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Lesões ortopédicas: tratamentos, sintomas e prevenção

Lesões ortopédicas: tratamentos, sintomas e prevenção

Mais comuns em atletas, crianças e idosos, as lesões ortopédicas podem ser evitadas com exercícios de alongamento e fortalecimento corporal.


Muito presentes no dia a dia dos brasileiros, as lesões ortopédicas podem estar relacionadas a traumatismos, quedas, acidentes e algumas doenças, provocando fraturas, luxações, entorses, problemas ligamentares e contusões musculares. Elas variam de nível, da mais leve até a mais grave, e demandam atenção de um médico especializado.


O Dr. Carlo Alba, médico especialista em traumatologia, joelho e medicina esportiva do Hospital IGESP, destaca que as lesões não ocorrem apenas por traumas ou acidentes, mas também podem ser causadas por doenças que fragilizam, provocam dor e deixam os ossos mais frágeis. “Doenças como osteoporose, tendinite, bursite, displasias metabólicas, infecções e neoplasias, além de causas imunológicas e genéticas, também geram lesões ortopédicas e requerem tratamento”, afirma.


As lesões podem ocorrer em várias partes do corpo, com algumas áreas mais suscetíveis que outras. O tratamento é individualizado e depende do tipo, da gravidade, da localização e das necessidades específicas do paciente. Em muitos casos, uma abordagem multidisciplinar que pode envolver fisioterapeutas, ortopedistas e reabilitação contribui no tratamento. Em outras situações, cirurgiões ortopédicos são essenciais para uma recuperação bem-sucedida. É fundamental procurar orientação médica adequada para avaliação e tratamento de qualquer lesão ortopédica.



Algumas das áreas mais comuns da ocorrência de lesões ortopédicas são:



  • Articulações e membros inferiores: joelhos e tornozelos são locais frequentes, especialmente entre atletas de alto rendimento e praticantes de atividades físicas;

  • Coluna vertebral: lesões na coluna ocorrem devido a postura ruim, levantamento inadequado de peso e acidentes;

  • Ombro: atividades que demandem movimentos repetitivos, como esporte de arremesso e trabalho braçal, e a ausência de exercícios de alongamento e fortalecimento das articulações podem levar a lesões nos ombros;

  • Punhos e mãos: traumatismos, quedas e doenças como bursite e tendinite podem resultar em lesões nesta área do corpo, afetando diretamente a qualidade de vida das pessoas.


Os sintomas e o tratamento podem variar dependendo do local e do tipo de lesão:


Fraturas ósseas: podem apresentar dor intensa na área afetada, inchaço, deformidade visível e incapacidade de mover a parte lesionada. O tratamento de fraturas ósseas pode envolver a imobilização da área com uma tala, gesso ou fixação cirúrgica com pinos, placas e parafusos. Em alguns casos, é necessária uma cirurgia para realinhar os ossos;


Lesões de ligamento: alguns sintomas incluem dor, inchaço, instabilidade na articulação e perda da amplitude do movimento. O tratamento inclui fisioterapia para fortalecimento da articulação, uso de tala e órtese ou, até mesmo, cirurgia de assistência ligamentar em casos graves;


Lesões musculares: neste caso, o paciente pode apresentar dor, fraqueza e espasmos musculares. O tratamento costuma ser mais comum, envolvendo descanso e repouso, fisioterapia, alongamentos, aplicação de gelo e medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs);


Lesões de tendões: este tipo de lesão apresenta dor, inchaço e limitação de movimento. Assim como o tratamento de lesões musculares, requer descanso, fisioterapia e, em alguns casos, o uso de tala ou órtese. Lesões graves de tendão podem necessitar de cirurgia.



Artroscopia em atleta da Portuguesa Santista


Nos casos em que a intervenção cirúrgica é necessária, o tratamento pode ser feito de maneira minimamente invasiva, como no caso do atacante Luiz Paulo, da Portuguesa Santista. Ele sofreu uma entorse de joelho (muito comum em atletas de alto rendimento), que causou a ruptura do ligamento cruzado anterior, e foi submetido à uma artroscopia no Hospital IGESP Litoral, na cidade de Praia Grande (SP). “A artroscopia é um procedimento minimamente invasivo que permite aos cirurgiões ortopédicos tratar lesões articulares com recuperação mais rápida e menos desconforto para o paciente”, explica o traumatologista.


Além de atletas de alto rendimento, os idosos e as crianças são grupos frequentemente afetados por lesões ortopédicas, embora por razões diferentes. “As crianças são mais propensas a lesões ortopédicas devido às atividades físicas e esportivas durante o desenvolvimento e o crescimento. Já os idosos enfrentam desafios devido à perda de densidade óssea e estabilidade. É essencial que ambos recebam acompanhamento médico de proteção para prevenir e tratar essas lesões”, finaliza Carlo Alba.







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