Você conhece a Síndrome da Fadiga Crônica?

No Brasil, o número de recuperados da COVID-19 já soma mais de 600 mil pessoas. E, no mundo, ultrapassa os 4 milhões. No entanto, quais são as implicações de longo prazo causados pela doença nos pacientes que receberam alta? 

Alguns estudos que estão sendo realizados no Reino Unido buscam entender a condição pós-viral dos pacientes como o cansaço intenso por longas semanas. O sintoma pode estar associado a uma doença pouco conhecida, a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), condição de debilidade que compromete a qualidade de vida. A fadiga, provocada pela doença, não melhora com o repouso, ou seja, o paciente se sente constantemente cansado sem uma causa específica e pode piorar ao realizar atividade física ou mental. 

Principais sintomas da SFC

Além da fadiga, outros sintomas estão associados à síndrome, como dor de garganta, dor muscular, dor nas articulações sem evidência de artrite, dores de cabeça, sono não restaurador e presença de gânglios (íngua) no pescoço ou nas axilas. 

A SFC também pode provocar perturbações gástricas, dificuldade de concentração e oscilação de humor. Além de possuir duração de, no mínimo, seis meses e picos de intensidade na manifestação dos sintomas que varia em cada paciente. 

Como identificar a doença? 

Ainda não há um teste diagnóstico-patológico específico para identificar a Síndrome da Fadiga Crônica, portanto os sintomas continuam a ser a base do diagnóstico clínico, além da exclusão de outras doenças. É importante ressaltar que a síndrome pode afetar qualquer grupo etário. 

Quais são as principais causas?

A doença ainda está sendo estudada e não existe consenso ao indicar um fator que determine essa manifestação, mas, além da infecção viral, outras possibilidades propostas são: depressão, anemia ferropriva, hipoglicemia e mononucleose.

Qual o tratamento?

Não existe um tratamento específico para a SFC, portanto é necessário consultar um médico que irá indicar o melhor tratamento para minimizar os sintomas da doença. 

Apesar da dificuldade em definir a Síndrome da Fadiga Crônica, é importante entender a forma que ela pode estar atrelada às sequelas de infecções virais, como a Covid-19, e outras doenças. Ao sentir algum sintoma, procure um médico para realizar o diagnóstico e receber indicações de tratamento. 

 

Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

A vacina da gripe protege contra a COVID-19?

Não. A vacina da gripe não protege contra o COVID-19.

Então, por que devo me vacinar?

Ao se vacinar, você estará evitando problemas respiratórios que podem ser graves e muito semelhantes aos causados pelo coronavírus, além de evitar os sintomas comuns como febre, tosse e dores no corpo. 

A vacina da gripe é trivalente, ou seja, imuniza contra três tipos de vírus: H1N1, H3N2 e Influenza B. Sua composição é atualizada e recomendada anualmente pela OMS (Organização Mundial da Saúde), baseada em informações sobre a prevalência dos vírus circulantes. Assim, a cada ano, a vacina da gripe muda, para proteger contra os tipos mais comuns do vírus naquela época.

A preocupação central é com o novo coronavírus, mas devemos nos manter atentos também aos sintomas do H1N1, que podem provocar problemas leves, mas também mais severos, inclusive levar a óbito alguns pacientes, como ocorrido em 2019, quando 796 pessoas morreram em decorrência da doença no Brasil.

Campanha nacional de vacinação contra a gripe 2020

De olho no cenário, a campanha nacional de vacinação contra a gripe de 2020 foi adiantada em um mês e teve início no dia 23 de março. Antes, a proposta original era iniciar toda operação na segunda quinzena de abril. Porém, de acordo com o Ministério da Saúde, para proteção da população, a campanha foi antecipada, pois a vacina deixa o sistema imunológico 80% protegido contra cepas do vírus influenza, milhares de vezes mais comuns do que o coronavírus.

Neste ano, o objetivo é imunizar no mínimo 67 milhões de brasileiros, inclusive adultos de 55 a 59 anos, que também poderão receber uma dose gratuitamente nas Unidades de Saúde Pública.

Tão importante quanto as recomendações de isolamento social, a circunstância atual reforça a necessidade em manter o calendário de vacinas em dia, por conta da gripe mas também de outras doenças como o sarampo, por exemplo. 

A campanha de vacinação que iniciou-se no final do mês de março com o principal foco, a princípio em idosos a partir de 60 anos e os trabalhadores da área da saúde. Após o dia 16 de abril, professores de escolas públicas e privadas, doentes crônicos e profissionais das forças de segurança e salvamento também são incluídos.

O Dia D da campanha será em 9 de maio, e a partir de então, crianças de 6 meses a 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias), grávidas, puérperas (mulheres que tiveram um filho nos últimos 45 dias), adultos com 55 a 59 anos, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos, que estão sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional também poderão ser vacinados. O restante da população, que não está inserida nos grupos prioritários, pode ser vacinado em clínicas privadas.

Outras doenças também são preocupantes

Engana-se quem pensa que o coronavírus é a única doença que preocupa a todos nesse momento. No Brasil, embora assuntos ligados à pandemia tenham amortizado o noticiário sobre outras doenças, nossa sociedade está exposta, caso haja descuido, a uma epidemia de dengue, que só neste ano já matou 148 pessoas. Não à toa, a secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, tem reforçado o pedido para que a população fique atenta e aproveite o momento de isolamento para eliminar possíveis focos do mosquito.

Portanto, vivemos um cenário suscetível a vários males, e precisamos estar alertas à quaisquer sintomas, além de tentarmos nos proteger ao máximo, levando a sério tanto as campanhas de vacinação, quanto as medidas de distanciamento social para combatermos a COVID-19, como também eliminarmos possível focos de proliferação do mosquito causador da dengue. É um momento de atenção e solidariedade, porque apenas juntos, e respeitando o direito e também as necessidades de todos, conseguiremos enfrentar a situação em sua completa amplitude.

Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

Como será a pós-pandemia?

O coordenador do serviço de Medicina Intensiva do Hospital IGESP, Dr. Dante Senra, publicou na coluna Viva Bem do portal Uol no último dia 18 de março sobre a reavaliação de valores pós-pandemia.

Confira a opinião do médico sobre o assunto, clique aqui.

Alimentação no período de quarentena

Devemos ficar atentos a exageros durante o período e praticar, cada vez mais, o conceito de mindful eating para o bem-estar prolongado 

Com a pandemia do coronavírus e a orientação de órgãos governamentais quanto ao isolamento social, entre tantas preocupações com relação à saúde e o bem-estar, devemos dar a devida importância também à qualidade da alimentação. 

Uma boa refeição reforça o sistema imunológico, que pode deixar seu corpo mais resistente e menos suscetível, bem como buscar uma consciência maior durante a alimentação. Por isso, uma das práticas mais benéficas para esse período é o mindful eating. 

Mas o que é mindful eating? 

O termo pode ser traduzido como “alimentação consciente” e visa estimular o hábito de uma alimentação mais equilibrada e saudável, aliando também atenção e presença no ato da refeição. Isso porque não basta apenas ter um bom alimento no prato, e sim se alimentar com tranquilidade e serenidade. A hora da refeição deve ser um momento sem distrações de TV ou celular, focando apenas no alimento, o que faz com que a ocasião se torne mais prazerosa e benéfica.  

Neste período de isolamento social, pode acontecer de as pessoas “comerem mais” do que o habitual. Por isso, é tão importante as boas práticas alimentares aliadas ao comportamento e ao prestar atenção às sensações durante as refeições. 

É importante lembrar que muitas pessoas buscam nos alimentos um conforto ou uma fuga para os sentimentos de angústia e ansiedade, tão comuns neste momento de estresse. Para evitar que isso reflita em outros problemas de saúde, o ideal é que a pessoa tenha a real consciência de sua sensação de fome, sabendo diferenciar se a busca pela refeição no momento está baseada nos sentimentos ou na necessidade. 

Se este for o caso, uma sugestão seria substituir o ato de comer à alguma ação benéfica, como tomar um copo com água, ou um chá, que contribuem para a hidratação, ou apenas desviar a atenção para uma outra atividade, como concluir um trabalho para quem está em home office, ou arrumar algo na casa que esteja precisando ser revitalizado. 

Na seleção dos alimentos e no preparo da refeição, a sugestão é que se prefira alimentos in natura e o menos processado possível, monte um prato bem colorido, por exemplo, com verduras e legumes. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a obesidade como um dos maiores problemas mundiais de saúde pública e, no Brasil, mais de 50% da população está com sobrepeso. De acordo com o site da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), a região sul do Brasil concentra a maior porcentagem de adultos com excesso de peso, 56,08%, enquanto o sudeste apresenta a maior porcentagem de crianças com excesso de peso na infância (entre 5 e 9 anos) 38%. 

O mindful eating existe para ser um aliado na melhoria da qualidade da refeição e da qualidade de vida. Outro aspecto importante é, na medida do possível, realizar exercícios físicos neste período de quarentena. 

Dr. Andrea Bottoni é médico nutrólogo, instrutor de mindful eating, mestre em nutrição e doutor em ciências pela UNIFESP, coordenador da equipe de nutrologia do Hospital IGESP e supervisor do programa de residência médica em nutrologia do hospital. 

Verdades e mitos sobre o Coronavírus

Ao mesmo tempo em que a internet e o uso das mídias sociais aproximam pessoas e agilizam a troca de informações relevantes, há a disseminação das “fake news” de forma irresponsável. O fato de o coronavírus estar sendo estudado pela classe científica pode causar ansiedade para a maioria das pessoas. 

Por isso, preparamos um artigo que traz verdades e mitos sobre o coronavírus, escrito por nosso infectologista e diretor clínico, Dr. Marco Antônio Cyrillo.

O coronavírus foi descoberto recentemente: MITO. 

O que realmente é verdade e se sabe com segurança é que o coronavírus foi descoberto nos anos 60 e desde então são conhecidos 26 tipos do mesmo. A maioria deles não causa infecção ou doenças nas pessoas, mas há dois tipos que foram associados a doenças respiratórias graves, o SARS-CoV e o MERS-CoV, responsáveis pela Síndrome Respiratória Aguda Grave e pela Síndrome Respiratória do Oriente Médio. O que foi recentemente descoberto foi o tipo COVID-19. 

O coronavírus pode ser transmitido por animais e pessoas: VERDADE.

De modo geral, o coronavírus pode ser transmitido com mais frequência de animais para pessoas, mas também podem ser transmitidos entre pessoas, como no caso do COVID-19, que também está associado a doenças respiratórias. Sem saber que está doente, uma pessoa infectada pode contaminar até outras cinco, em uma distância de até 3 metros, já que o coronavírus é transmitido por inalação de gotículas, ou ainda por contato direto. 

Casos relacionados ao coronavírus COVID-19 foram identificados na China, Tailândia, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos. No Brasil, já há casos confirmados par a doença.

Os sintomas do coronavírus podem ser semelhantes aos da gripe: VERDADE.

Entre os sintomas, os infectados podem apresentar febre, coriza, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e dificuldade para respirar. No caso das infecções mais graves, podem surgir também dores musculares e sintomas gastrointestinais, como diarreia e vômito, além de alterações no exame de sangue, como diminuição na quantidade de linfócitos, plaquetas e neutrófilos. Há casos em que o paciente não tem sintomas.

Para me prevenir da doença, é necessário que eu evite sair de casa: VERDADE.

Além disso, como medida de prevenção, higienize as mãos e não compartilhe objetos pessoais que são utilizados com frequência como talheres e copos, evite o contato com pessoas que possuem sintomas de infecção respiratória, contato com animais doentes, tocar os olhos, nariz e boca, tapar o nariz e boca quando for espirrar ou tossir para evitar espalhar o vírus pelo ar. E a atenção deve ser redobrada para aqueles que são portadores do vírus HIV e doenças pulmonares, idosos, cardíacos e crianças.

Gestantes podem transmitir o vírus para seu bebê: VERDADE.

Gestantes também precisam de cuidados não apenas por elas, mas também porque o coronavírus pode ser transmitido da mãe para o filho. Pelo menos é o que estão observando os médicos do Hospital Infantil de Wuhan, epicentro da doença na China, após um primeiro caso em que o bebê apresentou o vírus 30 horas após seu nascimento. Infelizmente, sua mãe estava infectada. 

O diagnóstico da doença deve ser feito por um médico: VERDADE. 

O diagnóstico da doença é feito através clínico, ou seja, por meio da avaliação feita por um médico dos sintomas apresentados que foram definidos de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, o médico também pode se basear em resultados de exames específicos que identificam a presença de antígenos e anticorpos contra o vírus, o tipo de vírus e a respectiva quantidade. 

Não existe um tratamento adequado para a doença: VERDADE.

Diferentemente do disseminado nas “fake news”, não existe um tratamento exato para a doença. O indicado é fazer uso de medidas de suporte como hidratação, repouso e alimentação adequada, leve e equilibrada. Remédios que possam atuar contra o coronavírus bem como o desenvolvimento de uma vacina estão sendo estudados, mas tudo isso ainda se encontra em andamento. 

Fique atento às “fake news” disseminadas de origens não confiáveis. “Mel milagroso”, “chá imunológico” e a combinação de óleos naturais como cura da doença são mitos. Em caso de dúvida, não hesite em buscar fontes oficiais e sempre contatar o seu médico. 

Conheça mais sobre o Coronavírus

O que é?

O Coronavírus faz parte de uma grande família de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais.

Quais são os principais sintomas? 

Os principais sintomas são febre, tosse e dificuldades para respirar.

Quais são os fatores de risco?

Nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas, histórico de viagem a área com transmissão local ou contato próximo com caso suspeito ou confirmado para coronavírus (COVID-19).

Como é feita a transmissão?

Ocorre a transmissão pessoa-a-pessoa, transmitido pela via respiratória, por gotículas, tosse e espirro ou pelo contato, seja contato direto com pessoa infectada, como toque ou aperto de mãos ou contato indireto com objetos ou superfícies contaminadas.

Prevenção: o que devo fazer?

  • Cubra sempre o nariz e a boca ao tossir e ao espirrar;

  • Utilize lenços descartáveis e jogue-os no lixo após o uso;

  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel;

  • Evite tocar olhos, nariz e boca;

  • Não compartilhe objetos de uso pessoal;

  • Evite aglomerações.

Coronavírus e o Carnaval

Em entrevista para a UOL, nosso infectologista, Dr. Marco Antônio Cyrillo, falou sobre o Coronavírus e seu impacto no Carnaval. Segundo ele, "o Carnaval vai ser uma época de maior preocupação porque há muito contato íntimo, como abraços e beijos em blocos e salões de festa."

Confira a matéria completa em https://bit.ly/2tvXf2d

 

Cirurgia bariátrica: Quando é uma boa opção?

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde, a obesidade voltou a crescer no Brasil a níveis alarmantes. No país, mais da metade da população (55,7%) tem excesso de peso e a prevalência da obesidade ultrapassou os 19%. Entre 2006 e 2018, o índice da obesidade aumentou em 67,8% acarretando, além do sobrepeso, no desenvolvimento de doenças relacionadas a isso, como a diabetes, a hipertensão, o colesterol alto e muitos outros problemas.

A alimentação desequilibrada, com o alto consumo de alimentos ultraprocessados e açucarados junto a vida sedentária contribuem para o agravamento do quadro. Diante da dificuldade em adquirir novos hábitos, muitas pessoas acabam recorrendo a cirurgia bariátrica como única alternativa, quando na verdade ela deve ser uma das opções de tratamento da obesidade, aliada aos hábitos saudáveis. Até porque, caso esses hábitos não sejam adotados, o paciente pode voltar a engordar após certo período de realização da cirurgia.

Seguindo as orientações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com IMC – índice de massa corpórea – igual ou maior a 40 ou IMC entre 35 e 39,9 com no mínimo uma doença associada. Por se tratar de um procedimento complexo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou quatro tipos de procedimentos, que podem variar de acordo com a avalição realizada pelo cirurgião e as condições de saúde do paciente.

Dentre os procedimentos, o mais comum é o Bypass Gástrico, representando 75% dos casos. Ele reduz em 90% a capacidade do estômago, diminuindo a ingestão de alimentos e desviando-os para a primeira parte do intestino (duodeno) até a porção intermediária (jejuno). Com isso, reduz-se a liberação do hormônio da fome (grelina) e de outros liberados pelo próprio intestino. Além do rápido equilíbrio das complicações da obesidade, a perda de peso é também considerável.

Antes de realizar o procedimento, algumas medidas devem ser adotadas pelo paciente, tais como: alimentação balanceada e sem exageros; quem fuma, deve parar 30 dias antes para evitar complicações pulmonares; é preciso fazer um acompanhamento psicológico antes e depois para dar todo o apoio necessário, identificar possíveis distúrbios alimentares ou relacionados ao consumo de álcool e drogas.

O pós-operatório também requer cuidados e a alimentação deverá ser reintroduzida aos poucos. De sete a dez dias após a cirurgia, os alimentos serão todos líquidos e fracionados, passando, depois, a serem pastosos ou cremosos e somente de 25 a 30 dias após o procedimento é que os alimentos em sua forma sólida serão recolocados na dieta.

Para que se obtenha sucesso ao final desse processo de intervenção cirúrgica, as mudanças alimentares precisam fazer parte dessa nova vida. Não baste reduzir a quantidade e não melhorar a qualidade dos alimentos, é preciso estabelecer uma dieta rica em legumes, verduras, frutas, fibras, proteínas e carboidratos de qualidade. Além disso, a prática de atividades físicas, aeróbicas e de fortalecimento muscular são também fundamentais para chegar ao resultado físico desejado.

*Dr. José Afonso Sallet, médico gastroenterologista do Hospital IGESP.

Catapora: vacinação é a melhor forma de prevenir a doença

A catapora ou varicela, como também é conhecida, é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, provocada pelo vírus Varicela-Zoster. Muito comum em crianças, na faixa etária de 1 a 4 anos, é uma doença a princípio benigna, porém, deve ser acompanhada para evitar possíveis complicações. Somente no Brasil, entre os anos de 2012 e 2017, foram registrados mais de 600 mil casos da doença, com mais incidência nas regiões Sul e Sudeste.

Veja abaixo os sintomas, complicações, tratamento e a prevenção para a catapora:

Sintomas

Os principais sintomas da catapora aparecem, normalmente, entre 10 a 21 dias da contaminação e geralmente se apresentam em quadros de febre baixa, manchas vermelhas e bolhas pelo corpo que causam coceira, cansaço, mal-estar, dor de cabeça e perda de apetite. As manchas e bolhas costumam aparecer primeiramente no rosto e no couro cabeludo, espalhando-se posteriormente para o restante do corpo. Quando as bolhas começam a secar, provocam bastante coceira, mas o ideal é que não as cocem, para evitar que infeccionem ainda mais.

Complicações

Normalmente as complicações acontecem em indivíduos com a imunidade baixa, mas toda atenção é pouca. Febre por mais de quatro dias acima de 38,8°C, mesmo com uso de antitérmicos, bolhas que se espalham afetando os olhos, tontura, tremores, dificuldade de encostar o queixo no peito, vômito ou tosse em excesso são alguns dos sintomas que indicam possíveis complicações e o médico deve ser procurado o quanto antes. Entre as principais complicações estão a encefalite (inflamação aguda no sistema nervoso central), edema cerebral, pneumonia, infecções na pele e ouvido e diminuição no número de plaquetas.

Tratamento

Embora não tenha um tratamento específico, o paciente pode ser medicado, principalmente, com analgésicos (para combater as dores), antitérmicos (para baixar a febre) e antialérgicos (para aliviar a coceira). Casos mais graves e de risco podem envolver o uso de antibióticos e antivirais.

Prevenção

Para todos os casos, a melhor forma de prevenir a catapora é por meio da vacinação. Tanto o SUS quanto a rede privada, disponibilizam a Vacina Tetra Viral (MMRV), que previne, além da catapora, o sarampo, a caxumba e a rubéola. Podem ser vacinadas, crianças saudáveis a partir dos 12 meses, com reforço aos quatro anos de idade. Adultos que não tiveram a doença ou não tiveram contato com a mesma, também devem receber duas doses da vacina, que tem uma eficácia de 96 a 98% e é muito mais segura que um quadro da infecção.

*Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

Novembro Azul | Mês de Prevenção ao Câncer de Próstata

No mês da prevenção do câncer de próstata, preparamos um folder para falar sobre o que é a doença, fatores de risco, sinais e sintomas e como se prevenir. Ninguém melhor que você para perceber alterações no seu corpo, não deixe de consultar sempre seu médico e cuidar da sua saúde. Confira o material completo:

Meningite: entenda os diferentes tipos

A meningite é uma infecção que causa a inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por vírus, fungos e bactérias, sendo a primeira a mais comum, e a última, a mais perigosa e letal. De acordo com o Ministério da Saúde, somente em 2018 foram registrados 15.364 casos da doença. Desses, 1.272 casos foram a óbito.

Pelo fato de afetar a região cerebral, a meningite dificulta o transporte de oxigênio e os sintomas iniciais como dor de cabeça e nuca, rigidez no pescoço, febre e vômito, pode evoluir rapidamente a perda de sentidos, gangrena dos pés, pernas, braços e mãos. Por isso, quanto antes identificada a doença, maior a chance de sucesso no tratamento.

Embora os sintomas sejam parecidos, as formas de transmissão variam de acordo com o tipo de meningite. Na bacteriana, por exemplo, a contaminação ocorre pelas vias respiratórias, por secreções nasais e saliva. E em alguns casos, a contaminação pode acontecer pelo consumo de algum alimento infectado. No caso das meningites virais, a transmissão depende do vírus causador da doença. Pode ocorrer por vias fecal-oral, contato com a pessoa ou objetos infectados, principalmente, se não houver higienização correta e frequente das mãos.

Por se tratar de uma doença muito grave, na maioria dos casos o paciente é internado e recebe o tratamento de acordo com o tipo da doença adquirida. Nos casos bacterianos são administrados antibióticos. Já nas contaminações de ordem viral, é feito o acompanhamento do quadro e o organismo tanto pode recupera-se espontaneamente, quanto pode exigir um tratamento específico. Independente da etiologia, a meningite é uma doença muito séria.

Vale ressaltar que para prevenção de todos os casos a melhor opção é a vacinação. A rede pública de saúde disponibiliza as vacinas contra os principais agentes causadores da meningite no Brasil. Manter a carteira de vacinação atualizada é fundamental e isso serve para todas as idades. Ao menor sinal dos sintomas, não hesite, procure auxílio médico. A meningite é uma infecção aguda e evolui rapidamente.

*Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.