.

Sarampo
Os sintomas aparecem, em média, após 10 dias da exposição ao vírus. Os principais sintomas são coriza, tosse, conjuntivite e febre alta. De três a cinco dias após o início dos sintomas, surgem manchas na pele que começam pelo rosto e espalham-se pelo pescoço, tronco, braços, pernas e pés. Algumas pessoas ainda apresentam manchas brancas no interior da boca, conhecidas como manchas de Koplik.

Caxumba
Os sintomas são mais fortes em adultos e os mais comuns são inchaço e dor nas laterais do pescoço, logo abaixo do maxilar, náuseas, vômitos, pancreatite, rigidez na nuca e dor de cabeça. É preciso repouso relativo.

Rubéola
Os sintomas iniciais da rubéola são parecidos com os da gripe e, geralmente, manifestam-se com febre baixa, olhos vermelhos e lacrimejantes, tosse e secreção nasal. Pode apresentar dores de cabeça, mal-estar, gânglios aumentados próximos ao pescoço e machas na pele que não causam coceira.

*Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.