Verdades e mitos sobre o Coronavírus

Ao mesmo tempo em que a internet e o uso das mídias sociais aproximam pessoas e agilizam a troca de informações relevantes, há a disseminação das “fake news” de forma irresponsável. O fato de o coronavírus estar sendo estudado pela classe científica pode causar ansiedade para a maioria das pessoas. 

Por isso, preparamos um artigo que traz verdades e mitos sobre o coronavírus, escrito por nosso infectologista e diretor clínico, Dr. Marco Antônio Cyrillo.

O coronavírus foi descoberto recentemente: MITO. 

O que realmente é verdade e se sabe com segurança é que o coronavírus foi descoberto nos anos 60 e desde então são conhecidos 26 tipos do mesmo. A maioria deles não causa infecção ou doenças nas pessoas, mas há dois tipos que foram associados a doenças respiratórias graves, o SARS-CoV e o MERS-CoV, responsáveis pela Síndrome Respiratória Aguda Grave e pela Síndrome Respiratória do Oriente Médio. O que foi recentemente descoberto foi o tipo COVID-19. 

O coronavírus pode ser transmitido por animais e pessoas: VERDADE.

De modo geral, o coronavírus pode ser transmitido com mais frequência de animais para pessoas, mas também podem ser transmitidos entre pessoas, como no caso do COVID-19, que também está associado a doenças respiratórias. Sem saber que está doente, uma pessoa infectada pode contaminar até outras cinco, em uma distância de até 3 metros, já que o coronavírus é transmitido por inalação de gotículas, ou ainda por contato direto. 

Casos relacionados ao coronavírus COVID-19 foram identificados na China, Tailândia, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos. No Brasil, já há casos confirmados par a doença.

Os sintomas do coronavírus podem ser semelhantes aos da gripe: VERDADE.

Entre os sintomas, os infectados podem apresentar febre, coriza, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e dificuldade para respirar. No caso das infecções mais graves, podem surgir também dores musculares e sintomas gastrointestinais, como diarreia e vômito, além de alterações no exame de sangue, como diminuição na quantidade de linfócitos, plaquetas e neutrófilos. Há casos em que o paciente não tem sintomas.

Para me prevenir da doença, é necessário que eu evite sair de casa: VERDADE.

Além disso, como medida de prevenção, higienize as mãos e não compartilhe objetos pessoais que são utilizados com frequência como talheres e copos, evite o contato com pessoas que possuem sintomas de infecção respiratória, contato com animais doentes, tocar os olhos, nariz e boca, tapar o nariz e boca quando for espirrar ou tossir para evitar espalhar o vírus pelo ar. E a atenção deve ser redobrada para aqueles que são portadores do vírus HIV e doenças pulmonares, idosos, cardíacos e crianças.

Gestantes podem transmitir o vírus para seu bebê: VERDADE.

Gestantes também precisam de cuidados não apenas por elas, mas também porque o coronavírus pode ser transmitido da mãe para o filho. Pelo menos é o que estão observando os médicos do Hospital Infantil de Wuhan, epicentro da doença na China, após um primeiro caso em que o bebê apresentou o vírus 30 horas após seu nascimento. Infelizmente, sua mãe estava infectada. 

O diagnóstico da doença deve ser feito por um médico: VERDADE. 

O diagnóstico da doença é feito através clínico, ou seja, por meio da avaliação feita por um médico dos sintomas apresentados que foram definidos de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, o médico também pode se basear em resultados de exames específicos que identificam a presença de antígenos e anticorpos contra o vírus, o tipo de vírus e a respectiva quantidade. 

Não existe um tratamento adequado para a doença: VERDADE.

Diferentemente do disseminado nas “fake news”, não existe um tratamento exato para a doença. O indicado é fazer uso de medidas de suporte como hidratação, repouso e alimentação adequada, leve e equilibrada. Remédios que possam atuar contra o coronavírus bem como o desenvolvimento de uma vacina estão sendo estudados, mas tudo isso ainda se encontra em andamento. 

Fique atento às “fake news” disseminadas de origens não confiáveis. “Mel milagroso”, “chá imunológico” e a combinação de óleos naturais como cura da doença são mitos. Em caso de dúvida, não hesite em buscar fontes oficiais e sempre contatar o seu médico. 

Conheça mais sobre o Coronavírus

O que é?

O Coronavírus faz parte de uma grande família de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais.

Quais são os principais sintomas? 

Os principais sintomas são febre, tosse e dificuldades para respirar.

Quais são os fatores de risco?

Nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas, histórico de viagem a área com transmissão local ou contato próximo com caso suspeito ou confirmado para coronavírus (COVID-19).

Como é feita a transmissão?

Ocorre a transmissão pessoa-a-pessoa, transmitido pela via respiratória, por gotículas, tosse e espirro ou pelo contato, seja contato direto com pessoa infectada, como toque ou aperto de mãos ou contato indireto com objetos ou superfícies contaminadas.

Prevenção: o que devo fazer?

  • Cubra sempre o nariz e a boca ao tossir e ao espirrar;

  • Utilize lenços descartáveis e jogue-os no lixo após o uso;

  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel;

  • Evite tocar olhos, nariz e boca;

  • Não compartilhe objetos de uso pessoal;

  • Evite aglomerações.

Coronavírus e o Carnaval

Em entrevista para a UOL, nosso infectologista, Dr. Marco Antônio Cyrillo, falou sobre o Coronavírus e seu impacto no Carnaval. Segundo ele, "o Carnaval vai ser uma época de maior preocupação porque há muito contato íntimo, como abraços e beijos em blocos e salões de festa."

Confira a matéria completa em https://bit.ly/2tvXf2d

 

Cirurgia bariátrica: Quando é uma boa opção?

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde, a obesidade voltou a crescer no Brasil a níveis alarmantes. No país, mais da metade da população (55,7%) tem excesso de peso e a prevalência da obesidade ultrapassou os 19%. Entre 2006 e 2018, o índice da obesidade aumentou em 67,8% acarretando, além do sobrepeso, no desenvolvimento de doenças relacionadas a isso, como a diabetes, a hipertensão, o colesterol alto e muitos outros problemas.

A alimentação desequilibrada, com o alto consumo de alimentos ultraprocessados e açucarados junto a vida sedentária contribuem para o agravamento do quadro. Diante da dificuldade em adquirir novos hábitos, muitas pessoas acabam recorrendo a cirurgia bariátrica como única alternativa, quando na verdade ela deve ser uma das opções de tratamento da obesidade, aliada aos hábitos saudáveis. Até porque, caso esses hábitos não sejam adotados, o paciente pode voltar a engordar após certo período de realização da cirurgia.

Seguindo as orientações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com IMC – índice de massa corpórea – igual ou maior a 40 ou IMC entre 35 e 39,9 com no mínimo uma doença associada. Por se tratar de um procedimento complexo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou quatro tipos de procedimentos, que podem variar de acordo com a avalição realizada pelo cirurgião e as condições de saúde do paciente.

Dentre os procedimentos, o mais comum é o Bypass Gástrico, representando 75% dos casos. Ele reduz em 90% a capacidade do estômago, diminuindo a ingestão de alimentos e desviando-os para a primeira parte do intestino (duodeno) até a porção intermediária (jejuno). Com isso, reduz-se a liberação do hormônio da fome (grelina) e de outros liberados pelo próprio intestino. Além do rápido equilíbrio das complicações da obesidade, a perda de peso é também considerável.

Antes de realizar o procedimento, algumas medidas devem ser adotadas pelo paciente, tais como: alimentação balanceada e sem exageros; quem fuma, deve parar 30 dias antes para evitar complicações pulmonares; é preciso fazer um acompanhamento psicológico antes e depois para dar todo o apoio necessário, identificar possíveis distúrbios alimentares ou relacionados ao consumo de álcool e drogas.

O pós-operatório também requer cuidados e a alimentação deverá ser reintroduzida aos poucos. De sete a dez dias após a cirurgia, os alimentos serão todos líquidos e fracionados, passando, depois, a serem pastosos ou cremosos e somente de 25 a 30 dias após o procedimento é que os alimentos em sua forma sólida serão recolocados na dieta.

Para que se obtenha sucesso ao final desse processo de intervenção cirúrgica, as mudanças alimentares precisam fazer parte dessa nova vida. Não baste reduzir a quantidade e não melhorar a qualidade dos alimentos, é preciso estabelecer uma dieta rica em legumes, verduras, frutas, fibras, proteínas e carboidratos de qualidade. Além disso, a prática de atividades físicas, aeróbicas e de fortalecimento muscular são também fundamentais para chegar ao resultado físico desejado.

*Dr. José Afonso Sallet, médico gastroenterologista do Hospital IGESP.

Catapora: vacinação é a melhor forma de prevenir a doença

A catapora ou varicela, como também é conhecida, é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, provocada pelo vírus Varicela-Zoster. Muito comum em crianças, na faixa etária de 1 a 4 anos, é uma doença a princípio benigna, porém, deve ser acompanhada para evitar possíveis complicações. Somente no Brasil, entre os anos de 2012 e 2017, foram registrados mais de 600 mil casos da doença, com mais incidência nas regiões Sul e Sudeste.

Veja abaixo os sintomas, complicações, tratamento e a prevenção para a catapora:

Sintomas

Os principais sintomas da catapora aparecem, normalmente, entre 10 a 21 dias da contaminação e geralmente se apresentam em quadros de febre baixa, manchas vermelhas e bolhas pelo corpo que causam coceira, cansaço, mal-estar, dor de cabeça e perda de apetite. As manchas e bolhas costumam aparecer primeiramente no rosto e no couro cabeludo, espalhando-se posteriormente para o restante do corpo. Quando as bolhas começam a secar, provocam bastante coceira, mas o ideal é que não as cocem, para evitar que infeccionem ainda mais.

Complicações

Normalmente as complicações acontecem em indivíduos com a imunidade baixa, mas toda atenção é pouca. Febre por mais de quatro dias acima de 38,8°C, mesmo com uso de antitérmicos, bolhas que se espalham afetando os olhos, tontura, tremores, dificuldade de encostar o queixo no peito, vômito ou tosse em excesso são alguns dos sintomas que indicam possíveis complicações e o médico deve ser procurado o quanto antes. Entre as principais complicações estão a encefalite (inflamação aguda no sistema nervoso central), edema cerebral, pneumonia, infecções na pele e ouvido e diminuição no número de plaquetas.

Tratamento

Embora não tenha um tratamento específico, o paciente pode ser medicado, principalmente, com analgésicos (para combater as dores), antitérmicos (para baixar a febre) e antialérgicos (para aliviar a coceira). Casos mais graves e de risco podem envolver o uso de antibióticos e antivirais.

Prevenção

Para todos os casos, a melhor forma de prevenir a catapora é por meio da vacinação. Tanto o SUS quanto a rede privada, disponibilizam a Vacina Tetra Viral (MMRV), que previne, além da catapora, o sarampo, a caxumba e a rubéola. Podem ser vacinadas, crianças saudáveis a partir dos 12 meses, com reforço aos quatro anos de idade. Adultos que não tiveram a doença ou não tiveram contato com a mesma, também devem receber duas doses da vacina, que tem uma eficácia de 96 a 98% e é muito mais segura que um quadro da infecção.

*Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

Novembro Azul | Mês de Prevenção ao Câncer de Próstata

No mês da prevenção do câncer de próstata, preparamos um folder para falar sobre o que é a doença, fatores de risco, sinais e sintomas e como se prevenir. Ninguém melhor que você para perceber alterações no seu corpo, não deixe de consultar sempre seu médico e cuidar da sua saúde. Confira o material completo:

Meningite: entenda os diferentes tipos

A meningite é uma infecção que causa a inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por vírus, fungos e bactérias, sendo a primeira a mais comum, e a última, a mais perigosa e letal. De acordo com o Ministério da Saúde, somente em 2018 foram registrados 15.364 casos da doença. Desses, 1.272 casos foram a óbito.

Pelo fato de afetar a região cerebral, a meningite dificulta o transporte de oxigênio e os sintomas iniciais como dor de cabeça e nuca, rigidez no pescoço, febre e vômito, pode evoluir rapidamente a perda de sentidos, gangrena dos pés, pernas, braços e mãos. Por isso, quanto antes identificada a doença, maior a chance de sucesso no tratamento.

Embora os sintomas sejam parecidos, as formas de transmissão variam de acordo com o tipo de meningite. Na bacteriana, por exemplo, a contaminação ocorre pelas vias respiratórias, por secreções nasais e saliva. E em alguns casos, a contaminação pode acontecer pelo consumo de algum alimento infectado. No caso das meningites virais, a transmissão depende do vírus causador da doença. Pode ocorrer por vias fecal-oral, contato com a pessoa ou objetos infectados, principalmente, se não houver higienização correta e frequente das mãos.

Por se tratar de uma doença muito grave, na maioria dos casos o paciente é internado e recebe o tratamento de acordo com o tipo da doença adquirida. Nos casos bacterianos são administrados antibióticos. Já nas contaminações de ordem viral, é feito o acompanhamento do quadro e o organismo tanto pode recupera-se espontaneamente, quanto pode exigir um tratamento específico. Independente da etiologia, a meningite é uma doença muito séria.

Vale ressaltar que para prevenção de todos os casos a melhor opção é a vacinação. A rede pública de saúde disponibiliza as vacinas contra os principais agentes causadores da meningite no Brasil. Manter a carteira de vacinação atualizada é fundamental e isso serve para todas as idades. Ao menor sinal dos sintomas, não hesite, procure auxílio médico. A meningite é uma infecção aguda e evolui rapidamente.

*Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

Outubro Rosa | Mês de Prevenção ao Câncer de Mama

No mês da prevenção do câncer de mama, preparamos um folder para falar sobre o que é a doença, fatores de risco, sinais e sintomas e como fazer o autoexame. Cuide-se! Confira o material completo:

https://hospitaligesp.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Folder-ame-esse-toque.pdf

Tríplice viral: você sabe a importância desta vacina?

Nos últimos meses, observamos um número crescente de casos de sarampo no país. De acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, de junho a setembro, mais de três mil novos casos da doença foram confirmados e quatro mortes foram registradas desde o início da epidemia.

Há, porém, uma questão que acendeu um alerta na comunidade médica. Assim como o sarampo, doença que havia sido erradica do país em 2015, a caxumba também voltou a infectar a população e isso não é mera coincidência: ambas são evitadas pela vacina tríplice viral, que registrou queda na adesão nos últimos anos.

Diante de um cenário aparentemente seguro, com as doenças consideradas erradicadas, muitos pais optaram por não vacinar seus filhos e este foi um dos principais motivos para o retorno dessas enfermidades. O que de fato acontece é que a vacinação é necessária, justamente, para evitar este cenário atual, pois controla a incidência das doenças e deve ser tomada mesmo que não existam casos ou surtos recentes.

Além da caxumba e do sarampo, a vacina tríplice viral imuniza também contra a rubéola, uma doença viral aguda e muito contagiosa, que apresenta grandes riscos, principalmente para gestantes, acarretando inúmeras complicações para mãe e para a criança. Todas as três doenças, por se tratarem de aspectos virais, não possuem tratamento, portanto, a melhor medida de combate é a prevenção, feita por meio da vacinação.

Com o objetivo de diferenciar a manifestação de cada uma dessas doenças, veja a seguir os principais sintomas. Caso apresente-os, procure orientação médica o quanto antes.

Sarampo
Os sintomas aparecem, em média, após 10 dias da exposição ao vírus. Os principais sintomas são coriza, tosse, conjuntivite e febre alta. De três a cinco dias após o início dos sintomas, surgem manchas na pele que começam pelo rosto e espalham-se pelo pescoço, tronco, braços, pernas e pés. Algumas pessoas ainda apresentam manchas brancas no interior da boca, conhecidas como manchas de Koplik.

Caxumba
Os sintomas são mais fortes em adultos e os mais comuns são inchaço e dor nas laterais do pescoço, logo abaixo do maxilar, náuseas, vômitos, pancreatite, rigidez na nuca e dor de cabeça. É preciso repouso relativo.

Rubéola
Os sintomas iniciais da rubéola são parecidos com os da gripe e, geralmente, manifestam-se com febre baixa, olhos vermelhos e lacrimejantes, tosse e secreção nasal. Pode apresentar dores de cabeça, mal-estar, gânglios aumentados próximos ao pescoço e machas na pele que não causam coceira.

*Por Dr. Marcos Antônio Cyrillo, diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP.

Comidas gordurosas e açucaradas: Por que nosso cérebro as escolhe?

Quem nunca se viu tentado a comer uma batata frita ou um sorvete, que atire a primeira pedra.

E no dia a dia as opções são muitas, principalmente para quem realiza suas refeições fora de casa. Frituras, massas, pães, doces, a lista de alimentos ricos em gorduras, açúcares e carboidratos é imensa e, se consumidos em excesso, os prejuízos podem ir muito além do ganho de peso. O que muitas pessoas se perguntam é: por que esses alimentos são tão desejados e como resistir a infinidade de produtos alimentícios oferecidos pela indústria?

Para responder, em parte, a essas perguntas, precisamos voltar bastante na história da humanidade e lembrar que, nos primórdios, a ingestão de gordura era importante para formar a nossa reserva energética, e garantir a vida do indivíduo até a próxima refeição, que era incerta.

Isto vale nos dias de hoje também, mas as dinâmicas de vida, de uma forma geral, mudaram muito. Por exemplo, entre outras coisas, antigamente se praticava muito mais exercício físico, uma vez que a alimentação dependia do esforço direto do interessado. Hoje, de forma geral, encontramos o alimento na prateleira do supermercado. A gordura, além de ser energética, é extremamente palatável, caraterística aproveitada pela indústria de alimentos para tornar estes cada vez mais “desejáveis“ ao consumo.

Os alimentos que apresentam grandes quantidades de gorduras saturadas, e às vezes até gorduras trans, são os mais palatáveis, e o excesso de consumo pode ser prejudicial à saúde. Para suprir as necessidades orgânicas, o ideal é priorizar alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, como o azeite de oliva extra-virgem, as castanhas e os peixes de água fria, como o salmão e a sardinha.

Com alimentos açucarados é um pouco diferente, pois eles estimulam um neurotransmissor chamado dopamina. A dopamina está envolvida com o sistema de recompensas de nosso cérebro, e quanto mais alta sua taxa, maior a sensação de bem-estar, conforto, prazer e saciedade. O que acontece é que uma vez elevada a dopamina, nosso cérebro pede mais. Por isso aumenta a “necessidade” de ingerir produtos ricos em açúcar.

Outro grupo de alimentos que também entram nessa questão são os ricos em carboidratos simples, como massas, pães, bolos, biscoitos e pizzas. É comum sentir vontade de comer mais um pedaço, isso porque esses alimentos fazem com que o corpo produza mais insulina e aumente a sensação de bem-estar. Neste caso, a melhor opção é escolher a versão integral desses alimentos que, ao menos, saciarão por mais tempo.

Sabendo dessas armadilhas do nosso cérebro, fica um pouco mais fácil entender essas vontades repentinas por alimentos que, se consumidos em excesso, podem causar prejuízo à saúde. Cabe a nós, fazermos as melhores escolhas, pensando sempre em nossa saúde em médio e longo prazo.

*Por Dr. Andrea Bottoni, especialista em nutrologia e em medicina esportiva, mestre em nutrição e doutor em ciências pela UNIFESP, instrutor de Mindful Eating, é coordenador de nutrologia do IGESP.

Setembro Amarelo | Prevenção ao suicídio

No mês de conscientização e prevenção ao suicídio, fazemos um alerta para abordar um tema que muitas vezes não é falado.




O suicídio é um ato de comunicação, quem se mata, na realidade, tenta se livrar da dor e do sofrimento que está passando. Sendo a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, sua ocorrência tem aumentado nos últimos anos.





Mas você sabia que 9 em cada 10 mortes por conta do suicídio podem ser evitadas?

Atente-se aos sinais e não negligencie um pedido de ajuda.

Seja solidário, nós nunca sabemos o que cada pessoa enfrenta.




Confira o material que elaboramos e entregamos aos nossos pacientes e colaboradores, clique aqui.



Todos pela vida!
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